Mundial de Futsal começa com o Brasil em busca de renovação
Faz um bom tempo que quando falamos em futsal no Brasil, o nome que vem a cabeça é o de Falcão, notadamente o melhor do mundo e um verdadeiro gênio das quadras. Mas como tudo passa, fica claro que a seleção precisa se renovar e criar novos ídolos, já que Falcão, com 35 anos, provavelmente não deve jogar outro mundial. O torneio deveria ser usado como ponto de partida para uma renovação, certo? Bom, não é tão simples assim…
É bem verdade que a equipe de hoje tem apenas 6 remanescentes do título em casa, quatro anos atrás, mas a média de idade está na casa de 30 anos e Falcão continua como o único ídolo da equipe. O que preocupa mais é que nas eliminatórias o Brasil tropeçou e passou apenas em terceiro, ao ser eliminado pelo Paraguai nas semifinais. O time ainda não tem uma cara tão definida como em outrora. Cabe ressaltar que sua arqui-rival Espanha se renovou e, com apenas cinco atletas do grupo que foi vice-campeão no Rio de Janeiro, a equipe de Venancio Lopez está invicta, em se tratando de bola rolando, há sete anos, ou 108 jogos (derrota para o Brasil no último Mundial veio nos pênaltis). Fora isso, Argentina, Paraguai, Portugal, Ucrânia, Itália e Irã prometem dar trabalho. É bom o Brasil abrir o olho…
PRIMEIRA RODADA
A primeira rodada do Mundial na Tailândia teve bons jogos e algumas surpresas.
Pelo grupo A, os donos da casa venceram por 3×1 a Costa Rica e, no jogo dos favoritos do grupo, um empolgante empate em 3×3 entre Paraguai e Ucrânia.
No grupo B, a Espanha não teve vida fácil contra o Irã. Abriu 2×0 no primeiro tempo, mas sofreu o empate no segundo tempo. O jogo foi equilibrado e as duas seleções devem estar na briga pelo título. A liderança do grupo ficou com o Panamá, que atropelou o Marrocos com uma goleada de 8×3.
Pelo grupo C o Brasil derrotou o Japão por 4×1, com amplo domínio da partida. O destaque positivo foi a participação do japonês Kazu, ídolo do futebol de seu país nas décadas de 80 e 90, que disputa seu primeiro mundial aos 45 anos. O negativo, foi a lesão de Falcão, que coloca em risco sua participação no Mundial, apesar de não tirá-lo da competição. No outro jogo do grupo, Portugal venceu a perigosa Líbia por 5×1 e, liderados por seu pivô Cardinal, começaram bem a competição.
A Itália, tradicionalmente recheada de brasileiros (nesta edição são sete), estreou pelo grupo D com uma goleada de 9×1 sobre a Austrália, que lhe valeu a liderança da chave. Foram seis gols “brasilianos”, com destaque para o ala Saad. A Argentina, sempre competitiva, venceu por 5×1 o México e deve ser uma rival à altura dos italianos.
No grupo E, o mais fraco da competição, a República Tcheca venceu o Kuwait por 3 a 2 e a Sérvia fez 3 a 1 no Egito. Os tchecos e os sérvios devem se destacar na chave, mas dificilmente irão longe na competição.
Fechando a primeira rodada, pelo grupo F, a Rússia trucidou as Ilhas Salomão por 16×0, com dez gols de brasileiros naturalizados: Sirilo, Éder Lima (7), Pula e Robinho. As Ilhas Salomão saíram no lucro pois em 2008, no mundial do Brasil, apanharam de 31×2 para os russos. Mesmo assim os outros integrantes do grupo que se cuidem. Aliás, no outro jogo do grupo, a Guatemala venceu a Colômbia por 5 a 2.
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