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UM ANO DO 7X1

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Um ano atrás eu tinha plena consciência de que o Brasil muito provavelmente perderia para a poderosa seleção alemã. Sabia desde a Copa de 2010 que essa geração alemã era a principal candidata ao título mundial na nossa terra, tanto que desde a Copa da África apontava os alemães como favoritos para 2014.

Mas como futebol é futebol, e lógica não faz parte dessa brincadeira, queria muito ver no que ia dar aquele combate. Não sabia direito o que esperar do jogo, pois a Alemanha, apesar do favoritismo, teve alguma dificuldade para chegar até aquela semifinal (vide a treta nervosa que foi aquela oitava de final contra a Argélia), além de um Brasil com uma dose de sorte, a torcida elevando o tom e uma esperança de que o time da casa pelo menos demonstrasse alguma raça no jogo.

Fiquei pasmo ao ver os gols alemães saindo, saindo, saindo, sem ninguém para deter aquele “treino de finalizações contra cones”. Não que eu esperasse que o Brasil pressionasse a Alemanha, testasse Neuer e enchesse os olhos, mas 5 gols em 25 minutos foi demais. Principalmente em se tratando de uma semifinal de copa, envolvendo o time da casa e esse time especificamente é o Brasil e seus poderosos cinco títulos mundiais. Analisando por esse lado, 7×1 foi demais.

Mas ainda no primeiro tempo, comecei a perceber que estava diante do enterro medíocre do Futebol Brasileiro, em cova rasa e sem direito a lápide, como indigente. Ainda estava na conta dos cinco gols, mas já estava claro que a vitória alemã não era apenas sobre a seleção brasileira, mas sobre um sistema falido e que faz muito mal ao esporte brasileiro. A vitória não foi apenas sobre David Luiz, Julio Cesar, Fernandinho, Oscar, Fred; foi também sobre o vitorioso, mas preso no ano de 2004 de Felipão (a este, muito obrigado por 2002), sobre Parreira e suas teorias ultrapassadas (a este, muito obrigado por 94), sobre Marin (que está preso) e Del Nero (que se “exilou” no Brasil, com medo de ser preso também) e sobre a CBF, que era o “Brasil que deu certo”. Por esse viés, 7×1 não foi nada.

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