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Sem show mas com eficiência, Brasil recupera a hegemonia do futsal mundial

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O Brasil conquistou seu sétimo título mundial de futsal, o quinto sob vigência da FIFA, numa partida histórica contra sua arqui-rival Espanha. A festa brasileira em Bangcoc, na Tailândia, começou depois de uma vitória no fim de um jogo emocionante, em que derrotou a Fúria por 3×2 na prorrogação.

O jogo foi eletrizante. O Brasil abriu o marcador com Neto, levando a virada com gols de Torras e Aicardo. A menos de três minutos do fim Falcão empatou a partida, levando a decisão para a prorrogação. Depois de muito equilíbrio e cautela por parte das duas equipes, praticamente no último lance, Neto fez uma bela jogada individual e marcou o gol do título.

A conquista do Brasil confirmou a superioridade brasileira sobre os Espanhóis, que em cinco  decisões entre as equipes, foram quatro títulos brasileiros. A grande mudança da equipe verde amarela foi na parte tática. Com a mesma categoria de sempre, mas sem shows (exceção feita à partida contra o Panamá), o Brasil primou pelo bom esquema tático, pela boa participação defensiva e a eficiência ofensiva. Soube jogar mesmo sem ter o seu ídolo Falcão em plenas condições.

Falcão teve um mundial cheio de emoções. Na estreia uma lesão que assustou e chegou a oferecer o risco de corte. Recuperado, voltou para marcar o gol que lhe garantiu o recorde de maior artilheiro de todas as seleções nacionais de futebol. Sofreu uma estranha paralisia facial por stress e, ainda assim, foi o herói da dura virada sobre a Argentina na quartas. Depois de um jogo apagado na semi-final, fez o gol decisivo que empatou a final. Foi um coadjuvante de primeira linha.

A grande partida na decisão somada ao grande campeonato realizado, renderam a Neto o título de melhor jogador do Mundial. O mineiro de Uberlândia desponta como provável sucessor de Falcão no posto de melhor do mundo, além de ser o primeiro candidato a novo ídolo do esporte no Brasil. Neto não é, nem de longe novidade na equipe. Já disputou o Mundial de Taipé, em 2004, quando foi o vilão ao perder o pênalti que eliminou o Brasil nas semi-finais, e ficou de fora do título de 2008, no Rio, por causa de uma lesão. Uma volta por cima coroada com um título conquistado de forma sensacional.

Depois de uma polêmica sobre a quantidade de estrelas no uniforme brasileiro (a FIFA não reconhece os dois títulos dos mundiais realizados pela FIFUSA), o mundial confirmou a soberania do futsal brasileiro, não só pelo título, mas pelo número crescente de jogadores brasileiros jogando em seleções estrangeiras, num fenômeno que vem se intensificando desde o mundial de 2004. O estilo espanhol de jogo também mereceu destaque, uma vez que foi adotado por várias seleções. Baseado no Barcelona, que não por acaso é a base da seleção, o esquema de forte rotação, defesa bem postada e ataque rápido, parecia a tônica da competição. A zebra da competição ficou por conta da Colômbia, que na sua primeira participação em mundiais chegou em quarto (derrotada pela Itália na disputa de terceiro lugar por 3×0). Entre os prêmios individuais, destaque para Éder Lima, brasileiro naturalizado russo, que foi artilheiro com 9 gols, e com Mammarella, da Itália, melhor goleiro da competição.

O Mundial da Tailândia deu sinais de que futsal mundial está se renovando e que aos poucos novas seleções podem despontar. Mas isso de uma forma lenta, uma vez que os grande continuam com sua superioridade inquestionável. O Brasil que o diga.

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