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O Maracanã: a história de um dos símbolos de Brasil

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A história do nosso personagem e do futebol brasileiro se confundem. Seu surgimento dá início ao maior momento da grande história do futebol brasileiro. Parece que eu estou falando de Pelé, mas na verdade falo do maior palco onde o Rei melhor desfilou sua majestade. No dia 16 de junho, o lendário Maracanã faz aniversário. Trazemos um pouco da história deste templo do futebol e patrimônio cultural brasileiro.

Maracanã como projeto político: os interesses por trás da construção.

A história do Maracanã passa pelo ano de 1938, quando o então presidente da FIFA, Jules Rimet, visitou o Rio e aceitou a candidatura brasileira para sediar a Copa do Mundo de 42. Após o fim da II Guerra Mundial, que adiou os mundiais de 42 e 46, o Brasil foi escolhido como a sede do próximo campeonato, em 1950. Os políticos da época viram a necessidade de construir um grande estádio na então capital federal, a altura do evento que se aproximava.

A ideia da construção do estádio foi muito criticada por Carlos Lacerda, na época deputado federal e inimigo político do então General de Divisão e Prefeito do Distrito Federal do Rio de Janeiro, Marechal Ângelo Mendes de Moraes. Alegava ser contra devido aos gastos e à localização escolhida para o estádio, defendendo que o estádio fosse construído em Jacarepaguá e não na Tijuca – a região só teria o bairro do Maracanã anos mais tarde, em 1981. A área escolhida, ao lado do rio Maracanã, era usada para outro esporte, o turfe. Tanto que, a partir de 1885, abrigou o Derby Club onde aconteciam corridas de cavalo.

O apoio do grande entusiasta da construção, o jornalista Mário filho, irmão de Nelson Rodrigues e comandante do Jornal dos Esportes (que publicava diversos conteúdos em favor da construção) ajudou a levar a obra adiante. Seu nome batizaria o estádio em outubro de 1966, em sua homenagem, um mês após sua morte.

A concorrência para as obras foi aberta pela prefeitura do Rio de Janeiro em 1947, tendo como projeto arquitetônico vencedor o apresentado por Miguel Feldman, Waldir Ramos, Raphael Galvão, Oscar Valdetaro, Orlando Azevedo, Pedro Paulo Bernardes Bastos e Antônio Dias Carneiro. Curiosamente, entre os projetos preteridos, estava o de um certo Oscar Niemeyer, cuja história já contamos aqui.

O projeto vencedor previa um estádio para 155.250 pessoas, sendo 93 mil lugares com assento, 31 mil lugares para pessoas em pé, 30 mil cadeiras cativas, 500 lugares para a tribuna de honra e 250 para camarotes. O estádio ainda contaria com tribuna de imprensa com espaço para vinte cabines de transmissão, trinta e dois grupos de sanitários e trinta e dois bares. No total, a área coberta do estádio atingiria 150 mil m², com altura total de 24m.

Construção do Maracanã em 1949
Construção do Maracanã em 1949. FOTO: Arquivo Histórico do Museu Aeroespacial do Rio de Janeiro.

As obras iniciaram-se em 2 de agosto de 1948, data do lançamento da pedra fundamental. Trabalharam na construção cerca de 1500 homens, tendo se somado a estes mais 2 000 nos últimos meses de trabalho. Apesar de ter entrado em uso em 1950, as obras só ficaram completas em 1965, na copa mesmo era comum a presença de andaimes e pilhas de tijolos em meio a multidão. Estima se um custo final de Cr$ 250 milhões.

Em texto para o O Globo, Rafael Oliveira cita o “DNA político” do estádio:

Até então, a ideia era fazer de São Januário a sede carioca do Mundial. Mas a possibilidade de mostrar ao mundo que o subdesenvolvido Brasil era capaz de erguer um estádio de proporções gigantescas e realizar um evento mundial seduziu as autoridades. O DNA político do Maracanã é escancarado quando ele ganha duas inaugurações. A primeira, restrita a políticos e apoiadores, em 16 de junho. A segunda, com o amistoso entre cariocas e paulistas, no dia seguinte.

Na inauguração do Maracanã, apenas políticos, como o prefeito Mendes de Moraes e o vice-presidente Nereu Ramos. FOTO: Arquivo O Globo

Beatriz Farrugia, autora do livro “1950, o preço de uma Copa”, que narra os bastidores da preparação do Brasil para aquele Mundial, deixou claro o caráter político da construção do Maracanã em uma entrevista ao O Globo.

– Durante toda a a pesquisa ficou claro que a Copa de 1950 era um projeto político. Por mais que houvesse interesse no esporte, você sempre teve a política, por trás, querendo se beneficiar – conta Beatriz. – Ele é bem anterior à Copa de 1950. Começou no governo Vargas (1930 – 1945) que tinha toda aquela ideia de nacionalismo e usava muito o esporte para isso. São Paulo tinha o Pacaembu, que era o maior da América do sul na época. E, com isso, havia o questionamento de que o Rio, enquanto capital federal, deveria ter um estádio da mesma proporção.

No dia 16 de junho de 1950, o Jornal Diário da Noite publicou na sua primeira página:

“Hoje: presente régio à cidade – UM ESTÁDIO PARA A COPA DO MUNDO – De onde ponta-pés famosos abalarão os desportistas do Mundo.”

Sua inauguração deu-se ainda carregando o nome de Estádio Mendes de Moraes ou Estádio Municipal do Derby, com a realização de uma partida de futebol amistosa entre seleções do Rio de Janeiro e São Paulo, vencida pelos paulistas por 3 a 1. O meio-campista da equipe carioca Didi, do Fluminense, foi o primeiro autor de um gol no estádio e o goleiro Osvaldo Pisoni foi o primeiro a levar um gol.

Maracanã, um templo do futebol

A história do futebol brasileiro ganha impulso e começa a pavimentar a sua era dourada a partir da construção do estádio. De cara temos, evidentemente, a fatídica Copa do Mundo de 1950.

Maracanã ainda sem acabamento, na abertura da Copa do Mundo, contra o México.
Maracanã ainda sem acabamento, na abertura da Copa do Mundo, contra o México. FOTO: Acervo Herculno Gomes/SUDERJ/VEJA

O Maraca abrigou oito jogos da competição e a primeira partida oficial do estádio ocorreu em 24 de junho, com vitória do Brasil sobre o México por 4×0, com dois gols de Ademir, um de Baltazar e outro de Jair Rosa Pinto. A seleção brasileira disputou no Maracanã cinco partidas, das seis que jogou durante toda a Copa. Na partida final, foi registrado oficialmente o público recorde de 199.854 torcedores presentes (173.850 pagantes), apesar de terem entrado muito mais pessoas de carona. Na famosa decisão, o Brasil foi derrotado de virada por 2 a 1 pelo Uruguai, com o gol de Ghiggia nos minutos finais, decretando uma das maiores frustrações da história do Brasil em copas. A derrota em solo nacional ficou conhecida popularmente como o Maracanazo.

Barbosa falha no Maracanazzo.

O primeiro Campeonato Carioca de Futebol com a presença do Maracanã deu-se após a Copa do Mundo. O campeão do ano anterior e grande equipe da época, o Vasco, venceu o America no último jogo, em 28 de janeiro de 1951 (valendo pelo campeonato de 1950), por 2×1. C chamado “Expresso da Vitória” chegou assim ao nono título estadual. Ainda abalada pela derrota na Copa do Mundo de 1950, a população carioca não compareceu em massa neste primeiro Campeonato Carioca realizado no grande estádio, quando a única partida que ultrapassou 100.000 espectadores foi justamente a partida final.

Em janeiro de 1952, o Fluminense conquistou o seu primeiro Campeonato Carioca no Maracanã, ao vencer o Bangu nos jogos finais. Já o Flamengo sagrou-se o primeiro tricampeão carioca após a construção do Maracanã, ao vencer os campeonatos de 1953, 1954 e 1955.

Em 1951, foi realizada a primeira partida noturna do estádio. Neste mesmo ano, foi realizada a primeira Copa Rio, uma competição que reunia alguns dos principais clubes do planeta. Palmeiras e Juventus de Turim fizeram a final, com o time brasileiro sagrando-se campeão. O dito “mundial” do Palmeiras, que na época foi encarado como uma segunda chance para o futebol brasileiro recuperar seu prestígio internacional.

Time do Palmeiras que ganhou a Copa Rio, em 1951.
Time do Palmeiras que ganhou a Copa Rio, em 1951. FOTO: Gazeta Press

Em 1954, a Seleção Brasileira voltou a jogar no estádio, o que não fazia desde a final de 1950. Venceu o Chile por 1×0 na primeira atuação no Maraca com a camisa amarela, que assumiu o lugar da branca usada em 1950.

Notou que ainda não falamos do Botafogo, né? Pois o primeiro título do Fogão no Maracanã viria apenas em 1957, de quebra com a maior goleada em uma final de Campeonato Carioca. Com cinco gols de Paulinho Valentim e outro de Garrincha, o Botafogo de João Saldanha aplicou 6×2 no Fluminense, que descontou com Escurinho e Waldo. Neste mesmo ano o Fluminense foi campeão invicto do Torneio Rio-São Paulo, quebrando a hegemonia paulista nesta competição. Isso só demonstra a dimensão dessa vitória alvinegra.

Garrincha deixa Helio, goleiro do Vasco, caído em 57. FOTO: Agência O Globo

Além dos quatro grandes do Rio, quem também era forte nessa época era o América, que foi campeão em 1960 batendo o Fluminense por 2×1.

O Maracanã foi palco também para grandes decisões do Santos de Pelé, onde o Rei e os demais craques desfilaram sua classe. Os santistas maltratavam os times locais e conquistava grandes títulos, como a final da Taça Brasil de 62, nos históricos confrontos contra o excepcional Botafogo de Garrincha. Os confrontos com o alvinegro se repetiram também na Libertadores. E claro, o Maraca seria palco dos Mundiais Interclubes de 1962 e 1963, quando o santos bateria o Benfica e Milan.

Santos de Pelé celebra vitória sobre o Milan.
Santos de Pelé celebra vitória sobre o Milan. FOTO: Agência O Globo

As décadas seguintes marcaram a era de ouro do futebol brasileiro com os grandes duelos nacionais pouco a pouco tomando os espaços dos confrontos estaduais, embora esses ainda tivessem seu valor. Já falamos dessa transição aqui, com o vídeo do canal Que História! sobre os estaduais.

O Mário Filho abrigou a decisão do primeiro Campeonato Brasileiro organizado pela CBD – precursora da CBF – com a vitória do Atlético-MG sobre o Botafogo. Viu a Máquina Tricolor de Rivellino, que foi semifinalista do brasileiro em 76, testemunhando a chamada “Invasão Corinthiana”.

Na década de 80 foi palco da afirmação do Flamengo como força nacional, a partir do esquadrão de Júnior, Adílio, Andrade e Zico – que por acaso se tornaria o maior artilheiro do estádio. Foram quatro títulos brasileiros (contabilizando a Copa União) e o tricampeonato carioca. Era uma grande fase do futebol do Rio, com o título brasileiro de 84 do Flu, o Vasco de Dinamite que também foi tri carioca e ainda foi campeão brasileiro de 89 (já sem seu goleador). E claro, ainda viu a última grande fase do Bangu, embora o clube de Moça Bonita tenha ficado só com o vice brasileiro em 85, perdendo para o Coritiba.

Festa da torcida do Flamengo no Maracanã.
Festa da torcida do Flamengo no Maracanã. FOTO: acervo

Nos anos 90 o Maracanã foi palco do fechamento da “Era Júnior” no Flamengo, com o título brasileiro de 92. Viu o título brasileiro do Botafogo em 95 e mais uma era de ouro do Vasco, campeão brasileiro e da Libertadores. E inúmeros jogadores atenderam ou ligaram daquele telefone público que tinha atrás do gol…

O estádio teria sua primeira grande reforma (que reduziria a capacidade para pouco mais de 100 mil pessoas), visando o primeiro Mundial de Clubes organizado pela Fifa, que seria sediado no estádio e conquistado pelo Corinthians. Essa aventura maluca num verão carioca já foi contada aqui no blog.

Nestas duas últimas décadas os títulos do futebol carioca minguaram e o Maracanã também. Foram tantas reformas que ele não é mais o mesmo, assim como o próprio futebol jogado nele. Destaque apenas para o bi brasileiro do Flu e as conquistas do Flamengo de 2009 e do time supercampeão de Jorge Jesus de 2019.

Maracanã como ícone cultural

Mais que um templo do futebol brasileiro o Maracanã faz parte da identidade do Rio de Janeiro e dos cariocas. Desde a sua construção o estádio se misturou a vida do povo do Rio. O entorno do estádio sempre foi repleto de bares que servem como ponto de encontro para amigos antes de shows e jogos ou apenas um bom passeio na região.

O estádio, palco de tantas páginas épicas no futebol também é parte da cultura brasileira sendo cantado em músicas como o samba “O Campeão”, de Neguinho da Beija Flor ou inúmeras músicas de Jorge Ben que tratam do Flamengo e do futebol. Não vão faltar canções que cantem o Maraca.

Suas arquibancadas moldaram o ambiente de estádios Brasil afora, sobretudo representando o povo e sua diversidade cultural por meio da famosa geral do Maraca que, pelo processo de elitização do estádio na recente copa de 2014, deixou de existir. O geraldino passou a ser a representação do povo brasileiro em sua relação de paixão com o futebol.

Geral do antigo Maracanã.
Geral do antigo Maracanã. FOTO: arquivo

Além disso o Maracanã ainda foi palco para outras manifestações culturais como grandes shows, dentre eles o detentor do seu recorde de público considerando apenas eventos fora o futebol, que foi o show do Kiss. Em 1983, 250 mil pessoas estavam presentes para ver os roqueiros de caras pintadas. Ainda marcaram o estádio o festival Rock in Rio 2, em 1991, e os icônicos shows de Frank Sinatra (1980), Tina Turner¹ (1988), Paul McCartney² (1990) e Madonna³ (1993).

Isso sem falar nas missas campais do Papa João Paulo II, em 1980 e 1997. Aliás, o “João de Deus” seria cantado inúmeras vezes pela torcida tricolor nas arquibancadas do estádio.

João Paulo II no Maracanã, em 1980.
João Paulo II no Maracanã, em 1980. FOTO: Arquivo

O Maracanã é ponto turístico mundialmente reconhecido e de interesse para visitantes estrangeiros e brasileiros, sendo obrigatório para quem visita a capital fluminense. Inclusive era tombado como patrimônio cultural do Rio, o que causou problemas para a mais recente grande reforma do estádio.

¹ Registrado no Guinness Book of Records como recorde mundial de maior público pagante de um artista até hoje. Mais de 188 mil pessoas lotaram o estádio para o show, o qual foi transmitido ao vivo para todo o mundo;
² Registrado no livro Guinness Book of Records como recorde mundial de público de show de cantor solo, estima-se que tenham comparecido no show aproximadamente 180 mil pessoas;
³ Público de 120 mil pessoas.

A morte do velho Maracanã

Falando da reforma para a Copa do Mundo de 2014 chegamos aos dias atuais e voltamos ao ponto sensível citado anteriormente: a descaracterização do estádio. Há quem diga que o velho Maraca morreu devido àquela arena que colocaram no lugar. A alma do estádio se foi com as características do original e o público que fez a história do lendário palco foi alijado da nova e moderna arena, dando lugar a um público elitista e uma torcida fria e sem a graça da que frequentava o velho Maracanã.

Maracanã em obras para a Copa de 2014.
Maracanã em obras para a Copa de 2014. FOTO: Ricardo Moraes/Reuters/VEJA

Ainda que os megaeventos esportivos – Pan de 2007, Copa de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 – tenham sido épicos no lado esportivo da coisa, o que foi feito ao estádio pode ser considerado um assalto a um dos maiores patrimônios brasileiros. O famigerado padrão Fifa, junto das conhecidas ganancia, corrupção e politicagem brasileiras, levaram a uma modificação quase total do Maracanã, a um custo que superou 2,5 vezes o valor orçado no inicio das obras. Orçamento muito mais estourado do que o da sua construção, que rompeu em 53% o valor inicial. E tudo isso pra deixar um estádio com o qual nem todos se identificam e que a grande maioria nem tem acesso.

Na grande Copa que tivemos em 2014 – apesar da aberração de fazer com que a seleção não jogasse no Maracanã – o estádio teve direito a uma grande final entre Argentina e Alemanha. Ainda viu uma final olímpica, com o inédito ouro do futebol brasileiro. Apesar desses momentos históricos, o legado desses eventos para o Maracanã foi de destruição daquele que foi um verdadeiro templo da era de ouro do futebol tupiniquim e de um dos mais fortes representantes da expressão cultural do torcedor brasileiro.

Mesmo assim o Maracanã tem seu lugar eterno nos corações de quem ama o futebol e merece todas as homenagens em mais um aniversário.

 


Curiosidades

  • O maior artilheiro do Maracanã é Zico. Ele marcou 333 gols nas 435 partidas (a maioria delas com a camisa do Flamengo) que disputou no estádio.
  • Zico também foi o jogador que mais marcou gols em uma única partida no Maracanã. Ele fez seis, na goleada de 7×1 do Flamengo sobre o Goytacaz, pelo campeonato carioca de 1979.
  • Já Pelé é o jogador que mais marcou gols no Maracanã com a camisa da seleção brasileira, com 30 gols em 22 partidas.
  • O Maracanã também foi palco do milésimo gol da carreira de Pelé, no Vasco 1×2 Santos, em 19 de novembro de 1969. E também foi onde o Rei do Futebol se despediu da seleção brasileira, no empate em 2×2 com a Iugoslávia, em 18 de julho de 1971.
  • As maiores goleadas da história do Maracanã foram Flamengo 12×2 São Cristóvão, pelo Campeonato Carioca de 1956, e Espanha 10×0 Taiti, pela Copa das Confederações de 2013.
  • O maior público de uma equipe de fora da cidade do Rio de Janeiro foi registrado na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976 entre Fluminense e Corinthians. No episódio que ficou conhecido como a “Invasão corintiana”, entre 50 a 70 mil dos 146.043 pagantes torciam para o Corinthians, que venceu o confronto nos pênaltis.
A loucura do torcedor no Flamengo no velho Maraca.
A loucura do torcedor no Flamengo no velho Maraca. FOTO: arquivo
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