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E O RAIO BOLT CAIU PELA TERCEIRA VEZ

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E Bolt começou a dar seu show nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Foi dia de ver o jamaicano esbanjar carisma e eficiência no Engenhão. Mas o dia foi muito movimentado antes da prova dos 100m. Na verdade, já começou com uma das provas mais tradicionais do atletismo: a maratona feminina. A corrida começou às 9h30 da manhã no sambódromo, no Centro do Rio. Jemima Sumgong, do Quênia, cruzou a faixa em primeiro, garantindo o ouro. A prata ficou com Eunice Kirwa, queniana naturalizada pelo Bahrein; e o bronze com a terceira Mare Dibaba, da Etiópia.

Enquanto isso, a seleção de handebol feminina do Brasil seguia sua caminhada em busca de pódio. Depois de vencer por 29×23 a seleção de Montenegro – que surpreendentemente não ganhou de ninguém -, as brasileiras enfrentarão a Holanda nas quartas de final. O destaque do jogo foi a atuação espetacular da goleira Babi.

Numa manhã surpreendente da seleção brasileira, quem foi assistir a primeira seletiva do concurso de saltos do hipismo, ficou impressionado com o desempenho dos brasileiros, que terminaram em primeiro ao lado dos alemães. É uma chance real de medalha.

O dia do basquete masculino não teve surpresas, mas o Dream Team chegou passando um inesperado sufoco. Com muitas falhas de marcação, o time tomou um calor da França e, se não fosse a grande atuação de Klay Thompson, a casa poderia ter caído.

E a ginástica brasileira viveu um momento histórico. Logo na primeira decisão do dia, o solo masculino, Diego Hypólito e Arthur Nory conquistaram respectivamente a prata e o bronze, colocando pela primeira vez em Olimpíadas dois brasileiros num pódio. Nory, que ganhou a vaga na final pelo regulamento não permitir que o Japão colocasse seu terceiro ginasta na final, e Diego, que deu a volta por cima depois das quedas em Tóquio e Londres, foram ovacionados na Arena. Muito menos comemorado, o britânico Max Whitlock ficou com o ouro.

Hipólito, Whitlock e Nory no pódio do solo. FOTO: Getty Images/Alex Livesey
Hipólito, Whitlock e Nory no pódio do solo. FOTO: Getty Images/Alex Livesey

Whitlock seguiu eficiente no cavalo com alças, superando seu compatriota Louis Smith e conquistando o ouro. O bronze ficou com o americano Alexander Naddour. Nas barras assimétricas, a russa Aliya Mustafina superou a americana Madison Kocian e a alemã Sophie Scheder, conquistando o ouro. E o grande nome da ginástica feminina, a americana Somine Biles, não saiu sem um ouro. Ela dominou a prova do salto sobre a mesa, deixando a prata para a russa Maria Paseka e o bronze com a suíça Giulia Steingruber.

E na esgrima, rolou um combate entre França e Itália, que além de decidir o torneio de espada por equipes desempataria os países, que conquistaram a prova oito vezes cada. No fim, melhor para os franceses que ficaram com o ouro. O bronze ficou com a Hungria.

Além da esgrima, o tiro também se despediu dos Jogos. O último ouro foi para o italiano Niccolo Campriani, campeão da carabina de ar 10m.  Ele subiu mais uma vez ao topo do pódio, agora na carabina 3 posições 50m. Oitavo colocado na fase de classificação, Campriani fez uma disputa emocionante com o russo Sergey Kamenskiy na série final. O ouro só foi garantido no último tiro. O bronze foi para foi para o francês Alexis Raynaud.

O dia foi de decisão no vôlei de praia. Talita e Larissa estão nas semifinais do torneio de vôlei de praia, depois de muito sufoco. Em uma partida emocionante, elas venceram, de virada, as suíças Nadine Zumkehr e Joan Heidrich por 2 sets a 1, parciais de 21/23, 27/25 e 15/13. Elas enfrentam as alemães Laura Ludwig e Kira Walkenhorst nas semifinais. Com menos sufoco, Agatha e Barbara venceram Ekaterina Birlova e Evgenia Ukolova, da Rússia, por 2 sets a 0, parciais de 23/21 e 21/16.

Só restam quatro seleções no hóquei de grama masculino. Foram definidos os semifinalistas do torneio e a atual bicampeã Olímpica, Alemanha jogará contra a Argentina, enquanto a Bélgica enfrenta a Holanda. A competição acontece no Centro Olímpico de Hóquei, em Deodoro. A Alemanha saiu perdendo de 2×0 para a Nova Zelândia, mas virou para 3×2. Os argentinos venceram por 2×1 os espanhóis. A Bélgica derrotou a Índia, octacampeã Olímpica, por 3 a 1, e a Holanda, venceu a Austrália, líder do ranking mundial, por improváveis 4 a 0.

E o Brasil vai ter uma pedreira nas quartas de final do pólo aquático masculino: vem por aí a Croácia, atual campeã olímpica. Tudo isso porque a seleção perdeu para a Hungria, no último jogo da primeira fase.

A tarde de domingo foi duplamente especial para a. Minutos após conquistar a medalha de prata na prova do trampolim 3m dos saltos ornamentais, a chinesa Zi He, de 25 anos, foi pedida em casamento pelo namorado, o também saltador Kai Qin. A cena ganhou aplausos do público que acompanhava as disputas do esporte no Centro Aquático Maria Lenk. ZI ficou atrás da compatriota Tingmao Shi. O bronze foi para a italiana Tania Cagnotto.

ZI He
Com a medalha de prata no peito, Zi He é pedida em casamento por Kai Qin. FOTO: Getty Images/Clive Rose

No tênis um momento curioso. A Rio 2016 foi a segunda Olimpíada da suiça Martina Hingis, 20 anos depois da primeira – Atlanta 1996. Nas duplas, com a chance de levar o ouro ao lado da compatriota Timea Bacsinszky, acabou perdendo para as russas Ekaterina Makarova e Elena Vesnina por 2 sets a 0, com duplo 6/4. Nas duplas mistas, a americana Venus Williams fez história. Aos 36 anos, apesar da derrota na final das duplas mistas ao lado de Rajeev Ram, Venus ficou com a prata e chegou a quinta medalha em Olimpíadas, sendo quatro de ouro, e tornou-se a mais vencedora atleta da modalidade em Jogos Olímpicos. O revés na quadra central da Rio 2016 veio frente a outra dupla dos Estados Unidos, Bethanie Mattek-Sand/Jack Sock, por 2 sets a 1, parciais de 7/6, 1/6 e 7/10 no super tie-break.

Na chave de simples masculina, O Rafael Nadal lutou muito mas não conseguiu superar o japonês Kei Nishikori, que ficou com o bronze. O ouro foi resolvido numa partida épica de quatro horas, entre o argentino Juan Martin Del Potro e o atual campeão, o britânico Andy Murray. Por 3 sets a 1, Murray se tornou o primeiro tenista bicampeão olímpico. Mas no fim, a torcida argentina que tomou as arquibancadas, fez uma festa incrível para Del Potro, a “Torre de Tandil”, pela sua recuperação incrível na carreira.

Murray, meio sem jeito, muito sem fôlego, comemora o ouro, segundo em sequência nos Jogos Olímpicos. FOTO: Rio 2016/Julian Finney
Murray, meio sem jeito, muito sem fôlego, comemora o ouro, segundo em sequência nos Jogos Olímpicos. FOTO: Rio 2016/Julian Finney

E o britânico Justin Rose foi o grande nome do retorno do golfe aos Jogos Olímpicos. Coube a ele, logo no primeiro dia de competição, o inédito hole-in-one, entrando para a história como o primeiro golfista a realizar o feito em uma Olimpíada. Porém, o roteiro ainda reservava a medalha de ouro olímpica para Rose. A última volta no Campo Olímpico de Golfe reservou uma disputa tacada por tacada com o sueco Henrik Stenson, que levou a prata. O bronze é do americano Matt Kuchar.

Com duas categorias do estilo greco-romano, a luta Olímpica abriu seu calendário de competições nos Jogos Rio 2016. E, no primeiro dia de disputas, foram os hinos de Cuba e da Rússia que tocaram na Arena Carioca 2 com os ouros de Ismael Molina, na categoria até 59kg, e Roman Vlasov, até 75kg. Atual campeão mundial, Molina, de 24 anos, ganhou o ouro ao derrotar o japonês Shinobu Ota na decisão. O uzbeque Elmurat Tasmuradov e o norueguês Stig-Andre Berge ficaram com os bronzes da categoria. Na final da categoria até 75kg, Vlasov levou a melhor sobre o dinamarquês Mark Overgaard Madsen por pontos (5 a 1) e conquistou o bicampeonato Olímpico. Saied Morad Abdvali, do Irã, e Hyeonwoo Kim, da Coreia do Sul, também foram ao pódio com o bronze.

E a China conquistou mais uma medalha de ouro no levantamento de peso. Suping Men venceu a categoria até 75kg feminina, superando Kuk Hyang Kin, da Coreia do Norte, e Sarah Elizabeth Robles, dos EUA.

As semifinais do boxe decidiram algumas medalhas de bronze. No peso ligeiro masculino, o brasileiro Róbson Conceição venceu o cubano Lázaro Álvarez, campeão mundial, e vai fazer a final olímpica da categoria com o francês Soufiane Oumiha. Além do cubano, o boxeador da mongól Otgondalai Dorjnyambuu também levou um bronze.

E foi dia medal race na primeira categorias da vela a terem seu pódio decidido, a RS:X. No feminino, a regata da medalha foi uma das mais disputadas da história da vela e sete das velejadoras classificadas tinham chance de ouro. Com um desempenho impressionante, a francesa Charline Picon conquistou a medalha de ouro na Marina da Glória saindo da sexta posição. A chinesa Peina Chen levou a prata e a russa Stefania Elfutina o bronze. No masculino, Dorian Van Rissjselberghe, da Holanda, ficou com o bicampeonato Olímpico da classe. Ele já chegou à regata da medalha com o ouro garantido, mas venceu a prova, com a prata indo para o britânico Nick Dempsey, e o bronze para o francês Pierre Le Coq.

No vôlei nada de novo. A seleção brasileira seguiu fulminante e dessa vez foi contra as arqui rivais russas. Mais um atropelamento, por 3 sets a 0, fechando a primeira fase sem perder um set sequer. Agora, o confronto será contra as chinesas, nas quartas-de-final.

Seja de onde ele estivesse assistindo, Michael Johnson deve ter ficado feliz com a final dos 400m rasos. Dono do recorde mundial desde 99, o ex-corredor americano deve ter ficado impressionado com o desempenho do sul-africano Wayde Van Niekerk, que cruzou a linha de chegada em 43s03, baixando em 15 centésimos o tempo anterior. Campeão olímpico em Londres, Kirani James, de Granada, ficou com a prata com 43s76, sua melhor marca na temporada. O bronze foi para o americano LaShawn Merritt, campeão olímpico da prova em Pequim 2008, como tempo de 43s85.

Wayde van Niekerk impressionado com seu recorde nos 400m. FOTO: David Gray/REUTERS
Wayde van Niekerk impressionado com seu recorde nos 400m. FOTO: David Gray/REUTERS

Duas vezes campeã mundial, prata em Londres 2012… Faltava o ouro, que agora não falta mais! A colombiana Caterine Ibarguen, com a marca de 15.17m, se tornou campeã Olímpica no salto triplo. A venezuelana Yulimar Rojas ficou com a prata, enquanto o bronze foi para Olga Rypakova, do Cazaquistão.

E a grande atração do dia foi Usain Bolt. O raio fez para o gasto nas seletivas e chegou na final pronto para duelar com o americano Justin Gatlin. E não teve novidade. Usain Bolt é, mais uma vez, o homem mais rápido do mundo! O “raio” conquistou o tricampeonato Olímpico dos 100m rasos com o tempo de 9s81, para delírio da torcida que lotou o Engenhão. O feito inédito foi comemorado com mais uma de suas tradicionais voltas olímpicas festejando com a galera.A prata ficou com o norte-americano e grande rival de Bolt, Justin Gatlin, que sem nenhuma carisma, não parecia muito a vontade em comemorar. O canadense Andre de Grasse ficou com o bronze, que era o que era possível almejar.

Bolt arranca no fim e bate e é o primeiro tri olímpico da história dos 100m. FOTO: Agência Reuters
Bolt arranca no fim e bate e é o primeiro tri olímpico da história dos 100m. FOTO: Agência Reuters

Para encerrar o resumo do dia, segue o quadro de medalhas.

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