O dia em que Michael Phelps se tornou o maior atleta olímpico da história
Graças a Michael Phelps o quarto dia de competições em Londres jamais será esquecido. O americano entrou para a história dos Jogos Olímpicos e foi o maior nome do dia.
O nadador americano conquistou sua 19 medalha olímpica, o que fez dele o maior ganhador de medalhas da história dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, superando as 18 medalhas da ginasta Larissa Latynina, da antiga União Soviética. O feito de Phelps é maior ainda por 15 das 19 medalhas serem de ouro, sem falar ainda no recorde de maior número de ouros em uma única edição, conquistado com as 8 vitórias de Pequim. Não havia melhor momento para anunciar a aposentadoria.
Ao contrário de Phelps, o Brasil estacionou no quadro de medalhas e passou o terceiro dia seguido em branco. Mas pelo menos vieram boas notícias, como na competição de Vela, Robert Scheidt e Bruno Prada subiram para a vice liderança da classe Star, após vencerem uma regata e chegarem em segundo na outra. Pena que nenhum dos outros brasileiros figura entre os dez primeiros de suas categorias.
No vôlei de praia, mesmo com baixas temperaturas, vitórias das duplas brasileiras. Alison e Emanuel venceram Bellaguarda (brasileiro naturalizado) e Heuscher da Suiça por 2×0, enquanto Maria Elisa e Talita derrotaram Goller e Ludwig, da Alemanha, pelo mesmo placar. Na quadra, o time de Bernardinho venceu a forte Rússia com autoridade, por 3×0, enquanto a Bulgária venceu a Polônia, atual campeã da Liga Mundial, por 3×1.
No judô, disputas de alto nível. O grande favorito ao ouro no meio-médio, o brasileiro Leandro Guilheiro, foi eliminado por Travis Stevens, dos EUA, nas quartas de final e depois, na repescagem, perdeu de novo, para o japonês Takahiro Nakai. O americano seguiu em frente e, após levar uma pancada no supercílio e lutou com o rosto enfaixado. Na semi-final lutando contra o alemão Ole Bischof, para o qual perdeu, quase partiu para a briga. O ouro ficou com o sul-coreano Jae-Bum Kim, com o alemão levando a prata. Os bronzes ficaram com Antoine Valois-Fortier, do Canadá, e Ivan Nifontov, da Rússia. No feminino, a musa Mariana Silva foi eliminada pela chinesa Lili Xu, que depois viria a conquistar a prata. O ouro ficou com Urska Zolnir, da Eslovênia; e os bronzes com Yoshie Ueno, do Japão, e Gevrise Emane, da França.
No basquete, depois de um primeiro quarto ridículo, o Brasil venceu a esforçada seleção da Grã-Bretanha por 67×62. Tiago Splitter foi o cestinha da partida, com 21 pontos. Já o Dream Team dos EUA passeou sobre a Tunísia, com quase o dobro dos pontos: 110×63. A surpresa ficou por conta da França que bateu forte Argentina.
No tênis de mesa, foram realizadas as quartas de finais do individual masculino e quartas e semi-finais individuais femininas. O ouro será disputado por duas chinesas: Ning Ding e Xiaoxia Li. O destaque da rodada do tênis foi a partida entre o francês Jo-Wilfred Tsonga e o canadense Milos Raonic, vencida por Tsonga por 2×1. Além de ter o set mais longo em games disputados (25×23 para o francês no 3º set), o duelo quebrou o recorde de partida mais longa disputada em melhor de três nas Olimpíadas, com 66 games, jogados em 3h57 min. Nas duplas, em outro jogo longo (3h45min), os brasileiros Bruno Soares e Marcelo melo e os tchecos Tomas Berdych e Radek Stepanek foi interrompido no terceiro set, empatado em 18 a 18, por falta de luz natural.
Já na competição de duplas no badminton, um péssimo exemplo. Para evitar um confronto com as favoritas ao ouro Tian Qing e Zhao Yunlei, da China, já na próxima fase, duas duplas se recusaram a ganhar a última partida da fase de grupos. As também chinesas Xiaoli Wang e Yang Yu, assim como as sul-coreanas Kyung Eun Jung e Ha Na Kin, forçaram erros de saque, o que gerou indignação e vaias da torcida, assim como uma intervenção do juiz. Depois disso, a dupla da Coréia do Sul venceu por 2×0 em míseros 23 minutos de partida.
No tiro com arco, foram realizadas eliminatórias no individual masculino e feminino. O brasileiro Daniel Xavier deu foi eliminado pelo polonês Rafal Dobrowski por 7 sets a 3. No boxe, as lutas foram pelas eliminatórias das categorias até 64kg e até 49kg. No remo foram realizadas as rodadas semi-finais de várias categorias.
No hóquei de grama feminino a grande surpresa do dia foi a derrota das “Leonas” da Argentina por 1×0 para os EUA.
Saíram as primeiras medalhas da canoagem, na prova de canoa, na categoria slalom individual. O ouro ficou com o francês Tony Estanguet, a prata com o alemão Sideris Tasiadis e o bronze com o eslovaco Michal Martikan.
Nos saltos ornamentais, plataforma de 10m sincronizada feminina, assim como no masculino, o ouro ficou com a China. A prata foi para a dupla mexicana e o bronze para as canadenses. No handebol o destaque foi o jogaço entre Dinamarca e Espanha, vencido pelos dinamarqueses por 24×23.
Na final por equipes femininas da ginástica, os EUA voltaram a conquistar o ouro, derrotando a favorita Rússia, que cometeu falhas nos quatro aparelhos e ficou com 5.066 pontos a menos que as americanas. O bronze foi da Romênia.
No tiro esportivo, modalidade skeet, ouro para Vincent Hancock dos EUA, prata para Anders Golding, da Dinamarca, e bronze para Nasser Al-Attiya, do Qatar.
No levantamento de peso feminino, categoria até 63kg, a vitória ficou com Maryia Maneza, do Cazaquistão. A prata ficou Svetlana Tsarukaeva, da Rússia, e o bronze com Christine Girard, do Canadá. No masculino, categoria até 69kg, o chinês Qingfeng Lin foi ouro, seguido do indonésio Tryiatino e do romeno Rezvan Constantin Martin.
No futebol, a seleção brasileira feminina, vacilou contra a Grã-Bretanha e perdeu por 1xo, com um gol sofrido logo com 1 minuto de partida. O resultado deixou o Brasil em segundo lugar do Grupo E, o que leva a seleção a enfrentar as japonesas, atuais campeãs mundiais, já nas quartas-de-final.
O Hipismo entregou suas primeiras medalhas e teve festa da família real. Zara Phillips, neta da Rainha Elizabeth II, fez parte da equipe britânica que levou a prata no concurso completo de equitação (CCE). O ouro ficou com a Alemanha e o bronze com a Nova Zelândia, do cavaleiro Mark Todd, que conquistou sua sexta medalha na prova em Olimpíadas. Na final individual da modalidade, ouro para o alemão Michael Jung, prata para a sueca Sara Algotsson Ostholt, e bronze para a alemã Sandra Auffarth.
No pólo aquático, derrota húngara para Montenegro e um bom jogo entre Croácia e Espanha.
Na natação, como já foi dito, o dia foi do americano MIchael Phelps. Nos 200m borboleta, ele conquistou a prata, perdendo para o sul-africano Chad Le Clos. O bronze ficou com o Takeshi Matsuda, do Japão. A medalha que garantiria o recorde de Phelps viria mais tarde, no revezamento 4x200m masculino, com a equipe americana que levou o ouro, deixando pra trás França, com a prata, e China, com o bronze.
Nas finais femininas, Alisson Schmitt levou ouro e garantiu o recorde olímpico nos 200m livres. A prata ficou com Camille Muffat, da França, e o bronze com Bront Barratt, da Austrália. Nos 200m medley feminino, o fenômeno chinês Shiwen Ye, de 16 anos, levou o ouro e o recorde olímpico. A prata ficou com a australiana Alicia Coutts e o bronze com Caitlin Leverenz, dos EUA. O desempenho de Ye é tão impressionante, que um dos técnicos americanos chegou a acusá-la de dopping, pois em alguns momentos, a chinesa conseguiu nadar os 50m num tempo inferior ao do masculino.
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