FAVORITOS CLASSIFICADOS E BRASIL EM FESTA NO MUNDIAL DE BASQUETE
Os playoffs da Copa do Mundo de Basquete passaram sem absolutamente nenhuma surpresa. Ficou evidente o desequilibrio do sorteio das chaves e também deu para notar que os favoritos não vão dar sopa para o azar.
A Espanha jogou muito burocraticamente, não deu espetáculo, mas garantiu uma vitória tranquila sobre a grande zebra da competição, o Senegal. Com direito a presença do rei na tribuna e uma atuação eficiente dos irmãos Gasol, a “Fúria” venceu por 89×56 e deu fim ao sonho vivido pelos atletas senegaleses. Já o Dream Team atropelou o México e seguiu, ainda sem grandes adversários, para a próxima fase. Na volta da seleção de basquete dos EUA à Barcelona, 22 anos após o ouro de 92, a vitória por 86×63 foi comandada pela dupla do Golden State Warriors Stephen Curry e Klay Thompson.
A próxima vítima do Dream Team será a promissora seleção da Eslovênia, que derrotou a República Dominicana em um duelo equilibrado, por 71×61. Outra seleção europeia a se classificar foi a Turquia. Os atuais vice-campeões deixaram de lado toda a irregularidade dos últimos quatro anos e conquistaram a vaga com muito sufoco. A vitória por 65×64 – com uma cesta de três no último lance – eliminou os australianos, que serão investigados pela FIBA, devido a suspeita de entrega de resultado no último jogo da primeira fase, contra Angola. Os turcos enfrentarão a sempre perigosa Lituânia, que sob comando de Valanciunas (Toronto Raptors), venceu o difícil duelo contra a Nova Zelândia, por 76×71.
A França segue aos trancos e barrancos e, apesar dos desfalques, eliminou a forte Croácia, com uma vitória por 69×95. Com todos os altos e baixos, os franceses vão reeditar a semifinal do Eurobasket contra a Espanha, nas quartas-de-final. A Sérvia eliminou os até invictos gregos com uma vitória convincente por 90×72. A superioridade dos servios comprovaram o que já se evidenciava no sorteio das chaves. Com equipes mais fortes, o grupo A classificou suas quatro seleções nos duelos com as do grupo B. Já nos grupos C e D, nenhuma surpresa: os dois lideres de cada grupo se classificam.
O duelo mais equilibrado e de mais expectativa nas oitavas era mesmo o clássico sul-americano. O Brasil começou mal e foi engolido pelas bolas de três pontos argentinas que, ao fim do primeiro tempo de partida, deram a vantagem aos hermanos. Porém, a arma secreta brasileira veio do banco e, com grande atuação, Raulzinho comandou a virada que terminou com a maiúscula vitória brasileiro por 85×65. Os desfalques argentinos pesaram, mas a grande partida brasileira foi preponderante. Foi o primeiro triunfo da geração comandada por Rubén Magnano (argentino, diga-se de passagem) em partidas eliminatórias contra os hermanos, com direito a revanche pela eliminação na mesma fase no mundial da Turquia, em 2010. Com o resultado o Brasil volta às quartas-de-final da Copa do Mundo depois de 12 anos e mantém vivo o sonho de conquistar uma medalha.
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