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O Brasil se tornou importador de craques?

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Será uma nova tendência? Com a economia aquecida e com sua imagem em evidência no mundo todo, o Brasil colhe os frutos de um momento único na sua história. Além de viver um período de estabilidade econômica e até de relativo crescimento (sem entrar em questões mais sérias e profundas como a má distribuição de renda, corrupção e sonegação fiscal) o Brasil aproveita a visibilidade trazida por eventos internacionais como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos para tentar consolidar-se como uma potência esportiva. Para tal precisa de competições internas fortes. Com o Brasileirão não é diferente.

Somando esses fatores e ressalvando que as últimas edições do Campeonato Brasileiro de futebol tiveram bom nível técnico e equilíbrio, não é de se espantar que aos poucos grandes estrelas internacionais estejam fazendo as malas para vir jogar em terras tupiniquins.

O começo foi com a repatriação de grandes nomes do futebol brasileiro. Em meio ao êxodo de jogadores nos anos 90, Taffarel e Romário foram exceções. Taffarel foi contratado pelo Atlético-MG em 1995, junto ao Parma da Itália, um ano após conquistar o tetra. O baixinho, o caso mais emblemático, veio para o Flamengo em 1995, trazido a peso de ouro do Barcelona um ano após ser eleito o melhor do mundo, algo impensável nos dias de hoje. Fora isso, o que se viu foi uma debandada de jogadores, principalmente para a Europa. Competir com os altos salários do exterior não era possível, por isso, os jogadores que voltavam na sua maioria estavam em fim de carreira ou se deparavam com a má fase no exterior. Nessa onda, voltaram jogadores de peso, como Raí, Evair, Amoroso, Rivaldo, Zé Roberto, Roberto Carlos voltaram ao Brasil e ainda conseguiram jogar em alto nível.

Outros voltaram ao Brasil para recomeçar a carreira em crise, como foi o caso de Adriano. O Imperador, que tentou no São Paulo em 2008, conseguiu recuperar a boa forma no Flamengo em 2009, onde foi campeão brasileiro. Infelizmente não conseguiu se manter. Mais recentemente Ronaldinho Gaúcho seguiu o mesmo caminho e voltou ao Brasil tentando voltar a ser o craque de outros tempos. Teve bons momentos no Flamengo e, agora no Atlético-MG, tenta esquecer as confusões extra campo e mostrar que pode ser tão importante dentro de campo quanto é para a imagem do clube.

O ano de 2012, consolidou o Brasil como um exportador de craques, com as duas primeiras grandes contrações de jogadores estrangeiros de peso, como o uruguaio Forlán, reforço do Inter, e o holandês Seedorf, contratação do Botafogo. Apesar de serem dois jogadores veteranos, a representatividade dessas contrações supera e muito a do argentino Tevez pelo Corinthians em 2005. Mesmo tendo muito sucesso no Brasil, Tevez veio no início da carreira e fez do Timão uma ponte para o futebol europeu. Seedorf e Fórlan fazem o contrário, na mesma lógica dos jogadores repatriados. Talvez seja o começo de um novo momento no futebol nacional.

Tais contratações podem até render ótimos resultados em campo ou serem grandes fracassos. No fundo, são mesmo grande jogadas de marketing, trazendo lucros para os times através da imagem doa atletas e aumentado a visibilidade de suas marcas. Nesse ponto, nenhuma foi tão bem feita como a do Corinthians, que contratou Ronaldo Fenômeno que, além de títulos, conquistou uma independência financeira invejável para o clube, por meio de patrocínios, parceiros comerciais e ações de marketing que encheram os cofres do clube paulista. O modelo funcionou tão bem, que até hoje o time colhe seus frutos.

Enfim, se o Brasil realmente se tornar um importador de craques . Seja como jogada de marketing ou como reforço para resolver os problemas dentro de campo, a verdade é que para quem torce, ver de perto jogadores de alto nível que antes eram vistos apenas na TV, é uma satisfação enorme. O futebol brasileiro agradece.

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1 Comment

  1. 15/07/2012 at 2:38 — Responder

    Ter jogadores deste nível na liga nacional, independentemente de como eles se apresentarem, é extraordinário. Logo depois de o Cruzeiro perder a final da Libertadores para o Estudiantes em 2009, no domingo seguinte eu fui no Mineirão para assistir o Cruzeiro perder de 2×1 para o Corinthians, eu tava em Jabó e enfrentei um monte de problemas para cegar no estádio, tudo para ver Ronaldo Nazário jogar. Ele acabou com o jogo, eu já tava morrendo pq o Cruzeiro tinha perdido na quarta, mas eu adorei ter visto o caa jogar. Agora não perco Cruzeiro x Inter nem Cruzeiro x BotaFogo nem que me amarrem!

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