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SUZUKA: LUGAR ONDE SE COMEMORA TÍTULOS

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Desde sua origem, a corrida na “terra do sol nascente” é uma das últimas etapas do mundial de Fórmula 1. Sendo assim, o GP do Japão possui uma característica interessante: das 29 corridas realizadas lá até hoje, em 12 ocasiões um piloto terminou a etapa como campeão da Fórmula 1.

Detalhe do circuito de Suzuka onde, em 11 ocasiões um piloto saiu de lá como campeão na Fórmula 1. FOTO: planetf1.com
Detalhe do circuito de Suzuka onde, em 11 ocasiões um piloto saiu de lá como campeão na Fórmula 1. FOTO: planetf1.com

Destas conquistas, duas merecem atenção especial, pois foram protagonizadas pelos pilotos que, para muitos, protagonizaram a maior rivalidade da história da Fórmula 1: Ayrton Senna e Alain Prost.

Senna havia sido campeão por lá em 1988. Porém, no ano seguinte, quem podia ser campeão nas terras nipônicas era seu companheiro de equipe, Prost. Senna largou em primeiro, mas viu Prost ultrapassá-lo logo no início da corrida, caindo para segundo. Prost abriu uma boa vantagem na primeira metade da corrida. Porém após a volta 25 Senna começou a diminuir a diferença até “colar” em Prost, na volta 40.

Sete voltas depois os pilotos colidiram em um acidente. Prost saiu da corrida. Senna continuou na mesma e após um final de corrida espetacular venceu a mesma. Porém, por interferência do presidente da FIA, Jean-Marie Balestre, Senna foi desclassificado da prova pelo corte da chicane depois de ser empurrado pelos fiscais. Com essa decisão Prost confirmou o título do mundial de pilotos para ele naquele ano. O vídeo a seguir demonstra o acidente em questão.


Desconfiado de que Prost havia influído na decisão relativa à sua desclassificação naquela corrida (fato confirmado mais tarde pelo próprio Balestre), Senna nunca esqueceu tal episódio e não perderia a oportunidade de “dar o troco” no rival quando possível.

E não é que esta oportunidade aconteceu logo no ano seguinte. Agora, por equipes diferentes, Senna e Prost voltaram a protagonizar a disputa pelo título da Fórmula 1 em 1990. E Senna é que poderia ser novamente campeão em Suzuka caso Prost não pontuasse naquela corrida.

Logo na largada Senna conseguiu a sua vingança: largou em primeiro, porém, quando Prost estava para ultrapassá-lo, o brasileiro jogou o seu carro pra cima do carro do francês e ambos foram parar na caixa de brita e abandonaram a corrida. Assim Senna tornou-se bicampeão mundial de pilotos da Fórmula 1. O vídeo a seguir demonstra o acidente em questão.

Em 2014 isto não ocorrerá, pois além de ainda termos 4 corridas para o final do campeonato, a disputa pelo título de pilotos está mais acirrada do que nunca. Com a vitória espetacular de Hamilton e o abandono de Rosberg em Cingapura, o inglês reassumiu a liderança do mundial de pilotos, porém, com somente 3 míseros pontos de vantagem entre eles. Traduzindo: disputa totalmente aberta.

Felipe Massa terminou a última corrida em quinto. Um resultado que pode ser considerado muito bom, pois o carro da Willians não estava bem equilibrado para a pista de rua de Cingapura e o brasileiro fez incríveis 38 voltas com um jogo de pneus macios. Vamos ver o que aguarda o brasileiro no Japão.

O circuito da corrida

Durante anos, o Grande Prêmio do Japão foi a única etapa asiática da Fórmula 1. Tirando-se os anos de 1994 e 1995, onde ocorreu o Grande Prêmio do Pacífico em Aida, também localizado no Japão, somente a partir de 1999, com a inclusão da Malásia, é que a Ásia passou a ter mais etapas do campeonato de Fórmula 1. Apesar de nunca ter possuído um piloto em condições de lutar por um título mundial da categoria, os japoneses são uma das torcidas mais apaixonadas por automobilismo no mundo.

O circuito de Suzuka possui uma particularidade: é o único no qual o traçado da pista se “cruza” (como se fosse um 8). Ou seja, em vários momentos temos os pilotos no mesmo “rumo” da pista, porém, quem está passando “por cima” (se estiver na mesma volta) estará à frente de quem está passando “por baixo’ da pista.

Imagem obtida a partir de uma animação gráfica que mostra o “cruzamento” na pista de Suzuka. FOTO: youtube.com
Imagem obtida a partir de uma animação gráfica que mostra o “cruzamento” na pista de Suzuka. FOTO: youtube.com

Composto por longas retas e 18 curvas (incluindo uma sequência de 5 curvas próximas, após a curva 2),  o traçado possui 5807 metros, que pode ser vistos na figura a seguir. Suzuka é um dos últimos circuitos “a moda antiga”, como são os casos de Spa na Bélgica e Monza na Itália.

Circuito de Suzuka onde se realiza o GP do Japão. FOTO: en.wikipedia.org
Circuito de Suzuka onde se realiza o GP do Japão. FOTO: en.wikipedia.org

A chuva já “deu as caras” algumas vezes na corrida japonesa, sendo que este ano, um tufão pode causar muitos problemas para a corrida desta temporada.

Dados históricos

O GP do Japão ocorreu pela primeira vez em 1976. Em Monte Fuji, circuito localizado em Shizuoka, o americano Mario Andretti venceu naquele ano. Após 1977, o Japão só voltou a receber uma etapa do mundial de Fórmula 1 em 1987, já em Suzuka, vencida por Gerhard Berger. De lá pra cá a corrida japonesa sempre esteve presente no calendário da Fórmula 1 realizada quase sempre em Suzuka (somente em 2007 e 2008 a corrida nipônica foi realizada novamente em Monte Fuji), totalizando assim 29 corridas até agora, com vitórias de 16 pilotos diferentes.

O maior vencedor do GP do Japão (e também em Suzuka) é o alemão Michael Schumacher, com 6 vitórias alcançadas (todas em Suzuka); seguido pelo alemão Sebastian Vettel, com 4 vitórias alcançadas (também todas em Suzuka). Por equipes, quem mais venceu até agora foi a McLaren com, 9 vitórias (7 em Suzuka), seguida pela Ferrari com 7 vitórias (todas em Suzuka).

A pole mais rápida foi feita por Felipe Massa, pela Ferrari, em 2006, com o tempo de 1min 29s 599 (com os carros com motores V8). A volta mais rápida foi feita por Kimi Raikkonen, pela McLaren, em 2005, com o tempo de 1min 31s 540 (com os carros com motores V10).

Expectativa para a corrida

Hamilton voltou a mostrar porque é um dos pilotos mais talentosos da atual geração. Conseguiu de maneira espetacular abrir uma grande vantagem sobre o segundo colocado após a saída do Safety Car mesmo com pneus supermacios (que fazem o carro andar mais rápido por um tempo, porém deterioram mais rápido), parar nos boxes e vencer a corrida. Contando ainda com o abandono de Rosberg, com problemas em seu carro, o inglês reassumiu a liderança do mundial de pilotos. Porém, a ínfima diferença de três pontos não dá a possibilidade de uma respiração mais aliviada para o inglês. Rosberg não está “morto” e tudo parece caminhar para uma decisão somente na última etapa, em Yas Marina (EAU).

Felipe Massa, com um carro que não estava com o melhor acerto, conseguiu pontuar novamente. Com um improvável quinto lugar, após guiar o carro por 38 voltas com um jogo de pneus macios, o brasileiro segue a sua “caçada” a seu companheiro de equipe Valtteri Bottas. Será que o brasileiro conseguirá diminuir ainda mais esta diferença? Só vendo para saber.

Hamilton venceu novamente este ano e, com o abandono de Rosberg, assumiu a liderança no Mundial de Pilotos. FOTO: formula1.com.
Hamilton venceu novamente este ano e, com o abandono de Rosberg, assumiu a liderança no Mundial de Pilotos. FOTO: formula1.com.

Grid de Largada:

Por razões de fuso horário (rsrs) nosso post demorou um pouco a sair e o treino de classificação já rolou. Sendo assim, segue o grid de largada do GP do Japão:

grid

Horários:

Corrida – 05/10/2014 (domingo), 02:35h (horário de Brasília) (o mesmo poderia ser antecipado, por causa de condições climáticas esperadas para o dia.

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