MUNDIAL SUB-17: UM CELEIRO DE REVELAÇÕES OU DE GERAÇÕES QUE NÃO VÃO PARA A FRENTE
Começou o Mundial Sub-17 no Chile e com ele mais uma esperança de que surjam grandes nomes do futebol. Afinal de contas, esperanças não faltam.
Contaremos com o filho de Zidane, Luca, no gol da França. Isso mesmo, o filho do maior jogador francês da história estará fechando o gol dos Blues no mundial. Teremos o “Messi Coreano”, Lee Seung Woo, que já é destaque no time B do Barça, onde foi o pivô da severa punição sofrida pelos catalães por transações irregulares de jogadores. Ainda se destacam Passlack, volante da Alemanha, o nigeriano Knwakali, o paraguaio Sergio Diaz e o inglês Dany Collinge. Todos são nomes importantes nas categorias de base de clubes europeus.
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Mas isso quer dizer que farão sucesso? Talvez no mundial sim, mas nem sempre na carreira. O Mundial Sub-17 já teve em suas semifinais Omã, Burkina Faso, Guiné, Qatar, Escócia e até títulos de Arábia Saudita e Suíça. Isso não garantiu grandes esquadrões a nenhuma dessas seleções. Por isso temos que ir com calma.
Redondo foi o grande craque que surgiu no mundial de 85 e a Argentina sequer chegou as semifinais. Mesma situação dos italianos Del Piero, em 91, Totti e Buffon, em 93. Em 89, Figo estava no time português que terminou em terceiro, assim como os argentinos Verón, em 91, e Cambiasso, em 95. O Brasil tinha Neymar em 2007 e nem por isso o time escapou do fracasso. Ter um futuro craque no elenco não garante sucesso nessas competições de base.
Ao meu ver, o importante e pensar a longo prazo. A Espanha que perdeu o mundial de 2003 para o Brasil tinha Xavi, Fábregas e David Silva no elenco, sendo que em mundiais anteriores já contavam com Casillas (97) e Torres (2001). A Alemanha revelou Tony Kroos em 2007 e Mario Gotze em 2009. A sequência do trabalho com esses valores rendeu títulos da Copa do Mundo a essas seleções.
Nós mesmos já soubemos aproveitar bem essa competição para revelar jogadores que dariam muito certo no futuro. Haja vista o título até então inédito de 97, com Ronaldinho no comando, quando o jovem ainda nem era o Gaúcho. Para esta edição o nome mais conhecido é o do atacante do Botafogo, Luis Henrique, que já atua entre os profissionais do time na série B do Brasileirão.
Enfim, a competição deste ano no Chile promete ser boa, mas nada pode ser mais importante que formar novas gerações. Nada. Se pensarmos só em títulos, derrotas como a sofrida pelo Brasil na estreia, para a Coreia do Sul podem desanimar bastante.
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