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Espetáculo espanhol, título da Euro e o auge da melhor seleção do mundo

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A Espanha completou na tarde deste domingo, dia 1º de julho, um ciclo de 4 anos de dominação do futebol mundial. Quem se lembra que eles caíram na semi-final da Copa das Confederações de 2009? São 4 anos de um futebol envolvente, de constante troca de passes, eficiência na marcação e, principalmente resultados. Talvez essa seja a grande diferença deste time para outras boas gerações que encantaram os espanhóis mas sempre batiam na trave. Pensando bem, não é. A diferença é que este é a melhor seleção de futebol já montada nas últimas duas décadas.

A Fúria entrou em campo para enfrentar a Itália no que seria uma grande decisão entre uma equipe de forte ataque contra outra de esplêndida defesa, com a Itália trazendo uma invencibilidade em confrontos eliminatórios contra os espanhóis que vinha desde 1920. Eram os dois últimos campeões mundiais em campo e uma lista de craques de perder de vista. Mas a Espanha tinha um time, que mais do que qualquer dos nomes individuais, salta aos olhos pelo bom futebol. Parece muita “rasgação de ceda”, mas o futebol que os espanhóis apresentaram na final foi de impressionar. Durante toda a decisão a Espanha não sofreu pressão da Itália em momento nenhum e parecia estar com 20 jogadores em campo, tamanha a facilidade em tocar a bola e em apresentar jogadores livres, em meio a sólida defesa italiana. Os destaques individuais da partida foram Iniesta e Xavi, os dois maestros da equipe, que envolveu a equipe de Balotelli e Pirlo como se jogasse um amistoso qualquer, sendo o sonoro 4×0 muito pouco perto do que poderia ter sido feito.

Desde o início do jogo a Espanha valorizou a posse de bola e não demorou a abrir o placar. Se, aos 9, Fàbregas tentou o primeiro arremate ao gol, pouco depois, aos 14, Iniesta lançou o falso atacante que avançou a linha de fundo e cruzou para David Silva, que abriu o placar.  Para piorar, Chiellini saiu contundido. A Itália passou a atacar, mas teve suas ações ofensivas restritas a bolas alçadas na área e a uma falta mal cobrada por Pirlo (algo raro). A Espanha atacava rápido e com muitos passes, chegando a irritar a torcida ucraniana, que por diversas vezes vaiou a Fúria. Aos 40, Xavi teve tempo de sobra para pensar e achar Jordi Alba entrando como um raio na defesa, para bater na saída de Buffon e ampliar. Já parecia certo que não era dia da Itália.

A coisa parecia pior pelo fato de Casillas parecer invencível na meta espanhola. Desde 2006 sem tomar um gol em mata-matas pela seleção, o goleiro fez bela defesa no chute de Montolivio e garantiu a vantagem da sua seleção até o intervalo. O arqueiro repetiria a dose no começo da segunda etapa, salvando chance clara de Di Natale. As coisas ainda piorariam, quando Tiago Mota, que entrara no intervalo, saiu com uma lesão, deixando a Itália, já com três substituições, com dez jogadores.

Enquanto a Itália se afundava em problemas a Espanha tocava a bola. Chegava até a desperdiçar várias chances por excesso de preciosismo, com uma calma tamanha que chegava a incomodar. Entretanto surtiu efeito. A Itália saiu jogando errado e Xavi lançou Torres, que acabara de entrar e, aos 38,  ele tocou na saída de Buffon para se tornar o primeiro jogador a marcar gols em duas finais de Euro. Quatro minutos depois, em mais uma troca de passes, Fernando Torres ficou livre na área e rolou para seu companheiro de Chelsea Juan Mata, que também tinha entrado a pouco, fechar o caixão italiano. Foi a maior goleada em finais de Euro.

É difícil esperar mais de uma seleção, mas essa em especial mostra que pode sim chegar mais longe. Talvez não agrade a todos e nem consiga jogar tão bem como nessa final novamente, mas sem dúvida já tem seu lugar na história. O melhor é que tudo indica que a Espanha vai continuar fazendo história, quebrando recordes e jogando bonito.

ESPANHA  4X0 ITÁLIA

ESPANHA: Casillas, Arbeloa, Piqué, Sérgio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Xabi Alonso e Xavi; Iniesta (Juan Mata), David Silva (Pedro) e Fàbregas (Fernando Torres). TÉCNICO: Vicente Del Bosque

ITÁLIA: Buffon, Abate, Barzagli, Bonucci e Chiellini (Balzaretti); Pirlo, Marchisio, Montolivo (Thiago Motta) e De Rossi; Cassano (Di Natale) e Balotelli. TÉCNICO: Cesare Prandelli

Gols: David Silva, aos 14, e Jordi Alba, aos 40 do 1º tempo; Fernando Torres, aos 38, e Juan Mata, aos 42, do 2º tempo.

Cartões amarelos: Piqué (Espanha); Barzagali (Itália).

Árbitro: Pedro Proença (Portugal). Auxiliares: Bertino Miranda (POR) e Ricardo Santos (POR).

Local: Estádio Olímpico, em Kiev (Ucrânia).

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