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Com eficiência e planejamento, Rússia é bicampeã mundial de futebol de areia

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O Mundial do Taiti serviu para consolidar o fim da hegemonia brasileira no esporte e iniciar uma nova. Agora quem dá as cartas nas areias mundo afora é a Rússia. Isso mesmo. Como? Depois a gente explica.

A Copa do Mundo de Futebol de areia realizada no Taiti reuniu equipes pouco convencionais para o esporte, como Paraguai, Senegal, Holanda, Ucrânia e Costa do Marfim, mostrando que o esporte cresce e está cada vez mais universal. O Taiti, dono da casa, foi a grande sensação da competição, chegando a uma consagradora disputa de terceiro lugar contra o Brasil. Empurrados pela torcida e com suas danças típicas trazidas do rugby, os taitianos eliminaram a Argentina, fizeram um jogo duro contra os russos na semifinal e, na decisão de 3º lugar, empatou em 7×7 com o Brasil, perdendo nos pênaltis, o que não diminui a festa da torcida.

Seleção brasileira diante do ritual taitiano na disputa do 3º lugar. FOTO: Getty Images
Seleção brasileira diante do ritual taitiano na disputa do 3º lugar. FOTO: Getty Images

O Brasil, comandado pelo Júnior Negão, esteve longe dos seus tempos de glórias e vê, cada vez mais a competitividade aumentar no esporte. O sufoco para eliminar o Japão e a derrota para Espanha na semifinal não estava nos planos, apesar do segundo jogo ser um clássico do esporte, e, muito menos, o sufoco para garantir o 3º lugar contra os donos da casa. Os Espanhóis voltaram a demonstrar força e, depois de participações irregulares nas últimas edições, chegaram a uma decisão, eliminando o Brasil no último lance da prorrogação.

Rússia mostra melhor futebol e derrota a Espanha. FOTO: FIFA
Rússia mostra melhor futebol e derrota a Espanha. FOTO: FIFA

O mais emblemático é o bicampeonato russo. O país de inverno gelado e praias repletas de pedras, que a 11 anos nem praticava futebol de areia, apresentou um crescimento meteórico e bem sucedido no esporte, culminando com o bicampeonato mundial. O projeto encabeçado pelo engenheiro espacial (isso mesmo, um cara que trabalhava com foguetes e satélites) Sergey Nachaev, pensando em desenvolver o esporte como um todo, fez com que o país pulasse de cinco times, em 2005, para 300 atualmente. Planejamento, coisa que nenhuma potencia do esporte tinha ou tem, fez com que a Rússia se tornasse uma superpotência das areias.

E foi assim, pensando no esporte antes de pensar em resultados, que os russos se organizaram e conquistaram dois mundiais. O título deste domingo não foi nada mais do que a concretização do que já se esperava, além de servir de exemplo para as outras seleções, como a brasileira, que continuam pensando que o sucesso no esporte depende apenas de talento.

Russos fazem festa pelo bi. FOTO: Getty Images
Russos fazem festa pelo bi. FOTO: Getty Images
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