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QUEM DIRIA: A SELEÇÃO DO CAPITÃO NÃO ENCONTROU SEU CAPITÃO

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Quando Dunga assumiu a seleção, sua primeira ação foi promover Neymar a capitão da amarelinha com a afirmação de que ele era a liderança técnica do país. Verdade que Neymar é, no momento, o nosso maior jogador. Verdade também que é o líder técnico do grupo canarinho, mas está longe de ser o capitão que a seleção necessita dentro de campo.

Neymar é o homem dos dribles raros, das jogadas espetaculares, o gênio diferenciado de uma seleção que ainda tenta se reconstruir depois do desastre do 7 a 1. Não acho que tenhamos uma geração ruim, longe disso, acredito que temos sim bons jogadores e que vamos ter novamente uma equipe de respeito. Não compartilho do pessimismo atual e nem acho que, em termos de material humano, estamos no fundo do poço.

Neymar na partida em que foi expulso, contra a Colômbia. FOTO: Mario Davila/Agencia Uno/AGIF/Lancepress!
Neymar na partida em que foi expulso, contra a Colômbia. FOTO: Mario Davila/Agencia Uno/AGIF/Lancepress!

Porém, nos falta um líder, alguém que assuma a responsabilidade, que comande o grupo, que peça calma, que brigue, que faça cada jogador se entregar pela camisa mais reverenciada do mundo. Neymar é um craque e não há quem duvide disso, haja vista sua temporada no Barcelona, mas ainda é um garoto. E como garoto, as vezes perde a razão, se exalta, e demonstra um natural descontrole emocional.

Dar a responsabilidade de ser o capitão da camisa mais pesada do mundo em um momento de desconfiança mundial, no meio de um processo de reformulação, é, na minha opinião, uma grande covardia. Não podemos esperar que um menino de 23 anos assuma todas as responsabilidades do grupo.

O técnico da seleção brasileira tem trabalho para encontrar o capitão ideal para a equipe. FOTO: Heuler Andrey/Mowa Press
O técnico da seleção brasileira tem trabalho para encontrar o capitão ideal para a equipe. FOTO: Heuler Andrey/Mowa Press

Ainda nos falta alguém para controlar o grupo, função que o próprio Dunga exerceu de forma exemplar entre 94 e 98. Thiago Silva, o capitão anterior, parece ter perdido crédito depois do desastroso choro no jogo contra o Chile. Miranda, parece não ter conforto para assumir a posição, David Luiz as vezes parece imaturo demais para carregar a braçadeira. Porém, todos citados são sim líderes dentro de um grupo que começa a se formar, mas nenhum preparado para a responsabilidade de comandar o futebol pentacampeão dentro de campo.

Luís Gustavo, ao meu ver, parece ser o nome mais preparado dentro do grupo de jogadores que Dunga tem convocado. Mas, duro e fiel a suas convicções, não acredito que Dunga irá dar esta oportunidade ao jogador do Wolfsburg. Acredito, entretanto, que o acontecido na Copa América terá consequências importantes dentro da seleção. Neymar deve perder a posição de capitão para Miranda, já que ficou claro que ele ainda não está preparado. Fato que também ficou claro no final do amistoso contra Honduras, no Beira Rio.

Dunga, um verdadeiro líder dentro de campo, parece não ter a mesma destreza fora das quatro linhas, buscando, ao meu ver, capitães equivocados e colocando responsabilidades demasiadas sobre os atletas. Um grupo que já vem pressionado por resultados e necessitando recuperar o bom futebol canarinho, não precisa de pressão dentro do grupo, principalmente vinda do treinador. É hora de colocar os nervos no lugar para buscarmos um líder que comande a reconstrução de nossa seleção.

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