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GP DA ITÁLIA DE 87: A DOBRADINHA PIQUET / SENNA

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Já falei de vários pilotos brasileiros desde que comecei a escrever para o Start Sports. Mas ainda faltava falar sobre um dos integrantes da “trindade” brasileira que conquistou o Mundial de Pilotos na história da Fórmula 1. Agora não falta mais.

O artigo de hoje relembrará o GP da Itália de 1987, marcado não só por ter sido a vigésima vitória de Nelson Piquet na Fórmula 1, mas por ser aquele aonde ocorreu uma das poucas dobradinhas brasileiras na história da principal categoria do automobilismo mundial. Ayrton Senna naquela temporada ainda pilotando uma Lotus, completou aquela corrida em segundo lugar. Nelson terminaria, ao final daquele ano, conquistando seu terceiro título na Fórmula 1.

Naquele dia 6 de setembro de 1987… Na partida, Mansell arranca bem, mas falha uma mudança e Piquet leva a melhor na primeira chicane. Berger era o terceiro, enquanto que Senna era surpreendido por Boutsen. No inicio da segunda volta, Berger tentou passar Mansell para o segundo lugar, mas o britânico fechou a porta e ambos bateram. Sem grandes estragos, voltaram à pista, enquanto que Boutsen subia ao segundo lugar, com Mansell a cair para o quarto lugar. Os três andaram relativamente juntos até à volta 17 quando Mansell conseguiu passar Berger, para logo a seguir passar Boutsen e ficar com o segundo lugar.

A meio da corrida, os Williams param para meter pneus, como o Ferrari de Gerhard Berger, mas não o Lotus de Ayrton Senna, que decide fazer toda a corrida com o mesmo jogo de pneus. Com isso, ele ficou com o primeiro lugar e parecia que os Williams não o iriam alcançar desta vez. Isto até que na volta 43, Senna atrapalha-se com o Ligier de Piercarlo Ghinzani, que o ia dobrar, e despista-se na Parabólica. Quando volta à pista, Piquet passa-o e fica com a liderança. 

O piloto da Lotus aproxima-se, mas não é suficiente para apanhar Piquet, que assim alcançava a sua 20ª vitória na sua carreira. Muito distante estava Nigel Mansell, que acabava na terceira posição, e nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Ferrari de Gerhard Berger, o Benetton de Thierry Boutsen e o McLaren de Stefan Johansson – Texto retirado do blog Continental Circus.

O vídeo a seguir mostra os momentos finais daquela corrida que teve um final confuso em função do diretor daquela corrida não ter dado a bandeirada na hora certa. E com direito a Senna pegar uma “carona” ao final da corrida com Nakajima.

https://youtu.be/4KoIPc2I4Us

Se em 1987 a corrida na Itália foi marcada por uma dobradinha brasileira, em 2016 será a primeira corrida após o anúncio da aposentadoria do brasileiro Felipe Massa da Fórmula 1. Após 14 anos o brasileiro vai se retirar da Fórmula 1 tendo como principal marca o vice-campeonato conquistado em 2008, que só não foi título por causa de várias falhas da Ferrari durante aquela temporada.

O circuito da corrida

O Grande Prêmio da Itália é um dos mais tradicionais da Fórmula 1. Está no calendário da categoria desde seu início em 1950 e, assim como o GP da Grã Bretanha, sempre esteve presente em todas as temporadas da Fórmula 1 até hoje.

Com exceção de 1980, onde foi realizada em Ímola, a corrida italiana sempre se foi realizada no extremamente rápido circuito de Monza.

Vista aérea do Circuito de Monza onde se realiza o GP da Itália desde 1950. FOTO: grandprix247.com
Vista aérea do Circuito de Monza onde se realiza o GP da Itália desde 1950. FOTO: grandprix247.com

Para se ter uma ideia desta rapidez, durante 70% de uma volta rápida no circuito italiano é feita com aceleração máxima. Só no antigo traçado de Hockenheimring utilizado até 2001 é que o percentual de tempo em que um carro de Fórmula 1 ficava em aceleração plena durante uma volta era maior.

O lendário circuito de Monza, localizado na cidade de mesmo nome é composto por longas retas intercaladas por variantes, ora rápidas, ora lentas, e a conhecida curva Parabólica feita em alta velocidade antes da reta dos boxes.

Curva parabólica, uma das mais conhecidas da história da Fórmula 1. FOTO: michaelschumacher.es
Curva parabólica, uma das mais conhecidas da história da Fórmula 1. FOTO: michaelschumacher.es

Entre algumas mudanças ao longo da história o atual traçado do Circuito de Monza possui 5793 metros. Apesar de extenso, a corrida da Itália é, em circunstâncias normais, a mais rápida da Fórmula 1 atual. Um GP da Itália normal não chega a durar mais que 1 hora e 15 minutos.

Vettel, em 2008, gastou 1 hora e 26 minutos, mesmo boa parte da corrida ter sido realizada com chuva. Traduzindo: melhor não bobear senão você irá perder boa parte da corrida.

Em situações normais, os pilotos deverão fazer este traçado por 53 vezes para que se, conheça o vencedor da etapa italiana da Fórmula 1.O traçado do circuito, pode ser visto na figura a seguir.

Circuito de Monza onde se realiza o GP da Itália. FOTO: pt.wikipedia.org
Circuito de Monza onde se realiza o GP da Itália. FOTO: pt.wikipedia.org

A corrida da Itália geralmente ocorre com tempo seco. Mas a chuva nunca é totalmente descartada. E quando aparece surpresas sempre podem ocorrem. É só relembrar a proeza de Vettel em 2008.

Dados históricos

Nas 66 edições realizadas até agora do GP da Itália desde 1950, 35 pilotos diferentes venceram lá. O italiano Giuseppe Farina foi o primeiro vencedor pilotando uma Ferrari em 1950.

O maior vencedor do GP da Itália é o alemão Michael Schumacher 5 vitórias alcançadas, seguido pelo brasileiro Nelson Piquet com 4 vitórias (Piquet foi quem venceu a única etapa do GP da Itália não realizada em Monza). Por equipes, quem mais venceu até agora foi a Ferrari com 18 vitórias, seguida pela McLaren com 10 vitórias.

A pole mais rápida foi feita por Rubens Barrichello pela Ferrari em 2004 com o tempo de 1min 20s 089 (com os carros com motores V10) e a volta mais rápida também foi feita por Rubens Barrichello naquele mesmo ano com o tempo de 1min 21s 046.

Expectativa para a corrida

A disputa entre Hamilton e Rosberg ficou mais acirrada após a vitória do alemão na Bélgica. Rosberg, aproveitando-se do fato de Hamilton ter largado em penúltimo após receber punições por ter trocado várias peças em seu carro, cumpriu a “obrigação” ao vencera corrida.

Mas ele deve sentido uma ponta de desânimo por ver Hamilton, ter terminado a corrida em terceiro lugar. Agora na Itália, livre de punições e tendo vencido os últimos 2 GP’s da Itália, Hamilton vai com tudo para tentar ampliar a vantagem e conquistar seu quarto título na Fórmula 1.

Rosberg venceu na Bélgica, mas Hamilton ainda lidera. FOTO: formula1.com
Rosberg venceu na Bélgica, mas Hamilton ainda lidera. FOTO: formula1.com

Mas o destaque para nós brasileiros é o anúncio da aposentadoria de Felipe Massa da Fórmula 1. Após 15 temporadas na Fórmula 1 (14 como piloto titular), Massa anunciou em Monza sua aposentadoria.

Tal anúncio pode ter pegado muitos de surpresa. Mas eu, no lugar de Massa faria a mesma coisa. A bem da verdade é que, desde que sofreu o acidente da mola na Hungria em 2009, Massa nunca foi mais o mesmo. Aquele piloto, que chegou a ser campeão do mundo em 2008 por alguns segundos, só mostrou a partir de 2010 alguns lampejos do que fora antes do acidente. Massa teve “braço” e em 2008 teve “carro” para ser campeão do mundo. Os vários erros da Ferrari ao longo da temporada o impediram de conquistar tal feito. Agora sem “braço” e “carro” é melhor sair do que ficar “se arrastando” no grid em equipes de menor expressão.

Massa se junta a Rubens Barrichello na lista de vários pilotos que tentaram sem sucesso preencher a lacuna deixada por Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e, principalmente, Ayrton Senna na história brasileira na Fórmula 1. Agora, quem sabe, Massa poderá reencontrar o sucesso em alguma outra categoria do automobilismo mundial. Rubinho já foi campeão na Stock Car. Quem sabe não é também uma boa alternativa para Massa. No mais só nos resta agradecer a ele pelos grandes momentos protagonizados na Fórmula 1, curtir as suas últimas corridas por cá e desejar-lhe boa sorte em suas novas empreitadas na sua vida. Valeu Massa!

FOTO: flaviogomes.grandepremio.uol.com.br
FOTO: flaviogomes.grandepremio.uol.com.br

Horários:

Classificação – 03/09/2016 (sábado), 09:00h (treino transmitido pela Sportv e flashs na Rede Globo após a classificação) (horário de Brasília),

Corrida – 04/09/2015 (domingo), 09:00h (horário de Brasília)

A corrida será transmitida pela Rede Globo. Boa corrida para todos.

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