BARCELONA CAMPEÃO DO MUNDO! UMA MERA FORMALIDADE
Mesmo que não tivesse sido realizado o Mundial de Clubes da FIFA, ninguém em sã consciência teria dificuldade de cravar o Barcelona como melhor time do mundo. Mas algumas formalidades são necessárias, afinal nem sem pre o melhor time e o melhor futebol são os mais eficientes. O aguerrido e bem montado time do River Plate poderia ter sido campeão, mas não contra o time Catalão.
Duas vitórias por 3×0, uma sobre o Guangzhou Evergrande de Felipão e sua legião de brasileiros, e outra sobre o campeão da América, o River Plate selarão a supremacia do Barça num ano de cinco títulos. O trio MSN nem precisou jogar tudo o que pode, pois Suárez estava inspiradíssimo. Com cinco gols em dois jogos o pistoleiro roubou a cena no Japão e foi eleito com méritos o Bola de Ouro da competição.
Analisar taticamente uma competição como o mundial deste ano chega a ser uma discrepância desnecessária. Prefiro pontuar a raça do River e o show de sua torcida que invadiu o Japão para ver seu time tentar o título e acabou sendo mais visível do que as efêmeras chances de conquista dos portenhos.
Outro ponto relevante foi o bom futebol do Sanfrecce Hiroshima, que mostrou organização e um futebol bem consolidado, o que mostra que a J-League não é uma baba tão baba quanto se pinta aqui no Brasil. Já o Guanghzou Evergrande da China e a legião brasileira de Felipão, que trazia uma invencibilidade de 28 jogos, não mostrou muito em terras japonesas.
Mas o ponto que ficou mais evidente neste Mundial de Clubes foi como é destoante a realidade da América do Sul e da Europa. Se considerarmos os mundiais realizados antes de 96, ano do fim das limitações de número de estrangeiros por clube na Europa, e os realizados depois, fica claro como a globalização interferiu nos resultados. Antes os sul-americanos levavam vantagem: 20×14 nos títulos. Depois, supremacia das seleções mundiais montadas pelos clubes europeus: 15x 6.
Depois que a FIFA levou o Mundial de Clubes para sua tutela, só vimos duelos de Davi e Golias, isso quando um sul-americano não perde para um time africano. No caso deste ano, o título do Barcelona estava prá lá de previsto, mas foi bom ver o melhor time do mundo enfrentando seus rivais dos outros continentes e levando a sério a disputa.
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