Não é uma imagem repetida do GP da Austrália. São três corridas até agora em 2015 e só subiram no pódio até agora Hamilton, Rosberg e Vettel. Na China, assim como na Austrália esta ordem se repetiu. As Mercedes “espantaram a zebra” e fizeram mais uma dobradinha (Hamilton em 1º e Rosberg em 2º) e Vettel completou o pódio, em terceiro.

Os pilotos brasileiros foram melhor hoje em relação ao último GP. Massa chegou em quinto logo atrás dos dois carros da Mercedes e da Ferrari, logo a frente do companheiro de equipe, Valtteri Bottas. E Nasr fez uma corrida consistente e sem sustos, terminando em 8º lugar, pontuando pela segunda vez na sua primeira temporada na F1.

A próxima etapa da temporada será o GP do Barein, no Circuito de Sakhir, em Sakhir, no dia 19 de abril, ao meio-dia, horário de Brasília.

A corrida

Hamilton alinhou na diagonal, determinado a fechar a porta de Rosberg e segurar a ponta na largada. E assim fez. Vettel se manteve em terceiro, enquanto Raikkonen engoliu as duas Williams e pulou para quarto. Contrariando sua especialidade, Massa não largou bem, sendo superado por Kimi e Bottas. Mas ainda na primeira volta, o brasileiro recuperou a posição do companheiro de equipe e ficou em quinto. Já Nasr subiu para oitavo ao ganhar a posição de Ricciardo, que demorou a partir e despencou para as últimas colocações.

Com dez das 56 voltas completadas, Hamilton administrava uma vantagem de pouco mais de 1s sobre Nico, o suficiente para impedir o parceiro de usar a asa móvel. Os dois abriam gradativamente das Ferrari de Vettel e Kimi que, por sua vez, se distanciavam das Williams de Massa e Bottas. No pelotão intermediário, Maldonado deixava as duas Sauber para trás, empurrando Nasr para nono. Mais atrás, Hulkenberg se tornava o primeiro a abandonar com problemas no câmbio da Force India. Algumas voltas depois foi a vez de Kvyat deixar a prova após ver o motor Renault de sua RBR estourar e provocar um princípio de incêndio rapidamente controlado.

Após a primeira rodada de pit stops, poucas mudanças ocorreram entre os dez primeiros. Hamilton seguiu na liderança, agora com uma vantagem ligeiramente maior sobre Rosberg. Na sequência apareciam Vettel e Raikkonen. Massa e Bottas apostaram em um segundo stint com pneus médios para guardar mais um jogo de macios para o fim, enquanto os quatro primeiros preferiam a tática inversa. Nesse momento da prova, a dupla da Ferrari estava mais veloz que os pilotos da Mercedes, que economizava pneus. Hamilton maneirou tanto no ritmo que fez o time pedir para ele acelerar mais, já que Vettel estava se aproximando perigosamente de Nico. Mais atrás, Maldonado ganhou a posição do parceiro de Lotus, Grosjean, enquanto Nasr e Verstappen fechavam o top 10. Voltas depois, o holandês passou o brasileiro e subiu para nono.

Enquanto Vettel ia para os boxes para o segundo pit stop, após reclamar do desgaste dos pneus, Hamilton apertava o ritmo e passava a anotar as melhores voltas da prova. O britânico manteve a ponta confortavelmente depois de sua segunda parada, com 5s de vantagem sobre Rosberg. Massa seguiu à frente de Bottas. Nasr perdeu uma posição para Pérez, mas ganhou outra de Maldonado e seguiu em décimo. O venezuelano pagou mico ao passar da entrada dos boxes e precisar ser empurrado pelos fiscais.

Como Pérez precisava fazer uma terceira parada para colocar os pneus médios, Nasr voltou à nona colocação. A corrida seguiu sem alterações no pelotão da frente até o fim. Lá atrás, o destaque ficou por conta do duelo de Ricciardo e Ericsson pelo pontinho destinado ao décimo colocado, além da barbeiragem de Button, que tocou em Maldonado ao tentar uma ultrapassagem, provocando o abandono do venezuelano da Lotus. Nasr ainda ganhou mais uma posição na penúltima volta, com a quebra de Verstappen, que vinha se destacando na sétima colocação. Como a STR do holandês ficou parada em plena reta de chegada, o safety car foi acionado e ficou na pista até a última volta. Para piorar, os fiscais se enrolaram na retirada do carro, tirando qualquer chance de a corrida terminar sob bandeira verde.

Alheio a isto Hamilton comemorou sua quarta vitória em terras chinesas se consolidando-se como o maior vencedor da corrida que, em 2007, custou-lhe o título do campeonato de pilotos daquele ano.

Resultado final do GP da China:

1) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) 1h39m42s008

2) Nico Rosberg (ALE/Mercedes)+0s714
3) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) +2s988

4) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) +3s835

5) Felipe Massa (BRA/Williams-Mercedes) +8s544

6) Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes) +9s885
7) Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) +19s008

8) Felipe Nasr (BRA/Sauber-Ferrari) +22s625

9) Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault) +32s117

10) Marcus Ericsson (SUE/Sauber-Ferrari)

11) Sergio Pérez (MEX/Force India-Mercedes) +1 volta

12) Fernando Alonso (ESP/McLaren-Honda) +1 volta
13) Carlos Sainz Jr. (ESP/STR-Renault) +1 volta

14) Jenson Button (ING/McLaren-Honda) +1 volta

15) Will Stevens (ING/Manor Marussia-Ferrari) + 2 voltas

16) Roberto Merhi (ESP/Manor Marussia-Ferrari) + 2 voltas

Abandonaram:

Max Verstappen (HOL/STR-Renault)

Pastor Maldonado (VEN/Lotus-Renault)

Daniil Kvyat (RUS/RBR-Renault)

Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes)
Volta mais rápida: Lewis Hamilton (ING/Mercedes) com 1m42s208, na 31ª volta.

Mundial de Pilotos:

Mundial de Construtores: