DESPEDIDA COM OURO NA NATAÇÃO E SUPERAÇÃO NO ATLETISMO
Teve tricampeonato olímpico e decisão acirrada no último dia do remo. O barco feminino do oito com dos Estados Unidos, invicto desde o Mundial de 2006, levou o ouro no Estádio da Lagoa, ficando à frente das britânicas, que levaram a prata, e da Romênia, que ficou com o bronze. No single skiff masculino, a vitória do neozelandês Mahe Drysdale só foi definida no photo finish. Ele e o croata Damir Martin terminaram empatados com o mesmo tempo: 6min41s34. No photo finish, a vitória foi para Drysdale. O bronze ficou com o tcheco Ondrej Synek. Na prova feminina, mais uma vitória da Oceania, com a australiana Kimberley Brennan, que ficou à frente da americana Genevra Stone, e da chinesa Jingli Duan. Na prova que marcou a despedida do remo nos Jogos Rio 2016, o oito com masculino, o ouro foi para a Grã-Bretanha. A Alemanha ganhou a prata com 5min30s96. Os Países Baixos completaram o pódio com o tempo de 5min31s59.
Alemanha e Itália foram as grandes vencedoras do penúltimo dia do tiro esportivo nos Jogos Rio 2016. O alemão Christian Reitz foi o campeão na pistola de tiro rápido 25m, enquanto o italiano Gabriele Rossetti levou o ouro no skeet no Centro Olímpico de Tiro. Reitz superou na final o francês Jean Quiquampoix. O chinês Yuehong Li levou o bronze. No skeet, Marcus Svensson, da Suécia, e Abdullah Alrashidi, que compete como Atleta Olímpico Independente, bateram o recorde Olímpico da prova na fase de classificação, com 123 acertos no prato cada. Mas no fim, o sueco levou a prata após ser superado pelo italiano Gabriele Rossetti. Alrashidi ficou com o bronze.
O Brasil perdeu para a Austrália por 10×3 no pólo aquático feminino, mas ainda assim se classificou para as quartas de final, logo na sua primeira participação olímpica. O problema é que agora o adversário será os EUA, atual campeão olímpico. Os outros confrontos das quartas, são Austrália x Hungria, Itália x China e Rússia x Espanha.
No handebol, a campanha do time masculino segue surpreendendo. O time fez um jogo duro com o Egito, empatou em 27 a 27, e viu o goleiro Mike pegar um tiro de sete metros no último lance do jogo. Provavelmente a seleção fara história e se classificará para as quartas-de-final. O time de vôlei masculino não foi tão bem, perdeu para a Itália por 3×1 e segue apenas em quarto no grupo.
O torneio de basquete teve o seu jogo mais emocionante até agora. Brasil e Argentina – com direito a torcida inflamada dos dois lados – fizeram um jogo decisivo para seu grupo. Terminou empatado, com um cesta argentina de três no último segundo, e precisou de duas prorrogações para ser decidido. Melhor para os hermanos, que garantiram a vitória por 111×107. A situação brasileira ficou muito complicada, principalmente depois da surra que a Espanha aplicou na Lituânia. Agora é torcer.
E a Argentina também fez a festa no tênis. O surpreendente Juan Martin Del Potro superou o favorito Rafael Nadal, classificando-se para a decisão do torneio de simples contra o o atual campeão, o britânico Andy Murray, que derrotou o japonês Kei Nishikori. Entre as mulheres, o pódio de simples está pronto. O bronze ficou com a tcheca Petra Kvitova, que superou a americana Medison Keys. Enquanto todos esperavam o ouro da alemã Angelique Kerber, viram a surpreendente porto-riquenha Monica Puig. Número 34 do mundo, Monica tornou-se a primeira mulher de Porto Rico a conquistar uma medalha Olímpica e apenas a terceira pessoa de seu país a disputar uma medalha de ouro individual. Nas duplas femininas, o bronze ficou com as tchecas Lucie Safarova e Barbora Strycova. Na verdade ia ficar de qualquer jeito, pois as adversárias eram suas compatriotas Andrea Hlavackova e Lucie Hradecka.
A China era favorita na ginástica de trampolim e foi ao pódio em dose dupla. Mas sem ouro. O vencedor foi Uladzislau Hancharou, de Belarus, que conquistou o primeiro ouro de seu país no Rio 2016. Vice-campeão mundial, Hancharou, de 20 anos, superou os favoritos chineses Dong Dong, ouro em Londres 2012, e Lei Gao, atual campeão do mundo, e ganhou o ouro. Dong Dong ficou com a prata e Lei Gao. A vitória tirou a China do topo do pódio pela primeira vez desde Pequim 2008.
O favoritismo no vôlei de praia é brasileiro, mas metade das chances se foram nas oitavas de final. Alison e Bruno garantiram a classificação diante dos espanhóis Herrera e Gavira. Com autoridade, a dupla fez 24/22 e 21/13 nos europeus e assegurou sua vaga nas quartas. Já Pedro Solberg e Evandro não tiveram a mesma sorte. A dupla foi superada de virada pelos russos Barsuk e Liamin por 2 sets a 1 (21/16, 14/21 e 10/15) e deu adeus ao torneio Olímpico em nono lugar.
Conhecido por seu retrospecto positivo no levantamento de peso, o Irã adicionou mais um ouro Olímpico ao seu repertório de medalhas. A conquista veio com Sohrab Moradi, que venceu a disputa na categoria até 94kg no Pavilhão 2 do Riocentro. Moradi, de 27 anos, conquistou o ouro com o somatório de 403kg levantados (182kg no arranco e 221kg no arremesso). A medalha de prata ficou com Vadzim Straltsou, de Belarus, e o bronze com Aurimas Didzbalis, da Lituânia.
No boxe, teve mais medalhas. Na categoria peso-pesado, os eliminado das semifinais garantiram suas medalhas: Rustam Tulaganov, do Uzbequistão, e Erislandy Savon, de Cuba.
No futebol masculino, foram definidas as semifinais do torneio. A Alemanha goleou Portugal por 4×0 e agora enfrenta a seleção da Nigéria, que venceu a Dinamarca por 2×0. O Brasil superou a Colômbia por 2×0 e segue com o sonho do ouro contra a surpreendente Honduras, que eliminou a Coreia do Sul, por 1×0.
Mais um recorde mundial caiu neste sábado no Velódromo Olímpico do Rio. Favorita, a Grã-Bretanha levou o ouro na prova por equipes feminina de perseguição do ciclismo de pista e obteve a melhor marca da história. Formada por Katie Archibald, Elinor Barker, Joanna Rowsell-Shand e pela estrela Laura Trott, primeira mulher do país dona de três ouros Olímpicos, bateu o recorde mundial da prova duas vezes ao longo do dia. A primeira quebra aconteceu na quarta série da primeira fase, quando as britânicas passaram pelo Canadá com o tempo de 4min12s152. Na série final, contra os Estados Unidos, as britânicas baixaram a marca para 4min10s236 e ganharam o ouro, que foi a medalha de número 800 do país nos Jogos Olímpicos. O bronze foi para o Canadá, que superou a Nova Zelândia. No keirin, Elis Ligtlee, da Holanda, foi a campeã. A prata foi para a britânica Rebecca James e o bronze para a australiana Anna Meares, maior medalhista da história do esporte, com seis pódios em quatro edições dos Jogos.
No último dia da natação, o público do Rio presenciou uma despedida histórica. Na prova mais rápida da natação feminina, Simone Manuel – que já havia vencido os 100m livre – era favorita ao ouro nos 50m livre. Mas quem venceu foi a dinamarquesa Pernille Blume, deixando a norte-americana com a prata e Aliaksanddra Herasimenia, de Belarus. A prova teve até duas irmãs australianas: Bronte (campeã mundial) e Cate Campbell. A brasileira Etiene Medeiros foi a oitava colocada.
Como de praxe nos revezamentos na Rio 2016, os EUA levou o ouro nos 4x100m medley feminino, com Kathleen Baker, Lilly King, Dana Vollmer (que tinha quatro ouros Olímpicos de Atenas 2004 a Londres 2012 e mais uma prata e um bronze no Rio 2016) e Simone Manuel (que duas horas antes havia nadado os 50m livre). Elas deixaram para trás Austrália (que virou sobre a China e foi prata) e Dinamarca (bronze por um centésimo, com 3min55s01).
Com febre nas eliminatórias dos 1500m livre, o chinês Sun Yang ficou fora da final e não pode tentar o bicampeonato Olímpico. Assim, o título dessa prova exclusivamente masculina ficou para o italiano Gregorio Paltrinieri, de 21 anos, seguido do norte-americano Connor Jaeger e outro italiano, Gabriele Detti, que foi bronze.
E depois de 16 anos de exibições espetaculares, o mundo da natação se despediu de Michael Phelps. A última medalha do maior nadador de todos os tempos veio com a equipe de revezamento 4x100m medley dos Estados Unidos: Ryan Murphy, Codi Miller, Phelps e Nathan Adrian. A prata foi para a Grã-Bretanha e o bronze da Austrália. O Brasil terminou em 7º lugar.
O segundo dia de provas do atletismo nos Jogos Rio 2016 teve a distribuição de cinco medalhas de ouro, no Estádio Olímpico (Engenhão). A primeira medalha do dia, ainda pela manhã, foi no lançamento do disco, que consagrou o alemão Christoph Harting, que deixou em segundo o polonês Piotr Malachowski. O bronze ficou com o também alemão Daniel Jasinski. A curiosidade no lançamento de disco é que o novo campeão Olímpico é irmão de Robert Harting, que foi medalhista de ouro em Londres 2012 e caiu na fase classificatória no Rio de Janeiro.
E o primeiro grande astro já subiu ao pódio: o britânico Mo Farah, foi bicampeão Olímpico dos 10.000m. A vitória de Farah teve contornos de dramaticidade, pois no meio da prova ele tropeçou e caiu. Porém, conseguiu se recuperar e manteve-se no pelotão de frente. Na reta final, o britânico deu um sprint e deixou o queniano Paul Tanui para trás. Tamirat Tola, da Etiópia, ficou com o bronze.
No salto em distância, o ouro ficou com o americano Jeff Henderson, que saltou 8,38m. Ele venceu a disputa com Luvo Manyonga, da África do Sul, que ganhou a prata. O bronze foi para o até então campeão Olímpico Greg Rutherford, da Grã-Bretanha. No heptatlo, o ouro ficou com a belga Nafissatou Thiam. A prata foi de Jessica Ennis-Hill, da Grã-Bretanha, e o bronze de Brianne Theisen Eaton, do Canadá.
A Jamaica, atualmente o país dos velocistas, confirmou a fama na disputa dos 100m rasos femininos. Elaine Thompson anotou 10,71s e ficou com a medalha de ouro, enquanto sua compatriota Shelly-Ann Fraser-Pryce levou o bronze. A prata foi para a americana Tori Bowie.
Se a primeira aparição de Bolt nas pistas tinha tudo para ser o destaque do dia, uma etíope roubou a cena. Etenesh Diro correu descalça a segunda série dos 3000 m com obstáculos. Ela perdeu uma das sapatilhas após ser tocada por uma das adversárias, acabou em sétimo lugar, e, mesmo com um tempo inferior às classificadas, conseguiu a avançar para a final da competição dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A decisão veio após a revisão da prova pelo árbitro.
Depois de perder a sapatilha direita, a velocista tirou a meia que estava vestindo, jogou fora e decidiu seguir na prova sem um dos pares. O árbitro entendeu que, no meio da confusão que gerou a queda de Diro, ela foi prejudicada e, por isso, conseguiu a classificação para a final. Diro saiu muito abalada, porque tem chances de competir por medalha, mas, sem um dos pares da sapatilha, achou que não teria conseguido a classificação. A atleta cruzou a linha de chegada com dores no pé com o tempo de 9min34s70.
Para encerrar, o quadro de medalhas e arrancada dos EUA na liderança.
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