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O LUDOPÉDIO E O FUTEBOL NO MEIO ACADÊMICO

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Ludopédio

Substantivo Masculino
01. Futebol
02. Jogo que se joga com os pés

É assim que você encontra a definição desse projeto em seu site. Pareceu um verbete? Te lembrou escola? Pois é isso mesmo. O Ludopédio é o maior portal acadêmico sobre futebol da América Latina. E é com ele que iniciamos nossa série sobre a mídia alternativa, onde falaremos com representantes de diversos projetos que se conectam com essa forma contemporânea de produção de conteúdo que passa longe do que a mídia tradicional propôs ao longo dos anos.

São projetos que precisam muitas vezes de formas colaborativas de financiamento e sustentação, pois propõe uma visão fora do eixo comercial. São projetos que estão em diversas mídias e áreas e que, cada vez mais merecem divulgação e apoio.

Para começar falaremos de um projeto que produz e divulga conteúdo referente a estudos sobre futebol ligados a diversas áreas de conhecimento e que começou com um grupo de pessoas que desafiou uma velha máxima acadêmica de que não havia gente interessada em pesquisar o futebol.

A entrevista abaixo foi concedida pelo Sérgio Giglio, uma das cabeças pensantes que deu início ao Ludopédio e que segue na luta para mantê-lo vivo e cada vez maior e mais relevante.

Sérgio Giglio
O Prof. Sérgio Giglio é editor e um dos idealizadores do Ludopédio.

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1. Quem é o Sérgio e o que é o Ludopédio? Quando ele veio e por que motivo?

Bom, meu nome é Sérgio Settani Giglio, eu sou formado em Educação Física pela Unicamp, fiz mestrado pela Faculdade de Educação Física da Unicamp e doutorado na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, a USP. Hoje, atuo como professor na Faculdade de Educação Física da Unicamp e faço parte do Departamento de Educação Física e Humanidades. Então, isso diz muito sobre quem eu sou do ponto de vista profissional: uma pessoa que passou a estudar o futebol lá na iniciação científica, ainda na graduação em Educação Física, sob a ótica da ciências humanas. E desde então, eu tenho me empenhado em estudar sobre o futebol nessa perspectiva. Isso é um pouco do que eu faço hoje. E o que tem a ver com o Ludopédio tudo isso?

O Ludopédio surgiu em 2009, sendo lançado oficialmente em outubro daquele ano, mas o projeto dele se desenvolveu alguns anos antes. Só para fazer o contexto dessa história, em 2005 eu fiz uma disciplina – quando eu ainda estava no mestrado no Departamento de História da USP – com os professores Flávio de Campos e Hilário Franco Júnior. Naquele momento, era muito comum a gente ouvir por parte da Academia que era muito difícil encontrar pessoas que estavam interessadas em estudar futebol. Se não me engano, havia cerca de 25 ou quase 30 pessoas cursando aquela disciplina da pós numa terça-feira à tarde. Aquele grupo era o verdadeiro choque em relação a esse discurso. Ou seja, a gente tá aí reclamando que não tem muitas pessoas para estabelecer um diálogo desses, como que uma disciplina de terça à tarde tem quase 30 pessoas presentes?

Então, a partir dali, a gente combinou a criação de um grupo via e-mail, que se organizou para fazer encontros presenciais em março de 2006. Esse grupo foi, ao longo do tempo, se configurando como sendo GIEF, Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Futebol. Ele era interdisciplinar porque tinha eu, que era da Educação Física, tinha pessoas da História, da Geografia, da Antropologia, da Comunicação… Era um grupo com diversas frentes para olhar o futebol a partir da ótica das ciências humanas. E aí, o que aconteceu foi que o grupo passou a fazer reuniões semanais, a princípio, depois quinzenais e com o tempo mensais, sempre separando algumas obras para ser debatida coletivamente. Eu considero que essa foi uma parte importante da minha formação, pois aqueles momentos de discussão eram muitos ricos e traziam uma profundidade de olhares dos mais diversos.

Num certo momento, uma das discussões que a gente fazia dentro do GIEF (em 2006 em início de 2007) era a de como a nós retornaríamos para a sociedade aquela oportunidade que a gente tinha de estar numa universidade pública. E que também era uma papel da universidade pública chegar aos que nela não estariam. E foi nesse contexto que surgiu o Ludopédio.

Eu e mais outras três pessoas – o Enrico Spaggiari, da Antropologia; o Marco Antunes, da História; e o Paulo Favero, que era da Geografia e do Jornalismo – topamos montar um site que teria essa função de levar o conhecimento científico e fazer uma divulgação científica do material produzido sobre futebol para além dos muros da academia. Então a gente ficou, eu imagino… Bom, eu não sei te precisar, mas acredito que no final de 2007, a ideia começou a entrar em debate e a gente ficou de 2008 até mais ou menos metade 2009 discutindo muito como seria todo o projeto. Foi um pouco esse o contexto. Então, dez anos depois, a gente considera que o projeto foi bem cumprido dentro do que ele se propôs desde o começo, que era fazer essa divulgação científica.

2. O que é a mídia independente sobre sua ótica? Você acredita que ela é um caminho viável para a produção acadêmica?

Eu considero que ela seja fundamental dentro de um processo democrático. Ela não pode estar presa com certos interesses que muitas vezes estão atrelados ao capital, né. Ela tem por função, investigar e trazer para o debate temas que provavelmente a grande mídia não daria conta ou não está interessada em fazer. Então, é por isso que eu entendo que a mídia independente tem um papel fundamental em toda democracia. Com relação a ser um caminho para essa produção acadêmica, eu considero o Ludopédio nesse cenário, né. Dividir uma mídia independente que articula, sim, com uma universidade e com outras outras mídias independentes. Considero que é um caminho que vai se concretizar nesse mundo que se estabelece cada vez mais no âmbito virtual.

3. Qual o maior desafio de ser independente e trabalhar com produção de conhecimento no Brasil atual?

Acho que o grande desafio da mídia independente é ter recursos para se manter, para manter um trabalho de investigação, de produção, de circulação das informações. Para fazer isso, você precisa ter algum tipo de financiamento, porque é muito é muito caro você produzir dentro da internet. Muitas vezes a gente acha que é barato porque muito site não cobram para usar. Mas você manter uma estrutura com banco de dados, programação, esse material disponível… não tem um custo baixo. Pelo contrário, né. Ainda mais nessa hora em que a gente precisa ter muita segurança e isso acaba encarecendo todo projeto.

Então acho que a mídia independente passa muito por um financiamento coletivo e pessoas que entendem que aquele projeto tem muito potencial, para que ele se mantenha como um projeto independente e possível. Então, como eu falei, o desafio de ser independente passa exatamente pela questão financeira. Aí eu posso falar um pouco em relação ao ludopédio.

O Ludopédio tem crescido nos últimos anos, em número de acessos, visibilidade e também em sua produção. Isso requer mais pessoas colocando a mão na massa, mais pessoas dedicadas ao projeto… E isso só vai ser possível de manter, numa crescente de produção e de qualidade, se o próprio Ludopédio, por exemplo, tiver pessoas dedicadas exclusivamente dentro do projeto. Isso é um passo que a gente tá tentando dar agora e nós lançamos um financiamento coletivo para isso. Porque a gente entende que se tivermos pessoas dedicadas de maneira 100% ali, dentro do projeto, a gente vai ter mais braços e mais força para alcançar outros lugares que a gente ainda não conseguiu. Então, eu entendo que a viabilidade financeira é um passo fundamental para que esses projetos possam se expandir enquanto conteúdos que são produzidos. No nosso caso, estamos muito interessados em produzir podcasts, além da produção de textos que já temos de uma maneira bastante grande. Então esses são os desafios.

4. E sobre modelo de financiamento. Como se manter de forma viável? Quais soluções o Ludopédio encontra?

Bom, o Ludopédio, depois de 10 anos, lançou uma campanha de financiamento coletivo. A gente lançou campanha “Vista a camisa 10”, que tem quatro tipos de planos – R$ 10, R$ 20, R$ 30 e R$99. Todos os planos dão automaticamente um desconto de 10% na loja do Ludopédio e em alguns dos planos listados (R$ 20, R$ 30 e R$99), a pessoa vai receber uma quantidade de livros do Ludopédio, que vai aumentando conforme o valor aumenta, né. Então, foi uma forma que a gente encontrou de conseguir um financiamento recorrente que garanta os gastos mensais que a gente tem com toda estrutura. A gente entende que é uma uma possibilidade viável, né. O financiamento tem crescido agora e desde que foi lançado.

Mas ainda tem muita gente que fica com receio de te ajudar ou dentro de uma lógica de que, mesmo se contribuir com r$ 10 por mês, acha que isso é um compromisso que vai gerar um certo problema financeiro. Mas é isso, né… R$ 10 por mês vai dar muito pouco por dia se você separar aí. Dentro de um mês, então… É um pouco um desafio que a gente tem que enfrentar.

A outra forma de captação de dinheiro e sustentação vinha de projetos externos que a gente fez ao longo desses dez anos e que agora, por conta da pandemia,  se tornaram praticamente inviáveis. Mas a gente acredita que esse modelo, que tá muito casado com a editora do Ludopédio, tem uma grande chance de ser uma forma interessante da gente possuir uma verba mensal para dar conta de todos os desafios que o mundo virtual nos coloca.

5. Formato e rotina: como definir isso? Como é a de vocês?

Bom, com relação a formato e rotina, isso estava na gestão da criação do Ludopédio, né. Qual vai ser a periodicidade? Quais são os setores, as seções do site que a gente vai ter disponível? E a partir do que vamos ter, como que a gente vai alimentar tudo isso, como que ele vai buscar e pesquisar as informações que podem ir para dentro do site? E ter uma periodicidade, né. A internet tem muito disso. Uma pessoa entra lá no seu site hoje e daqui a uma semana ela volta e tem as mesmas coisas. Podem ter certeza de que ela não volta mais, né.

Então a gente criou um formato que passava pelas mais diversas sessões – de Futebol Arte, que são as fotos; Museu, que envolve charges, caricaturas e ilustrações sobre futebol; Arquibancada, que são textos; a Entrevista que a gente faz. Então, nós fomos colocando tudo isso dentro de uma periodicidade que a gente daria conta e fomos, ao longo desses dez anos, fazendo algumas modificações em relação a essa estrutura. Por exemplo, de início, os textos eram muito difíceis da gente ter numa produção frequente para Arquibancada. Hoje, a gente tem 70 textos por mês sendo publicados. Isso porque hoje a pessoa consegue acessar plataforma enviar o texto direto por ela e a gente faz uma edição final e vai ao ar.

Esses são um formato e uma rotina que nós criamos também para nos organizar. A gente estabelece, por exemplo, toda terça-feira na nossa biblioteca entram quatro livros sobre futebol ou esporte. Então, nos organizamos para isso. Para que toda terça tenhamos um material sobre livros na biblioteca. Então esse é um caminho que a gente estruturou e vem dando certo ao longo do tempo.

6. A mídia alternativa é o futuro ou já é o presente? Vai continuar crescendo? Para qual direção?

Voltando um pouco na questão da mídia alternativa, eu entendo que ela seja o presente e o futuro. Diante dessa crise que passa pelos grandes veículos de comunicação, a mídia alternativa tem crescido e tem muito a crescer. E ela vai conseguir ocupar um grande espaço se ela for de fato independente. Mas, para isso, de novo a gente cai naquele dilema de como você financia um projeto, para se manter diante de tantos gastos e de tantas pessoas envolvidas. Esse é o grande desafio, mas entendo que há muito espaço para crescer em relação a isso.

7. Imparcialidade e parcialidade: existe espaço para as duas? Como lidar com as narrativas?

É sempre uma questão que aparece e é engraçado, porque de vez em quando a gente ouve: “mas vocês precisam ser imparciais, né?” Eu diria que a imparcialidade dentro de uma mídia, de um veículo de comunicação, no fundo não é possível, né? Ao você falar “nós somos imparciais”, você tá desconsiderando o que você pensa sobre aquele assunto.

E assim, para pegar um gancho no Ludopédio, a gente tem muito claro a relação que nós entendemos do futebol com a política. Não vamos trabalhar numa chave o futebol separado da política. E as vezes tem gente que aparece lá falando “nossa vocês estão misturando as coisas”. Ela não entendeu que as coisas estão de fato misturadas. Então, a partir daí, essa pessoa entende que nós somos parciais e que isso é um problema.

O ponto é que há uma ideia que ao ser imparcial você vai considerar os dois lados da questão. E, para mim, é mais fácil alguém que toma um lado fazer o diálogo com o outro lado. Quem assume a neutralidade fica na zona de conforto e ao abordar as possibilidades o faz para não se comprometer com o espectadores, quando pensamos na televisão, por exemplo.

Eu entendo que ser parcial, nesse sentido, é muito bom porque você deixa claro para o seu leitor de onde você parte para fazer aquela leitura e isso é fundamental. Isso faz com que a gente esteja num lugar e não em outro quando a gente pensa o que o Ludopédio produz. A gente tem um posicionamento e ele se reflete no que nós vamos produzir e não tem como separar isso. Se a gente separasse, provavelmente a gente iria produzir coisas sem algum tipo de profundidade ou muito superficiais.

8. A imprensa tradicional sofre mais com a crise do seu modelo de negócio ou com a crise de legitimidade e os questionamentos da sua informação?

Bom, em relação a imprensa tradicional, vou fazer um olhar um pouco mais a distância. Eu avalio que ela ela sofra com a crise do seu modelo de negócio, que era pautado numa lógica de assinatura e recebimento desse desse jornal ou de algum serviço mais diretamente, e que passa também pelos questionamentos da sua informação que a pergunta que você faz. Nesse nesse sentido, me parece que a grande mídia, em algum momento, se perdeu dentro desse desse caminho, desse labirinto de uma coisa que deveria ser um norte para qualquer tipo de imprensa: produzir um jornalismo que seja investigativo. Não deveria ter condições de você produzir um jornalismo que não fosse investigativo, mas ao longo do tempo, essas grandes mídias deixaram isso um pouco de lado. Não é a investigação o grande ponto ou o carro-chefe da produção dos noticiários. Isso é, no meu modo de ver, uma grande perda para esses veículos que teriam condições de fazê-lo, já que tem um bom recebimento de quantias financeiras para sustentar toda a estrutura que foi produzida. Mas, talvez, eles estejam num ponto de ter que rever alguns tipos de modelos para conseguir sustentar um jornalismo minimamente de qualidade.

9. O que é ser historiador(a) neste contexto? Como levar o o conhecimento às pessoas nesse tipo de mídia? 

Em relação ao que é ser um historiador(a) nesse contexto, eu deixo claro que eu não sou um historiador! Embora eu tenha feito algumas pesquisas que partem do escopo do que a história se propõe a fazer. Eu entendo que o papel do historiador em qualquer sociedade é fundamental.  O historiador(a) tem uma grande oportunidade de olhar para esse passado, fazer interpretações e poder, a partir do tempo presente, vasculhar questões que ficaram em outros momentos. Essa função é fundamental até para entendermos o que é o nosso presente e o que pode ser nosso futuro, né. Eu diria que uma sociedade que desconsidera o historiador e a historiadora e o papel que eles possuem nela, que desvaloriza essas pessoas, empobrece muito todo uma construção de entendimento dessa própria sociedade, que é algo fundamental em toda democracia.

10. Qual o papel da mídia independente diante do atual cenário da grande mídia atual, principalmente no campo esportivo e, no caso de vocês no contato com o meio acadêmico?

Voltando na questão do papel da mídia independente e olhando para o campo esportivo… Esse um ponto interessante, porque essa grande mídia é muito centrada em fazer especulações e, de novo, em não fazer um trabalho investigativo sobre futebol (que seria também um ponto muito interessante), só tratando do cotidiano – que é também importante, não vou desconsiderá-lo – e muito pautada na especulação do jogador que vai ser escalado ou não e em quem vai passar de fase no campeonato X, Y, Z… Assim, logo que deflagrou a pandemia, ela se viu refém desse modelo e teve muitas dificuldades para conseguir encontrar possibilidades para trabalhar com o futebol de outra maneira.

Isso é interessante porque a proposta do Ludopédio não é necessariamente falar sobre o campeonato atual – embora a gente tenha também materiais que falam sobre eles – ou o que aconteceu na rodada do último final de semana. O grande ponto é se propor a fazer uma análise de como esse futebol faz parte de uma estrutura de uma sociedade e, a partir daí, conseguir não só entender a lógica que que está colocado no futebol, mas conseguir entender também o quanto esse futebol diz sobre essa essa sociedade. Então esse é um ponto interessante que é a grande armadilha dessa dessa imprensa esportiva, que só trabalha nessa lógica da “especulação esportiva” ou da “falação esportiva”, como diria Umberto Eco.

11. A relação entre redes e “mundo” (rua, campo, quadra, cotidiano) é pautada em troca. Em que medida a mídia independente propicia essa troca e o quão benéfica e construtiva ela é?

Eu entendi que o papel dessa menina dependente também é ocupar esses espaços. É ela ter possibilidade de fazer essas investigações, a produção de conteúdo nessa dinâmica do futebol que não é só aquele futebol do mainstream, né. É um futebol que está enraizado no contexto das cidades brasileiras, que acontece no bairro, que movimenta o bairro num determinado mês do ano porque a equipe passou de fase no campeonato amador… Então, isso é um ponto que também permite entender muito das relações que são construídas nas mais diferentes comunidades brasileiras, de norte a sul do país. Então, é um papel dessa mídia independente também chegar ali. Acho que, de novo, tem que ter condições financeiras para você conseguir fazer isso, né. Porque cobrir um evento que é fora da sua cidade, por exemplo, envolve muitos gastos.  Então, novamente a questão financeira acaba sendo um ponto central da manutenção de qualquer tipo de projeto.

12. Para encerrar: se o Ludopédio fosse lembrada por dois casos – uma “bola dentro” e uma “bola fora” – quais seriam?

Bom, se for pensar o Ludopédio a partir do que foi a famosa “bola dentro” ou a bola fora” ao longo desse período todo, eu diria que a grande “bola dentro” do Ludopédio é fornecer de maneira gratuita um vasto material e reuni-lo em um único lugar. Nesse futuro que nos espera, a gente entende que esse papel é muito importante. Quem estuda, quem se interessa por futebol, provavelmente vai cair em algum momento no Ludopédio, porque ali a gente conseguiu reunir, num trabalho de formiguinha, muitas e muitas informações sobre futebol.

Acho que a “bola fora” foi em 2018, quando a gente teve o site invadido. Ele foi apagado e a gente perdeu alguns materiais que, mesmo fazendo backup, a gente não conseguiu recuperar. Eu acho que isso aconteceu com a gente, naquele calor das eleições de 2018, porque assumirmos um comportamento político muito claro contra qualquer tipo obscurantismo dentro dessa sociedade. Ali, acho que foi um ponto muito ruim para nossa trajetória, porque perdemos alguns conteúdos importantes e não conseguimos recuperar, mas que depois disso também a gente voltou com mais força e com mais segurança, né. Hoje, o Ludopédio é super seguro e a gente não teve mais problemas. Então eu colocaria uma “bola fora” nesse sentido: de quem não está disposto a ouvir o outro lado da história e que quer impor uma visão que, muitas vezes, significa eliminar a visão do outro. 

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Ainda não conhece o Ludopédio? Se interessou e quer ver o conteúdo que eles disponibilizam? Então acesse o site e os canais desse grande projeto!

ludopedio.com.br

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