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A LUTA FEMININA PELA IGUALDADE DE SALÁRIOS NO ESPORTE

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Dentre as diversas conquistas das mulheres brasileiras, está a liberação para competir em esportes, concedida em 1979, quando foi revogada a determinação que não autorizava o sexo feminino a competir em esportes que poderiam “fazer mal ao físico frágil”. Tudo porque o Estado Novo (governo Getúlio Var­­gas entre 1937 e 1945) criou o Decreto 3.199, que vedava a prática para futebol, halterofilismo, beisebol e de lutas de qualquer natureza.

Hoje, mesmo depois de tornarem-se destaques nos esportes, as mulheres buscam ainda a igualdade, agora de salários.

Assim como no mercado de trabalho formal, no esporte, a maioria das mulheres continua ganhando menos que os homens.

Mas a briga, travada há bastante tempo, aos poucos parece estar sendo vencida. No judô e atletismo, ao menos entre as atletas de elite, foi assim.

Fabiana Murer

Segundo Fabiana Murer, recordista brasileira e sul-americana do salto com vara e duas vezes campeã mundial da prova (2010 e 2011), na sua categoria os salários são equiparados.

Também no tatame os salários foram equilibrados recentemente, segundo a judoca Sarah Menezes, primeira mulher a ganhar uma medalha de ouro para o Brasil na modalidade, feito obtido em Londres (2012).

Mas a equiparação de rendimentos das judocas depende dos resultados de cada uma. Parte da seleção feminina ainda batalha para atingir o mesmo patamar.

sarah menezes judoca

Mesmo no vôlei, em que a seleção feminina é a atual bicampeã olímpica, estima-se que o investimento nas equipes seja cerca de 30 vezes menor que dos times masculinos na Superliga.

A natação – na mesma linha – ainda relega as moças ao segundo plano.

“O padrão dos meninos é de medalhistas olímpicos. Ainda não temos esse padrão. Até aí, tudo bem, eles conquistaram isso. Mas, se você parte para a questão da estrutura e suporte dado para que eles chegassem a esse patamar, as diferenças começam a aparecer e aí se entende o porquê dessa disparidade”, fala Joanna Maranhão, que nos Jogos de Atenas (2004), ficou em  5.º lugar nos 400 m medley, igualando o feito de Piedade Coutinho (nos 400 m livre em Berlim-1936).

O ambiente mais hostil é no futebol. Embora com número em ascensão, a única competição nacional é a Copa do Brasil (apesar de contar com 31 times, ainda padece de evolução técnica e investimentos). A seleção feminina é praticamente ignorada pela CBF, mesmo tendo Marta, eleita cinco vezes como melhor jogadora do mundo.

marta-reproducao

Marta já declarou, inclusive, que se fosse homem, ganharia muito mais. Quando defendeu o Santos em 2011, seu salário era de R$ 150 mil, oito vezes menor do que o de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo naquela época.

É. A briga feminina por igualdade de salários, mesmo sendo vencida dia a dia, ainda parece estar longe do seu fim.

(Com informações de Gazeta do Povo)

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