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Brasil fracassa no futebol, vôlei feminino é ouro e Bolt se torna lenda

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Londres está se despedindo aos poucos dos Jogos Olímpicos. No penúltimo dia de competições, não faltaram emoções nas inúmeras finais disputadas. Alguns nomes ficaram para a história e outros tropeçaram em seus erros e nunca serão esquecidas por seu fracasso.

O dia de decisões começou na canoagem, que teve o último dia de competições em Londres. No k1 200m masculino teve festa britânica com o ouro de Ed McKeever que venceu o espanhol Saul Craviotto Riveiro (prata) e o canadense Mark de Jonge (bronze). No C1 200m masculino o ucraniano Yuri Cheban levou o ouro, superando o lituano, que ficou com a prata, e o russo Ivan Shtil, que foi bronze. O brasileiro Ronilson Oliveira terminou na 12ª colocação na classificação geral. No k2 200m masculino domínio da dupla russa Yury Postrigay e Alexander Dyachenko que levou o ouro; a prata ficou com a Bielorússia e o bronze para a Grã-Bretanha. Na única prova feminina do dia, vitória na Nova Zelândia, com Lisa Carrington, que conquistou o ouro da prova K1 200 m feminina. A ucraniana Inna Osypenko-Radomska levou a medalha de prata e a húngara Natasa Douchev-Janic o bronze.

O basquete feminino chegou a sua decisão com domínio dos EUA, como já era previsto. Na disputa do bronze, a Austrália, única equipe a dar trabalho para os EUA, venceu a Rússia e conquistou sua quinta medalha olímpica seguida na modalidade. Bronze nos Jogos de Atlanta 1996 e prata em Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008, as australianas venceram por 83×74. Na decisão mais um passeio das americanas, campeã nas últimas quatro Olimpíadas. A vítima da vez foi a França, derrotada por 86×50, conquistando um inédito pentacampeonato na modalidade.

Candace Parker liderou a seleção americana rumo ao ouro. FOTO: AP

Na prova de moutain bike feminino, no ciclismo, a francesa Julie Bresset garantiu a medalha de ouro ao vencer a prova do cross country, deixando para trás a alemã Sabine Spitz, prata, e a americana Georgia Gould, bronze. A conquista veio dois dias depois de uma queda durante um treinamento que fez com que ela recebesse sete pontos.

No saltos ornamentais foi dia de final da plataforma de 10m masculina, com toda a torcida britânica de olho no seu “queridinho” Tom Daley, na expectativa de um ouro. Só não avisaram o americano David Boudia, que surpreendeu a todos levando o ouro e, de quebra, venceu o chinês Bo Qiu, atual campeão mundial e favorito da prova. Daley, de apenas 18 anos, ficou com o bronze.

Apesar da torcida, Thomas Daley levou apenas o bronze. FOTO: AP

O dia que parecia de consagração para o futebol brasileiro terminou com frustração, na decisão do torneio olímpico, em Wembley. O Brasil, favorito ao ouro – único título que lhe falta-, foi derrotado pelo México por 2×1, numa péssima atuação. Logo aos 28s, numa falha individual do lateral Rafael, a bola sobrou para Peralta abrir o placar. O mesmo Peralta, novo algoz brasileiro em Jogos Olímpicos, ampliou aos 30 do 2ª tempo. De nada adiantou o gol de Hulk, aos 46 do 2º. O México conquista seu primeiro título olímpico de futebol e o Brasil acumula mais um fracasso, naquela que pode ter sido a melhor chance de conquistar o ouro.

Peralta é o mais novo carrasco brasileiro em Olimpíadas. FOTO: Reuters
A frustração de mais um fracasso no pódio. FOTO: Reuters

No handebol, nada de surpresas. Num grande jogo pela disputa do bronze, a seleção da Espanha venceu a Coreia do Sul por 31×29, na prorrogação. Algoz da Seleção Brasileira, a Noruega conquistou a medalha o ouro ao derrotar Montenegro pelo placar de 26 a 23, num duelo muito equilibrado. Agora, a equipe nórdica é bicampeã olímpica, além de atual campeã mundial e européia.

Na final individual geral da Ginástica Rítmica, a russa Evgeniya Kanaeva foi a mais completa e conquistou o bicampeonato olímpico ao derrotar a compatriota Daria Dmitrieva, que ficou com a prata. O bronze foi para a bielorussa Liobou Charkashyna.

Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, a seleção australiana masculina de hóquei na grama repetiu o desempenho em Londres e ficou com a terceira colocação ao vencer a Grã-Bretanha por 3×1. Os grandes bicampeões foram os alemães, que repetiram Pequim e levaram o ouro, ao derrotar a Holanda na decisão por 2×1, com um gol a cinco minutos do final.

No único dia de atividades do pentatlo moderno masculino, o tcheco David Svoboda bateu o recorde mundial e atingiu a marca de 5.928 pontos em provas de esgrima, natação, hipismo e evento combinado (tiro esportivo e corrida), conquistando a medalha de ouro para seu país. Completaram o pódio o chinês Cao Zhongrong, com a prata, e o húngaro Adam Marosi, com o bronze.

No Taekwondo, na categoria acima de 80kg, o italiano Carlo Molfetta conquistou o ouro ao derrotar Anthony Abame, do Gabão. Abame conquistou a primeira medalha de seu país em Jogos Olímpicos. Os bronzes ficaram com o cubano Robelis Despaigne e com o chinês Li Xiaobo. Molfetta protagonizou uma das lutas mais curiosas, ao derrotar nas semi-finais, o “gigante” de 2m03 Daba Modibo Keita, do Mali, num digno duelo entre Davi e Golias. No feminino, categoria acima de 67kg, a brasileira Natália Falavgna foi derrotada pela sul-coreana In Jong Lee por 13 a 9 já na primeira luta, com reclamações sobre a arbitragem e de quebra uma lesão na perda direita. O ouro ficou com a sérvia Milica Mandic que derrotou a francesa Anne Caroline Graffe, por 9×7. Os bronzes foram para a mexicana Maria del Rosário Espinoza e para a russa Anastasia Baryshinikova.

Keita e Molfetta num duelo Davi e Golias. FOTO: AFP

Na luta greco-romana, as categorias 60kg e 84kg, foram dominadas pelo Azerbaijão. Na categoria de 60 quilos, Toghrul Asgarov venceu a final contra o russo Besik Kudukhov e levou o ouro. As medalhas de bronze foram para o indiano Yogeshwar Dutt e para o americano Coleman Scott. Já nos 84 kg, Sharif Sharifov – atual campeão mundial – se impôs perante o porto-riquenho Jaime Ysept Espinal e garantiu o ouro. Os bronzes ficaram com Ehsan Nasser Lashgari do Irã e Dado Marsagishvili da Geórgia. O destaque do dia foi o uzbeque Artur Taymazov, que conquistouo terceiro ouro olímpico consecutivo na categoria 120 kg, ao derrotar Davit Modzmanashvili, da Geórgia, que ficou com a prata. As medalhas de bronze ficaram com o iraniano Komeil Ghasemi e o russo Bilyal Makhov, consolidando o domínio dos países do leste europeu na modalidade durante Londres 2012.

A seleção brasileira de vôlei feminino fechou um roteiro digno de cinema, ao conquistar o ouro e se sagrar bicampeão olímpica. Depois de estar quase eliminada na primeira fase, se classificando na última rodada, após torcer para uma vitória dos EUA para que terminasse em 4ª lugar, o Brasil eliminou a Rússia, favorita e eterna algoz, e na semi-final atropelou o Japão. Na decisão houve uma reedição da final de Pequim, contra os EUA, que massacraram as brasileiras no primeiro set, com um sonoro 25×11. A equipe se reergueu e virou de forma espetacular vencendo os três sets seguintes por 25/17, 25/20 e  25/17, fazendo a festa pela medalha que parecia perdida. O técnico brasileiro José Roberto Guimarães é a primeira pessoa nascida no país a ter três medalhas de ouro. O bronze ficou com o Japão, que atropelou a Coréia do Sul por 3×0.

O Brasil sagra-se bicampeão olímpico de vôlei feminino. FOTO: Reuters

Numa noite de gala, o Boxe realizou cinco das suas decisões, com direito a clássico e a decisão polêmica da arbitragem. A China conquistou o ouro na categoria até 49kg, com Shiming Zou, que venceu por 13×10 o tailandês Kaeo Prongprayoon. Já na categoria até 56kg, toda a rivalidade entre britânicos e irlandeses ficou evidente, no combate entre John Joe Nevin, da Irlanda, e o atleta da casa, Luke Campbell. Campbell levantou a torcida com uma espetacular vitória por 14×11, levando o ouro. Na categoria até 65kg, Roniel Iglesias Sotolongo, de Cuba, venceu por 22×15 o ucraniano Denys Berinchyk, garantindo o único ouro da outrora potência no boxe olímpico. Na categoria até 91kg, o favorito italiano Clemente Russo perdeu por 14×11 para o ucraniano Oleksandr Usyc e viu seu ouro escapar. Na final inédita para o boxe brasileiro, Esquiva Falcão Florentino foi derrotado por 14×13 pelo japonês Ryota Murata, depois de uma polêmica decisão da arbitragem, que retirou dois pontos do brasileiro, que fizeram falta no final.

Esquiva Falcão Florentino leva a prata e tem o melhor resultado do boxe olímpico brasileiro. FOTO: AP

O Estádio Olímpico se despediu das provas de pista do atletismo, com a realização de oito finais. A Rússia foi a delegação mais vitoriosa do dia, com quatro medalhas de ouro. Na prova de 50km da marcha atlética masculina vitória do russo Sergey Kirdyapkin, que também quebrou o recorde olímpico da corrida, com o tempo de 3h35min59s. A prata ficou com o australiano Jared Tallent – que também correu abaixo do recorde anterior – e o bronze com o chinês Tianfeng Si. No marcha feminina, prova de 20km, ouro para a russa Elena Lashmanova, que bateu o recorde mundial com o tempo de 1h25min02s. A prata ficou com a sua compatriota Olga Kaniskina e o bronze com a chinesa Shenjie Qieyang. A russa Mariya Savinova, atual campeã mundial, conquistou o ouro nos 800 m rasos ao superar, no fim da última curva, uma das principais concorrentes para prova, a queniana Pamela Jelimo, ouro em Pequim e dona do melhor tempo de 2012. A queniana ficou de fora inclusive do pódio, sendo superada nos metros finais pela sul-africana Caster Semenya e pela russa Ekaterina Poistogova, terminando em quarto lugar. O quarto ouro russo veio com Anna Chicherova, no salto em altura, que foi a única a conseguir saltar sobre o sarrafo à 2,05 m. A prata ficou com a americana Brigitta Barrett e o bronze com Svetlana Shkolina, outra russa. A grande surpresa do dia veio do lançamento de dardo, com o jovem Keshorn Walcott, 19 anos, de Trinidad e Tobago, vencendo com a marca de 84,58 m, e garantindo a medalha de ouro. O ucraniano Oleksandr Pyatnytsya, ficou com a prata, enquanto Antti Ruuskanen, da Finlândia, foi bronze. O auge para a torcida inglesa foi a final dos 5000m, com vitória do britânico Mohamed Farah, com o tempo de 13min41s66, conseguindo sua segunda medalha de ouro, já que havia sido campeão também dos 10.000 m. Nascido na Somália, “Mo”, como é apelidado, superou Dejen Gebremeskel, da Etiópia, ficou na segunda colocação e Thomas Pkemei Longosiwa, do Quênia, que terminou com o bronze. No revezamento 4x400m feminino, o time dos EUA conquistou a medalha de ouro ao superar as adversárias com quase 4 segundos de vantagem. Com Allyson Felix, DeeDee Trotter, Francena McCorory e Sanya Richards-Ross, as americanas fecharam em 3min16s87. A prata ficou com a Rússia e bronze com a Jamaica. Fechando o dia, o revezamento 4x100m rasos foi mais um show jamaicano, com o ouro e o recorde mundial da prova, 36s84. A vitória garantiu ainda a sexta medalha de ouro olímpica do lendário Usain Bolt. A prata ficou com os EUA e o bronze com o Candadá, que foi desclassificado por uma falta, deixando a medalha para a equipe de Trindad e Tobago.O resultado garante a Usain Bolt um lugar cativo na história do atletismo mundial.

Bolt conquista seu 6º ouro com o revezamento jamaicano. FOTO: AFP
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