Torres ressurge e Espanha atropela Irlanda
Ele não é mais um “Niño” mas mostrou que ainda pode ser o destaque do ataque espanhol. Fernando Torres foi o protagonista da goleada da Fúria por 4xo sobre a limitada seleção irlandesa em Gdansk, na Polônia. O resultado deu a Espanha a liderança do grupo e fez da Irlanda a primeira eliminada da competição.
O jogo foi totalmente dominado pela Espanha que monopolizou a posse de bola e neutralizou os ataques irlandeses. Com a base montada pela espinha dorsal do Barcelona – Piquet, Busquets, Xavi e Iniesta – a Espanha tocou a bola de forma rápida e envolvente durante toda a partida e criava chances como em uma pelada de fim de semana. Logo aos 4 minutos, Torres recebeu na entrada da área avançou sobre a marcação e fuzilou Given. Como um rolo compressor, a Espanha encurralou e passou por cima da defesa Irlandesa. Logo aos 7, Torres chutou pra fora seu segundo gol. Nem o apoio dos torcedores fanáticos e a correria dos atletas em campo salvaria a Irlanda. A Espanha criava chances por atacado e as perdia, como fizeram Iniesta – por duas vezes -, David Silva, Xavi e Arbeloa, que paravam no bom goleiro Given. O primeiro tempo terminou em 1×0, o que foi um grande lucro para os irlandeses.
No segundo tempo nada mudou, a não ser os gritos de olé da arquibancada, que se intensificaram. Ignorando os esforços defensivos do adversário, logo aos 2, Given impediu o gol de Arbeloa. Um minuto depois, não conseguiu parar David Silva, que pegou o rebote do chute de Iniesta, com um corte limpou três marcadores e colocou no canto do goleiro irlandês. Ficou evidente que a Espanha era demais para o time de verde, mas, mesmo assim, Given seguiu operando milagres e, aos 1o, no puro reflexo parou o chute de Xavi.
Sem nada a perder, a Irlanda ousou ir ao ataque e abriu a porteira para a Fúria. David Silva achou Torres livre entre a zaga e o atacante avançou para bater no canto do goleiro e marcar o terceiro. Aliviado pelos gols, Torres deu lugar a Fábregas. Na única chance irlandesa, Robbie Keane chutou cruzado para boa intervenção de Casillas, esquecido na partida. Mais exigido, Given salvou no chute de Cazorla, mas nada pode fazer na cobrança do escanteio. A bola batida rasteira achou Fábregas, que tirou a marcação e chutou forte e cruzado para fechar o placar.
Foi um 4×0 digno de campeões do mundo, que lembrou a todos o motivo do favoritismo da Fúria e trouxe de volta um goleador que andava atolado em críticas.
ESPANHA 4 X 0 IRLANDA
ESPANHA: Casillas; Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos e Alba; Busquets, Xavi e Xabi Alonso (Javi Martínez); Iniesta (Carzola), David Silva e Fernando Torres (Fábregas). Téc: Vicente del Bosque.
IRLANDA: Given; O’Shea, St Ledger, Dunne e Ward; Duff (MClean), Andrews, Whelan (Green) e McGeady; Robbie Keane e Cox (Walters). Téc: Giovanni Trapattoni.
Gols: Fernando Torres, aos 4 min do 1º tempo; David Silva, aos 3, Fernando Torres, aos 25, e Fábregas, aos 38 do 2º tempo.
Cartões amarelos: Xabi Alonso (ESP); Robbie Keane e Whelan (IRL)
Estádio: Arena Gdansk (Polônia).
Árbitro: Pedro Proença (POR). Auxiliares: Ricardo Santos (POR) e Bertino Miranda (POR).
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