Apesar de ser menos pomposo do que outras etapas mais tradições da categoria, o GP dos EUA é muito, mas muito cheio de história. Sua história é provavelmente, aquela que demanda mais tempo para ser totalmente conhecida. Muito antes de fazer parte da F1, foi disputado pela primeira vez em 1908.

Além disso, entre 1950 a 1960, as 500 Milhas de Indianápolis – da Fórmula Indy – fazia parte do calendário do mundial de Fórmula 1, mas raramente eram disputadas por pilotos da categoria.  Não valiam pontos para a temporada, mesmo assim seus ganhadores são considerados vencedores na Fórmula 1. Algo meio bizarro, pois como quase todos os pilotos que disputaram a prova durante esse período eram americanos, houveram vencedores da F1 que disputaram apenas essa prova.

A partir de 1959 é que a etapa americana, desta vez realizada em Sebring, passou a valer oficialmente no campeonato de Fórmula 1.

De lá pra cá o grau de presença dos EUA na Fórmula 1 variou muito. De 1976 a 1981 e em 1983 e 1984, os americanos sediaram duas etapas do Mundial de Fórmula 1 no mesmo ano. E em 1982, os EUA se tornaram o único país, até hoje, a sediar 3 etapas da Fórmula 1 na mesma temporada (Detroit, Las Vegas e Long Beach).

Porém de 1992 a 1999 e de 2008 a 2011 a Fórmula 1 não esteve presente no solo americano. Desde 2012 a corrida voltou a ser realizada na terra do Tio Sam.

O CIRCUITO DA CORRIDA

Esse “balaio de gatos” na história do GP americano reflete também na quantidade de circuitos utilizados até hoje pela Fórmula 1. Foram 10 circuitos: Sebring, Riverside, Watkins Glen, Phoenix, Indianápolis, Detroit, Long Beach, Las Vegas, Dallas (nos quatro últimos as etapas não eram denominadas GP dos Estados Unidos) e o atual em Austin, Texas.

O atual circuito utilizado é o Circuito das Américas localizado em Austin, capital do estado do Texas. Desenhado pelo alemão Hermann Tilke o circuito possui duas retas maiores e vinte curvas, sendo que há duas sequências desafiadoras de curvas (entre a curva 03 e 09 e entre as curvas 13 e 18). Em situações normais, os pilotos deverão fazer este traçado por 53 vezes para que se, conheça o vencedor da etapa americana da Fórmula 1.O traçado do circuito, pode ser visto na figura a seguir.

As corridas anteriores foram realizadas quase todas com tempo seco. Porém, em 2015, a passagem do furacão Patricia levou chuva e uma dose adicional de emoção a etapa americana da Fórmula 1.

DADOS HISTÓRICOS

Como GP dos Estados Unidos foram 38 edições realizadas desde 1959, ano em que passou a valer oficialmente para a temporada de Fórmula 1. Ao todo, 22 pilotos diferentes já venceram esta etapa. Se considerarmos as etapas realizadas de 1981 a 1988 (que não valiam como GP dos EUA) este número salta para 56 corridas.

O inglês Bruce McLaren foi seu primeiro vencedor, em 1959, correndo no circuito de Sebring. Em Austin o primeiro vencedor foi o inglês Lewis Hamilton em 2012, pela McLaren.

Os maiores vencedores do GP dos Estados Unidos são o alemão Michael Schumacher (todas em Indianápolis) e o inglês Lewis Hamilton com 5 vitórias cada um (1 em Indianápolis e 4 em Austin). Ayrton Senna também venceu 5 vezes nos EUA, mas 3 de suas vitórias foram em Detroit quando a etapa não se chamava GP dos Estados Unidos. Em Austin, o maior vencedor é justamente Hamilton com as 4 vitórias obtidas até hoje. Por equipes, quem mais venceu até agora foi a Ferrari com 9 vitórias, seguida por Lotus e McLaren, com 8 vitórias cada.

A pole mais rápida do atual circuito utilizado foi feita por Lewis Hamilton pela Mercedes em 2016, com o tempo de 1min 34s 999 (com os carros com motores V6 Turbo). A volta mais rápida foi feita por Sebastian Vettel, pela Red Bull em 2012, com o tempo de 1min 39s 347 (com os carros com motores V8).