Home»Fórmula 1»GP DA BÉLGICA 92: SENNA HERÓI E A PRIMEIRA VITÓRIA DE SCHUMI

GP DA BÉLGICA 92: SENNA HERÓI E A PRIMEIRA VITÓRIA DE SCHUMI

5
Shares
Pinterest WhatsApp

f1

Grandes pilotos costumam ser forjados a base de vitórias, títulos e corridas espetaculares. Mas episódios paralelos também costumam mostrar a grandeza dos mesmos. No artigo de hoje falaremos de dois dos maiores pilotos da história da Fórmula 1 que fizeram história de modos diferentes no mesmo final de semana na Fórmula 1.

Senna e Schumacher durante a temporada de 1992 da Fórmula 1. Provavelmente seria a nova grande rivalidade na Fórmula 1 caso Senna não tivesse morrido em Ímola em 1994. FOTO: globoesporte.com
Senna e Schumacher durante a temporada de 1992 da Fórmula 1. Provavelmente seria a nova grande rivalidade na Fórmula 1 caso Senna não tivesse morrido em Ímola em 1994. FOTO: globoesporte.com

Era o final de semana do GP da Bélgica de 1992. Após várias “batidas na trave” em temporadas anteriores, Mansell, finalmente conseguira ser campeão na Fórmula 1, uma corrida antes, na Hungria. Na Bélgica a expectativa era de mais uma boa corrida naquela temporada e a primeira história deste post ocorreu ainda nos treinos livres da sexta-feira.

A sessão de treinos livres transcorria normalmente até que o francês da Ligier Érik Comas bateu violentamente no guard rail na zona de Blanchimont do circuito de Spa-Francorchamps. Senna, ao ver o acidente, parou o seu carro e foi socorrer o piloto francês. A ajuda de Senna foi decisiva, pois Comas estava desmaiado, só que seu pé continuou a acelerar o carro. Caso Senna não tivesse parado o carro do piloto francês e desligado seu motor, ele explodiria, proinício a um incêndio que, com certeza, mataria Comas.

No vídeo a seguir pode-se ver imagens do acidente em questão e um depoimento do próprio Érik Comas, que relata tudo o que aconteceu neste episódio e outras coisas mais.

https://youtu.be/PKmdtICiIwg

“Na qualificação propriamente dita, o Williams-Renault de Nigel Mansell foi o melhor, seguido pelo McLaren-Honda de Ayrton Senna, enquanto que na segunda fila estavam o Benetton de Michael Schumacher e o segundo Williams de Riccardo Patrese. Jean Alesi era o quinto, no seu Ferrari, na frente do segundo McLaren-Honda de Gerhard Berger. Thierry Boutsen era o sétimo, no único Ligier que acabou por participar no fim de semana belga, seguido do Lotus de Mika Hakkinen. A fechar o “top ten” ficou o segundo Benetton de Martin Brundle e o segundo Lotus de Johnny Herbert.

A corrida começou com ameaça de chuva, mas na partida, o piso estava seco. Senna a partir melhor do que Mansell, enquanto que atrás, Berger partia a embreagem e acabava a corrida nas primeiras centenas de metros. O britânico da Williams deixa Senna liderar por volta e meia, antes de o passar na Blanchimont. Contudo, pouco depois, a chuva cai e o piso fica progressivamente molhado, fazendo com que os pilotos trocassem os pneus para chuva. Com isso, Patrese – que tinha passado Senna – ficou com o comando.

Pouco depois, foi a vez de Patrese, com Senna a ficar com o comando. O brasileiro pensava que a chuva iria passar em breve, mas tal não aconteceu. Assim, também teve de ir às boxes, perdendo posições. O comando voltou para Mansell, com Patrese e Schumacher logo a seguir. As coisas ficaram assim até à 30ª volta, altura em que a pista começou a secar. 

Nessa altura, Schumacher sofre um pequeno despiste na zona de Stavelot e decide ir imediatamente para os boxes, colocando pneus para seco. A aposta tinha sido bem sucedida, pois a partir dali, o alemão passou a ganhar tempo em relação aos Williams, que não reagiram de imediato. Quando o fizeram a troca, o alemão passa para a frente da corrida. Mansell carrega para tentar apanhar o alemão, mas tem problemas com o escape do seu carro e abranda o ritmo. Patrese tenta apanhá-los, mas o seu carro também sofre alguns problemas e o máximo que faz é apanhar Martin Brundle para o terceiro posto.

No final, Michael Schumacher, aos 23 anos e um ano depois da sua estreia na Formula 1, naquele mesmo local, conseguia a sua primeira vitória na categoria, com Nigel Mansell e Riccardo Patrese a ladearem-no no pódio. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Benetton de Martin Brundle, o McLaren de Ayrton Senna e o Lotus de Mika Hakkinen.”

(texto retirado do blog Continental Circus)

Schumacher comemora a primeira das suas 91 vitórias durante toda a sua carreira na Fórmula 1. FOTO: f1pulse.com
Schumacher comemora a primeira das suas 91 vitórias durante toda a sua carreira na Fórmula 1. FOTO: f1pulse.com

Mal sabiam aqueles que presenciaram tal episódio que o jovem piloto alemão se tornaria, depois de alguns anos, detentor de vários recordes, entre eles, o de maior vencedor de títulos na principal categoria do automobilismo, com sete taças conquistadas. O vídeo a seguir mostra como foram as voltas finais e o pódio daquela corrida.

https://youtu.be/nwuNx69XTyk

Fim das férias de verão! Recomeça a temporada de 2015 da Fórmula 1. Em Spa o domínio das Mercedes será mantido ou Vettel novamente vai entrar na disputa pela vitória? Ou será         que surgirá outro candidato? Em Spa, tudo é possível.

O circuito da corrida

O Grande Prêmio da Bélgica é um dos mais tradicionais da Fórmula 1. Está no calendário da categoria desde seu início em 1950 e, de lá pra cá, somente em seis ocasiões não integrou o calendário da categoria.

De 1950 a 1970 a corrida era realizada no antigo Spa-Francorchamps, com 14 km de extensão. Em 1972 e 1974 a corrida foi realizada em Nivelles. Em 1973, 1975 a 1982 e 1984 a corrida foi realizada em Zolder. E em 1983 e de 1985 em diante a corrida foi realizada no novo circuito de Spa-Francorchamps.

Vista aérea do Circuito Spa-Francorchamps onde se realiza o GP da Bélgica desde 1950. FOTO: Womotor
Vista aérea do Circuito Spa-Francorchamps onde se realiza o GP da Bélgica desde 1950. FOTO: Womotor

O lendário novo circuito de Spa-Francorchamps localizado nos arredores das cidades de Spa, Stavelot e Malmedy, é o maior circuito em extensão da atual Fórmula 1. Seus 7004 metros são compostos por extensas retas e curvas lendárias, como a travada La Source situada logo após a reta dos boxes e a insuperável Eau Rouge que é feita de “pé cravado” a quase 300 km/h.

Eau Rouge: A curva mais rápida e mais lembrada da Fórmula 1. FOTO: Wikipedia
Eau Rouge: A curva mais rápida e mais lembrada da Fórmula 1. FOTO: Wikipedia

Em situações normais, os pilotos deverão fazer este traçado por 44 vezes para que se conheça o vencedor da etapa belga da Fórmula 1. A corrida da Bélgica é caracterizada pela alta imprevisibilidade das suas condições climáticas. A floresta ao redor do circuito ajuda ainda mais nisso. Inúmeras vezes os treinos foram realizadas com pista seca e a corrida ocorreu com chuva e vice-versa. Traduzindo: emoção é o que não falta nesta corrida. O traçado do circuito, pode ser visto na figura a seguir.

 

Circuito de Spa-Francorchamps onde se realiza o GP da Bélgica. FOTO: Wikipedia
Circuito de Spa-Francorchamps onde se realiza o GP da Bélgica. FOTO: Wikipedia

Dados históricos

Nas 59 edições realizadas até agora do GP da Bélgica desde 1950, 25 pilotos diferentes venceram e o argentino Juan Manuel Fangio foi o primeiro deles, correndo no antigo circuito de 14 km de Spa-Francorchamps. No novo traçado, o primeiro vencedor foi o francês Alain Prost, em 1983.

Um fato curioso: das 47 corridas realizadas até agora em Spa-Francorchamps, nada menos que 40 delas foram vencidas por campeões mundiais. E duas delas por vice-campeões mundiais. Por isso costuma-se dizer que só “os grandes” vencem em Spa.

O maior vencedor do GP da Bélgica é o alemão Michael Schumacher, com 6 vitórias alcançadas (todas no novo traçado de Spa), seguido pelo brasileiro Ayrton Senna, com 5 vitórias (todas também obtidas no novo traçado de Spa). Por equipes, quem mais venceu até agora foi a Ferrari, com 16 vitórias, seguida pela McLaren com 14 vitórias.

A pole mais rápida foi feita por Mark Webber, pela Red Bull em 2010, com o tempo de 1min 45s 778 (com os carros com motores V8) e a volta mais rápida foi feita por Sebastian Vettel em 2009, também pela Red Bull, com o tempo de 1min 47s 263 (com os carros também com motores V8).

Expectativa para a corrida

Já virou tradição esta parada de quase um mês durante a temporada da Fórmula 1. Ela serve mais é como um período de descanso para pilotos e equipes uma vez que grandes mexidas nos carros são vetadas neste período.

O retorno no mítico circuito belga marca o início da “segunda metade” do campeonato. Restando ainda 9 corridas a serem realizadas, contando ainda que a última terá pontuação dobrada, a única coisa que parece certa é que o título do campeonato de construtores será novamente da Mercedes.

O que se viu até agora é quase uma cópia da temporada passada, com domínio quase total dos carros da Mercedes. Porém, duas diferenças importantes podem ser apontadas: se em 2014 Rosberg liderou boa parte do campeonato e só foi ser ultrapassado definitivamente por Hamilton em Cingapura, desta vez o inglês vem liderando o campeonato de “ponta a ponta”, mas sempre com o alemão por perto. Por falar em alemão, desta vez o principal rival da Mercedes é o alemão Sebastian Vettel que já venceu duas corridas, agora pela Ferrari, (incluindo o “espetacular” último GP da Hungria) nesta temporada.

Entre destaques positivos e negativos, melhor para o estreante Felipe Nasr e pior para a McLaren.

Nasr vem fazendo uma temporada consistente aonde completou 9 das 10 corridas até agora em seu ano de estreia e aproveitou o bom desempenho da Sauber no início do campeonato para conseguir pontos preciosos para o time suíço, e, quase sempre, terminou a frente do seu companheiro de equipe Marcus Ericsson durante esta primeira parte do ano.

Já a McLaren decidiu retomar a outrora parceria vencedora entre ela e a Honda. Porém um carro mal nascido associado ao fraco motor japonês vem deixando o time inglês em posições ao qual não está acostumado. Apesar das melhorias, é só em 2016, que o time inglês deve voltar a ser plenamente competitivo na Fórmula 1.

Felipe Massa e a Williams tinham a expectativa de ser o segundo time no grid nesta temporada. O time inglês planejava estar sempre no pódio e, e, uma situação atípica, beliscar uma ou outra vitória. Porém a Ferrari vem até agora deixando-os para trás nesta disputa. As próximas duas corridas serão em pistas rápidas aonde o carro inglês rende mais. Será que as Williams conseguirão a voltar a vencer após mais de 3 anos sem vitórias? Fé em Deus e “pé na tábua” que a Fórmula 1 está de volta em 2015!

Um pódio diferente marcou a última corrida na Hungria. FOTO: Reuters.
Um pódio diferente marcou a última corrida na Hungria. FOTO: Reuters.

Horários:

Classificação – 22/08/2015 (sábado), 09:00h (09:30 começa a transmissão na TV aberta) (horário de Brasília),

Corrida – 23/08/2015 (domingo), 09:00h (horário de Brasília)

O treino e a corrida serão transmitidos pela Rede Globo. Boa corrida para todos.

Previous post

COM POLÊMICAS E RECLAMAÇÕES, CORINTHIANS CONQUISTA O 1º TURNO DO BRASILEIRÃO

Next post

JOGADAS DA SEMANA | GOLS DOS QUATRO CANTOS DO MUNDO

No Comment

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *