No ano passado a Rússia era uma das últimas etapas do Mundial da Fórmula 1. E foi na etapa russa que a Mercedes conquistou o bicampeonato no Mundial de Construtores e Lewis Hamilton superou Senna em números de vitórias, ficando muito perto do tricampeonato do Mundial de Pilotos que viria a ser confirmado na corrida seguinte, nos Estados Unidos.

Largando em segundo, Hamilton tentou dar o bote em Rosberg na curva 2, chegou a ficar com o bico do carro na frente, mas o alemão se impôs e manteve a ponta.  Raikkonen passou Vettel e Bottas e pulou para terceiro. Mais atrás, Hulkenberg, que largava em sexto, rodou sozinho, e acabou atingido por Ericsson – os dois abandonaram e o safety car precisou ser acionado. Outro que se deu mal foi Max Verstappen, que precisou desviar do acidente, acabou tocando o muro e furando um pneu.

A relargada foi dada na quarta volta. Bottas aproveitou para ultrapassar Raikkonen e retomar a terceira posição. Na sétima volta, Rosberg passou a enfrentar problemas no pedal do acelerador, que começou a travar. Ele espalhou em uma curva e foi ultrapassado por Hamilton, que assumiu a liderança. Na volta seguinte, sem condições de continuar na corrida, o alemão precisou abandonar.

Na 12ª volta, Grosjean perdeu o controle sozinho da Lotus e bateu forte na curva 3. Apesar do impacto, o franco-suíço não se machucou. A batida provocou mais uma entrada do safety car e alguns pilotos do pelotão traseiro aproveitaram para antecipar a primeira parada nos boxes.

Em mais uma relargada, Bottas tentou passar Hamilton, mas o britânico fechou a porta e segurou a liderança. Logo atrás, Vettel botou do lado de Raikkonen, mas o finlandês fez jogo duro, passou reto na chicane e se manteve em terceiro. Curvas depois, porém, o alemão tentou novamente, levou a melhor e conseguiu a ultrapassagem. Com ultrapassagens e se aproveitando de abandonos e pit stops, os brasileiros seguiam escalando o pelotão. Após 20 voltas, Nasr era o sexto, e Massa, o sétimo.

Na segunda metade da prova, enquanto Hamilton liderava com folga à frente de Vettel, a grande atração passou a ser a disputa pelo terceiro lugar. Com pneus mais desgastados, Pérez e Ricciardo tinham o desafio de segurar Bottas e Raikkonen até o fim.

Bottas deixou Ricciardo para trás na 45ª volta e partiu à caça de Pérez. A seis voltas do fim, Sainz, com problema no freio dianteiro, rodou, chegou a tocar o mesmo muro onde bateu forte no dia anterior, mas dessa vez de leve, e teve que abandonar. Quatro voltas depois foi a vez de Daniel Ricciardo, que havia sido ultrapassado por Raikkonen pouco antes, deixar a corrida devido a uma quebra de suspensão.

Faltando duas voltas para o fim, a Mercedes informou Hamilton de um “comportamento estranho” na asa traseira e pediu para o britânico não acionar mais o DRS, mesmo para ultrapassar algum possível retardatário. Bottas, enfim colou em Pérez, botou de lado e tomou o terceiro lugar.  Raikkonen foi no embalo, deixou o mexicano para trás e subiu para quarto.

Na última volta, o finlandês da Ferrari tentou dar o bote no compatriota, mas forçou demais e acabou batendo em Bottas, que abandonou. Pérez agradeceu e retomou o lugar no pódio que parecia ter perdido. Kimi ainda cruzou em quinto, atrás de Massa, que beneficiado pelos abandonos na parte final da prova, terminou em quarto.

Hamilton, mesmo com o problema no aerofólio, venceu  com tranquilidade, com 5s de vantagem para Vettel. Nasr completou em sétimo, atrás de Kvyat, e à frente de Maldonado, Button e Alonso, que completaram os dez primeiros na pista. Punições a Raikkonen e Alonso, no entanto, mudaram o resultado final e garantiram o título de construtores a Mercedes.

O vídeo a seguir mostra os momentos finais daquela corrida mais o pódio da mesma.

https://youtu.be/WHEULRiVogI

Em 2016 a Rússia passa a ser uma das primeiras etapas do calendário da Fórmula 1. E os russos poderão assistir ou o início da reação de Hamilton que esteve longe da vitória até agora nesta temporada, ou a consolidação de Nico Rosberg como favorito para a conquista da taça em 2016. Hamilton é mais piloto que Rosberg. Porém o alemão vem em melhor momento com 6 vitórias seguidas, 3 nesta temporada. A expectativa para a corrida é das melhores.

O circuito da corrida

O Grande Prêmio da Rússia foi realizado pela primeira vez no país euro-asiático em 2014. Após muito tentar, o presidente da Rússia Vladimir Putin, conseguiu levar a principal categoria do automobilismo para terras russas.

O circuito de Sochi foi montado atravessando parte das estruturas utilizadas durante os Jogos Olímpicos de Inverno realizados na cidade, em fevereiro de 2014. Desenhado, mais uma vez, pelo alemão Hermann Tilke, se assemelha a demais circuitos mais novos desenhados por ele, por possuir grandes áreas de escape, muitas vezes feitas também de asfalto, que dão mais segurança na pilotagem e possibilita um retorno mais fácil a pista, em caso de escapada dos pilotos.

Seus 5.853 m são compostos por 19 curvas e retas pequenas e médias. Em situações normais, os pilotos deverão fazer este traçado por 53 vezes para que se conheça o vencedor da etapa russa da Fórmula 1.O traçado do circuito, pode ser visto na figura a seguir.

Em 2014 e 2015 a corrida foi realizada com a pista seca. O que deve se repetir em 2016.

Dados históricos

O GP da Russia ocorreu pela primeira vez no ano de 2014. O GP deste ano, se realizará novamente no Circuito de Sochi, na cidade de mesmo nome.

Lewis Hamilton venceu as duas edições anteriores, em ambas pilotando um carro da Mercedes.

A pole mais rápida foi feita Nico Rosberg, da Mercedes, com o tempo de 1min 37s 113, e a volta mais rápida foi feita por Sebastian Vettel, da Ferrari, com o tempo de 1min 40s 071.

Expectativa para a corrida

Com a mudança realizada no calendário para este ano, o GP da Rússia passou a ser uma das primeiras etapas no calendário da Fórmula 1. Mas um fato curioso e, ao mesmo tempo, trágico, se mostra na data de realização da corrida: 1º de maio. A última etapa da Fórmula 1 que ocorreu nesta data foi em 1994. E foi naquele fatídico dia que o eterno ídolo nacional Ayrton Senna perdeu a sua vida ao passar reto na curva Tamburello em Ímola na Itália.

Voltando para 2016, quem precisa “renascer” nesta temporada é Lewis Hamilton. Até agora o inglês está assistindo a um “passeio” de seu companheiro de equipe Nico Rosberg. Se considerarmos desde 2015, já são seis vitórias seguidas do alemão da Mercedes que, se continuar neste ritmo, tem tudo para “roubar” de Hamilton o posto de Campeão Mundial de Pilotos em 2016. Nos treinos, a coisa já começou feia pro inglês. Assim como na China, o britânico da Mercedes saiu da briga ao sofrer uma perda de potência no motor.

Das demais equipes até agora o destaque para a Red Bull. Após “penar” em 2015 com o motor Renault que possuía potência inferior em relação aos seus rivais Mercedes e Ferrari, em 2016 o time austríaco já conseguiu um pódio e está próximo da Ferrari na disputa como segunda força no grid este ano, já que pelo andar da carruagem o título este ano será novamente da Mercedes. Só não sabemos se com Rosberg ou Hamilton.

No treino a Red Bull não foi lá essas coisas e quem surpreendeu nos treinos foi a Williams, com Bottas em terceiro e Massa em sexto, se misturando aos carros da Ferrari.

Os pilotos brasileiros estão limitados ao que podem fornecer os seus respectivos carros. Enquanto Felipe Massa oscilou entre o 5º e o 7º lugar até agora, mostrando que a Williams deste ano deverá ser somente a 3ª ou 4ª força no grid, Felipe Nasr até agora só conseguiu um 15º lugar na temporada, mostrando o quanto o carro da Sauber está ruim para esta temporada.

Horários:

Corrida – 01/05/2016 (domingo), 09:00h (horário de Brasília). Boa corrida para todos.