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VAZA, MANO! A SAÍDA DE MANO VISTA POR UM CRUZEIRENSE

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Mano Menezes enquanto técnico do Cruzeiro. FOTO: ESPN
Mano Menezes enquanto técnico do Cruzeiro. FOTO: ESPN

Um texto nada isento, feito por um cruzeirense.

Pense: você trabalha (na sua profissão mesmo, não precisa ser nada relacionado a futebol) em uma praça onde sua categoria não tem a menor estabilidade de emprego. Troca-se posições em sua área como se fosse roupa íntima. Aí vem uma turma, que é de um lugar meio “fora de mão”, mas te oferece um salário inimaginável nesta praça onde você trabalha, com um contrato de dois anos de duração que você tem certeza que será cumprido e pronto! Sua independência financeira estará feita e grana nunca mais será problema…

Sinceramente, não entendi porque o Mano Menezes demorou dois dias para aceitar a proposta do futebol chinês.

Eu, particularmente, aceitaria de cara e não perderia o tempo nem de arrumar mala. Ia para o aeroporto com a roupa do corpo e comprava a primeira passagem para Pequim.

E que se lasquem por aqui essas diretorias amadoras, incompetentes, despreparadas para administrar clubes de futebol e esses torcedores que não querem saber do bem maior, querem é ganhar do arquirrival na primeira fase do estadual e que se dane o resto da temporada. No caso da diretoria do Cruzeiro (na pessoa do Presidente Gilvan de Pinho Tavares), especificamente, acho que é até pouco, diante do que esta fez com Marcelo Oliveira (não consigo me conformar dele ter deixado o velório da mãe para treinar o time, e uma semana depois ser demitido).

Claro que os distribuidores de colete não são santos. O próprio fato de agirem como Mano está fazendo, demonstra que não são exatamente preocupados com a história do “projeto a longo prazo”, como gostam tanto de falar. Mas todo esse papinho ridículo de “fato novo”, de “cultura do futebol brasileiro”, essa análise simplista de “o elenco estava fazendo corpo mole para derrubar” que sempre serve de desculpa esfarrapada para se mandar o treinador embora, resulta em situações como esta. Como dizer não a uma proposta de trabalho que seja 0,5 milímetros melhor que sua situação atual? Mesmo que você não saia por conta própria hoje, amanhã você perde para um rival local e é demitido; seu time pega uma sequência de três jogos sem vitória (mesmo que seja contra Corinthians e Grêmio fora de casa, e o São Paulo em casa, por exemplo – no sentido de que são jogos muito difíceis, independente do resultado) e pimba! Vamos mais uma vez curtir Catho Online.

Nesta situação, eu entendo perfeitamente Mano Menezes. Como disse, a única coisa que faria diferente seria a velocidade em aceitar a proposta. Mas este também está de brinqueichion uíte me!

Já está inteirando a segunda vez que este cidadão deixa o Cruzeiro “na mão”. A primeira delas, absurda, depois de acertar tudo com o celeste para disputar a Libertadores de 2008, um belo dia apareceu em coletiva no Parque São Jorge sendo apresentado no Corinthians que disputaria a Série B naquele ano. Claro, com a burras cheias de dinheiro, já que o salário lá era maior que o oferecido pelo Cruzeiro, que acreditou demais na atratividade da competição continental.

Mano, depois de passagem desastrosa no Flamengo (treinador que não conseguia “se fazer entender”, em time que terminaria campeão da Copa do Brasil) e mais uma passagem no Corinthians, dessa vez absolutamente insossa, foi para a Europa reciclar-se. Chega 2015 e o Cruzeiro, desesperado, chama o treinador novamente. Ao que tudo indica, a reciclagem deu certo, porque o Cruzeiro que estava fadado a enfrentar seu primeiro rebaixamento (Deus me livre, cruz credo), mudou da água para o vinho e chegou a ver de perto uma possível vaga para a Libertadores de 16. Com um futebol que até então não havia apresentado em nenhum momento durante o ano.

E agora, onde Mano continuará mostrando os resultados de seu curso “que até Guardiola e Mourinho o fazem regularmente”? Na China! Vai mostrar o que lá, filhão? Não tem futebol naquele lugar! Lá, Muriqui é Deus! Vai fazer curso na UEFA para treinar na China…

O que fica de Mano Menezes, além a esperança de um 2016 melhor que 2015 para o Cruzeiro, já que vimos este time render em algum momento, é a imagem de um senhor hipócrita e mercenário, pois pela segunda vez, pretere o projeto no Cruzeiro em nome do dinheiro.

Aquele mesmo senhor que dizia não entender profissionais do futebol que iam para centros afastados apenas pelo dinheiro, tipo EUA ou Leste Europeu, vai para a China nadar na grana. Enquanto isso, o time que recentemente teve dois treinadores que duraram dois anos e meio no cargo, ficou a ver navios.

Deixar o Cruzeiro à deriva, me parece até irrelevante. Se Mano não fizesse isso, provavelmente, em algum momento o Cruzeiro faria isso com ele (como todos os times fazem com todos os treinadores). Mas a hipocrisia, Mano, esta você conseguiu elevar à maior potência.

Tomara que o Ricardo Goulart continue destruindo este time que Mano irá treinar, todas as vezes que eles se enfrentarem!

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