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O GALO COPOU: O MELHOR TIME DO PAÍS É BI MAIS UMA VEZ

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O Galo ganhou mais uma vez, agora na Copa do Brasil. Mais um bicampeonato na sala de troféus alvinegra. A conquista consumada da Tríplice Coroa, o Triplete ou como queiram chamar. De qualquer forma igualou o feito que o rival detinha, dominando o país completamente, numa temporada dos sonhos, que só tinha onde ser melhor caso o time obtivesse sucesso também na Libertadores. A queda na semifinal invicto, deixa uma marca de que com mais sorte este time poderia ter um feito inédito.

Na Copa do Brasil, tal qual no Brasileiro, a cada eliminatória, o Atlético não deixou dúvidas de que foi o time mais forte do Brasil em 2021. O que ficou evidente na campanha do Brasileiro, ficou também no mata-mata. O Galo se adapta aos mais diferentes cenários, se moldando ao que o próximo desafio exige e passando por cima dos adversários. Às vezes fazendo somente o necessário, às vezes goleando impiedosamente, mas sempre respondendo quando exigido.

A estreia do Galo na competição ocorreu no início de junho, contra o Remo, com o primeiro confronto fora de casa (definido por sorteio). Ainda em formação, com o time procurando a melhor forma e em meio a maratona de jogos do Brasileiro, o Galo joga mal, dá muita chance ao Remo, mas conta com suas estrelas para aproveitar as oportunidades que teve e decidir a parada. Gols de Hyoran e Nacho levam a vantagem para BH. Na volta, com mais uma grande exibição de Hulk, o galo faz 1×0, toma o empate, perde várias chances, mas define a partida com gol de seu craque.

Nas oitavas o sorteio trouxe o Bahia, dessa vez para jogar a primeira no Mineirão. Com o time já muito consistente e em boa fase, vitória categórica por 2×0 com a sensação de que podia ser até mais larga. Mas uma boa vantagem para decidir na Bahia. O problema foi que em 11 minutos do jogo de volta, o Galo levou o primeiro. E levou uma pressão absurda o tempo todo. Com uma equipe alternativa e desentrosada, suportava a blits dos tricolores para levar o jogo ao intervalo. Mas no fim do primeiro tempo, eis que vem ele de novo: o apagão dos refletores. Dessa vez seria pior para o Galo. Não deu para se organizar, mas deu para levar mais um gol antes do intervalo. A vantagem da ida foi para o espaço.

Aí entra mais uma das qualidades de Cuca: a capacidade de entender o jogo e ajustar o time durante os jogos. A equipe voltou modificada e passou a jogar melhor e a pressionar o Bahia pelo gol da classificação. A entrada de Vargas foi decisiva e foi dele o gol do desafogo. De cabeça para esfriar de vez o Bahia e controlar o jogo, como queria ter feito desde o início. Aquela seria a única derrota, e incrivelmente, o jogo mais tenso da campanha.

Classificado às quartas, o próximo adversário seria o Fluminense, em meio ao caos habitual do calendário nessa época do ano. Mas como fez sempre nessa temporada, Cuca colocou quem tinha a disposição no jogo. Dessa vez o primeiro jogo era no Rio, no Nilton Santos. O Galo vem com a estratégia de administrar o jogo e se poupar um pouco, marcando o Flu mais atrás e explorando os espaços. Como o time da casa também não quis se arriscar muito, ficou um jogo mais travado. De novo o talento disponível ao Galo fez diferença. Hulk e Nacho decidiram a parada. Os primeiros dois gols tiveram interferência do VAR e o segundo do Galo foi em jogada de Hulk que ele mesmo finalizou, colocando o Galo em vantagem.

Na volta em BH, o Galo tentava controlar as ações mas o Flu teve as melhores chances do primeiro tempo. Foi aí que Everson mostrou a qualidade de quem fez a melhor temporada da carreira. Duas defesas milagrosas garantiram o placar zerado ao fim do primeiro tempo. No segundo, continuava um jogo perigoso para os alvinegros, mas um pênalti assinalado pelo VAR deu números finais e o alívio a Massa. Hulk marcou o gol que dava uma desanimada nos cariocas e então o Galo levou o jogo até o fim.

As semifinais aconteceram em outubro, já na reta decisiva da temporada mas na melhor fase do Atlético na temporada. O Adversário, teoricamente era difícil: O Fortaleza de Vojvoda, que fazia excelente campanha na temporada. Só que no primeiro jogo, no Mineirão o Fortaleza caiu na besteira de tentar fazer um jogo franco com o Galo, disputando o domínio do jogo. O cenário perfeito para o jogo de ataques rápidos do estilo do Cuca. Com mais qualidades individuais então tudo ficou mais fácil. Numa das melhores atuações da temporada, Zaracho, Hulk, Arana e companhia fizeram um primeiro tempo absurdo e saíram para o intervalo com sonoros 3×0. Na segunda etapa ainda houve tempo pra mais um. 4×0 arrebatador que poderia facilmente ser mais. Na volta bastou administrar o resultado e contar com a qualidade de Diego Costa para definir nos contra-ataques.

As finais só seriam dias após o fim do Brasileiro, o que permitiu ao Atlético concentração exclusiva no principal objetivo da temporada: a busca do bicampeonato que não vinha a 50 anos.

Objetivo garantido, festa feita, restava partir para a próxima meta: o brinde com a Copa do Brasil que coroasse a temporada e o domínio absurdo vistos ao longo da temporada.

O adversário teoricamente seria mais simples que o da semifinal. O Athlético, que tinha sido campeão da Sul-Americana, por outro lado lutou até as ultimas rodadas contra o rebaixamento no Brasileirão.

O primeiro jogo, novamente era na capital mineira. E o favoritismo da teoria se confirmou com clareza no primeiro jogo. Dono do jogo desde o início, o Galo dominava as ações frente a um Athlético muito cauteloso e desorganizado, que nem conseguia defender bem e nem saia. Por outro lado, o Galo, como bem sabe fazer seu treinador, aproveitava os espaços deixados pelo Furacão no meio campo e nas laterais. Sufocava os rubro-negros quando, num cruzamento na área, a bola pegou no cotovelo do defensor do Furacão e o árbitro marcou pênalti discutível, confirmado pelo VAR. Hulk converteu marcando seu 7 gol na competição, no que alcançava mais uma artilharia no ano. Mesmo com o lance polêmico o gol do Galo era iminente e fatalmente sairia de alguma forma.

A partir do primeiro, abriu-se a porteira e logo depois Keno numa fase absurda de decisiva fez fila em frente a 7 jogadores do Athlético que assistiram sem reação o chute de fora da área no cantinho de Santos. Era o prenuncio de mais uma goleada devastadora. E ela veio no segundo tempo. Nos pés de Vargas que entrou no lugar de Diego Costa que saiu machucado no início do jogo. O Chileno marcou os dois gols na segunda etapa. O primeiro, num dos vários presentes que a linha de zaga adversária deu, durante o jogo. O segundo, numa bela jogada pelos lados, de pé em pé entre Hulk e Nacho e Vargas. Vitória categórica e tranquila, que também podia ser mais elástica com um gol de cavadinha de Hulk que acabou indo pra fora. Um pecado.

Mais uma vez faltava apenas sacramentar e colocar as duas mãos, agora na taça, no jogo de volta. Muito se falava na imprensa paranaense de jogar somente pela honra, para tentar sair de cabeça erguida da competição. Mas alguns colocaram sua esperança no milagre e o jogo de volta foi com casa cheia na Baixada e num ambiente de pressão total da torcida da casa. Talvez poderia ser um fator para impulsionar a equipe rubro-negra.

Só que com a inteligência e experiencia desta equipe alvinegra, seria bem difícil operar o milagre. Cuca sabia, e disse isso em entrevista, que o jogo seria brigado e passaria por resistir à pressão do Athlético nos primeiros 20 minutos de jogo. E foi exatamente o que aconteceu. Tudo bem que com colaboração do time da casa, que confundiu intensidade de pressão com truculência, personificados em Pedro Henrique e Kayser, ambos numa pilha muito acima do necessário, procurando confusão, que só atrasaram o jogo do Athletico nos primeiros minutos.

Era exatamente o que Cuca queria. Verdade que o Galo até tomou gol num lance de Pedro Rocha que foi anulado, em mais uma polêmica de arbitragem na final. Pouco depois o espaço que o Atlético procurava no contragolpe, apareceu. Iniciado por Vargas, que levou a bola até a entrada da área rolou para Zaracho na ponta e ele achou Keno pra escorar pro gol. As poucas esperanças da torcida paranaense foram embora e o estádio esfriou totalmente.

No intervalo, parte da torcida já deixava o estádio. Daí foi só cozinhar a partida. Ainda teve tempo para Hulk marcar seu oitavo gol na competição, em belo gol. Passe excepcional de Savarino nas costas da defesa e cavadinha de Hulk para encerrar a conquista. Até houve o gol de honra do Athletico quando a concentração do Galo já tinha ido embora. Nada que atrapalhasse a merecidíssima conquista. E olha que, dessa vez, ao contrário do que é praxe em se tratando de Atlético Mineiro, pouco sofrimento ao longo da campanha

Mais uma taça, um brinde a uma temporada que já era histórica e fica ainda mais. Galo que jogou o melhor futebol da temporada no Brasil e não deixa margem para que digam o contrário. 75 por cento de aproveitamento em 75 jogos. 52 vitórias no ano e só 9 derrotas. Um recorde nacional superando o rival, Cruzeiro em 2003. Na Copa do Brasil, igualmente avassalador. 10 jogos, 9 vitórias, o maior desempenho da história da copa. Melhor ataque da competição, com a maior diferença num jogo de final e maior placar agregado também. Uma disparidade. Poucas vezes vista.

O artilheiro e craque da competição foi Hulk, vencedor de todos os prêmios individuais disponíveis. Craque e artilheiro do Brasileirão e da Copa do Brasil, feito poucas vezes alcançado. 36 gols no ano, igualando a melhor temporada de sua carreira, no Porto em 2011, mas com 10 anos a mais. Artilheiro do futebol brasileiro no ano, consolidadíssimo como um dos maiores ídolos da massa atleticana.

Os demais também têm importância na força coletiva desse Galo que atropela todo mundo. Sem suas grandes armas, nem o super-herói alvinegro poderia ir tão longe. Vargas, Keno, o incansável Zaracho, Allan, Jair, Nacho e tantos que fazem do Galo um sucesso na temporada e um time que já é histórico.

Bom para o atleticano que o excelente projeto esportivo atleticano já esteja gerando frutos. E segundo Cuca, ainda há espaço para esse time evoluir. Isso sem contar que a tendência, segundo seu mecenas é de mais qualidade nos próximos anos. Dizem que poderemos nos acostumar com um Galo protagonista nos próximos anos. Aguardamos com expectativa.

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