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PRIMEIRA LIGA – O CAMINHO NATURAL

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Políticos sendo investigado, Polícia Federal prendendo políticos com mandato, Petrobras sendo passada a limpo, FIFA tendo suas falcatruas descobertas, grandes órgãos fragilizados com investigações…. O objetivo de tudo isso? Passar a limpo passados obscuros de instituições que sempre movimentaram muito dinheiro e quase nunca tiveram balanços financeiros esclarecedores.

Torcida do Galo levou mais de 30 mil ao Mineirão contra o Flamengo. FOTO: Bruno Cantini
Torcida do Galo levou mais de 30 mil ao Mineirão contra o Flamengo. FOTO: Bruno Cantini

Este é o retrato perfeito do nosso futebol, clubes cansados do descaso da CBF, aproveitam o momento de incerteza para levantarem suas bandeiras, colocam-se como oposição e já começam um processo de renovação de nossa Confederação. A história não mente, como todos os governos anarquistas, ditatoriais e autoritários, que chegaram ao fim em algum momento, será questão de tempo a mudança da CBF.

A resolução de apoio a Liga, publicada nessa quinta-feira, é demonstração clara de que a instituição está fragilizada e sem condições de enfrentar uma queda de braço contra 9 clubes que irão disputar a Série A de 2016. Mesmo a Ferj e seu general de ferro, Rubens Lopes, foram obrigados a ceder. Com a poio apenas do Vasco entre os grandes do Rio, Lopes percebeu que entrou em uma guerra perdida, e ao que parece foi jogado para escanteio pela CBF.

O enfrentamento do bloco de rebelados da Primeira Liga era o oxigênio que o futebol nacional necessitava para, quem sabe, começar as mudanças. Enfrentar a CBF e realizar os jogos da primeira rodada da Liga, mesmo quando a CBF se posicionava contraria, mostrou que o grupo tem força e coragem para lutar por um futebol mais justo.

Walter Feldman, Gilvan Tavares (presidente da Liga) e Rubens Lopes após reunião na CBF. FOTO: Vicente Seda
Walter Feldman, Gilvan Tavares (presidente da Liga) e Rubens Lopes após reunião na CBF. FOTO: Vicente Seda

Esta é uma briga que ainda está longe de acabar, mas não tem como fugir dos fatos históricos, toda ditadura tem seu final, e geralmente não muito feliz para os ditadores. No Brasil, as manobras de clubes e federações estaduais sinalizam para mudanças e bons ventos para o futebol nacional em um futuro próximo. Não é descartado um candidato dos clubes para as próximas eleições da CBF. Parece que o Brasil começa a ficar pequeno para Marin e Companhia.

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