Home»Estádios»E se o Maracanã fosse obra do Niemeyer?

E se o Maracanã fosse obra do Niemeyer?

2
Shares
Pinterest WhatsApp

MARACANÃNIEMEYER

Na quinta, dia 05 de dezembro, completa um ano da morte do maior dos arquitetos brasileiros: Oscar Niemeyer. Como não é nossa praia falar de arquitetura e nem a de Niemeyer praticar esportes, vamos falar de uma curiosa desse distinto senhor. Você sabia que Niemeyer teve um projeto rejeitado no concurso que definiu como seria feito o Maracanã para a Copa do Mundo de 50? É isso mesmo. Vamos contar essa história.

Em 1941 rolou um concurso organizado pelo governo brasileiro para definir o projeto do Maraca, que na época se chamava Estádio Nacional. Foram duas etapas de seleção e, um ano depois, entre os três finalistas tinha um projeto de um tal Oscar Niemeyer.

2668948-2393-rec

Como a decisão foi uma verdadeira bagunça que se entendeu por meses, não houve consenso da comissão julgadora e, por fim, o arrojado projeto do nosso ainda pouco conhecido arquiteto ficou de fora. Somam-se a isso as mudanças de governo e problemas administrativos tipicamente brasileiros. Resultado: anos de atraso e um projeto escolhido às pressas, cujo desenho foi feito pelos arquitetos Miguel Feldman, Waldir Ramos, Oscar Waldetaro, Rafael Galvão, Orlando Azevedo, Antônio Dias Carneiro e Pedro Paulo Bernardes Bastos. O projeto escolhido tinha o mesmo tamanho e localização do projeto de Niemeyer e, apesar de ser usado ainda na Copa de 1950, só foi definitivamente concluído em 1965. Boa Brasil! Só que não.

As dúvidas quanto à possibilidade técnica e principalmente econômica de concretizar a obra, levaram Niemeyer a eliminação. Seria preciso um corte e aterramento com quatro anéis sobre uma ribanceira escavada, no entanto, o terreno argiloso do local não permitia tal execução. O desenho rejeitado de Niemeyer tinha arquibancadas divididas em cinco anéis com uma planta em “C”, inscrita em uma elipse. A cobertura seria um toldo, para a qual foram apresentadas alternativas flexíveis e semiflexíveis, com cabos presos em mastros. Para reduzir o tamanho das rampas de acesso, o projeto propunha rebaixar o campo de jogo em 13 metros. Isso faria com que os acessos fossem mais curtos e a visibilidade melhorasse, barateando a obra. Ou seja, modernidade em plena precariedade dos anos 40 e 50.

Niemeyer_Maracanã-4

A proposta de Niemeyer foi rejeitada, mas hoje, vemos projetos similares em vários cantos do mundo, o que prova que o cara estava realmente a frente do seu tempo. Então é isso. Essa foi nossa curiosidade de hoje. Por pouco nosso palco maior do futebol não teria os traços de Oscar Niemeyer e quem sabe o que não teria aparecido de projeto inovador por esse Brasil afora.

PRO011-FOT-0001-001-G

 

Previous post

GÊNIOS DO ESPORTE | A ÚLTIMA PÁGINA DA ENCICLOPÉDIA

Next post

Drama, desespero e festa: a emocionante última rodada do Brasileirão

No Comment

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *