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GP DA ESPANHA: O DIA EM QUE MALDONADO NÃO FOI MALDONADO

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A Fórmula 1 é quase sempre o grande “sonho de consumo” dos pilotos de monopostos mundo a fora. Muitos já fizeram história nela, seja para o bem ou para o mal. A história de hoje relembra o GP da Espanha de 2012, aonde o pole e o vencedor é um dos muitos pilotos que hoje chegam a principal categoria do automobilismo mundial, muito mais pelo recurso financeiro que possui do que seu talento na pilotagem.

Vista aérea do circuito da Catalunha onde se realiza desde 1991 o GP da Espanha. FOTO: www.globalmotorsport.net.
Vista aérea do circuito da Catalunha onde se realiza desde 1991 o GP da Espanha. FOTO: www.globalmotorsport.net.

O protagonista da história de hoje é nada mais, nada menos que o venezuelano Pastor Maldonado. O piloto em questão estreou na Fórmula 1 em 2011 pela Williams, muito mais em função do aporte financeiro que ele trouxe da PDVSA, a petrolífera estatal da Venezuela, do que pelo seu talento pilotando (antes de chegar à F1 tinha sido campeão na Fórmula Renault).

Pastor Maldonado e sua Williams na temporada de 2012 da Fórmula 1. FOTO: www.skysports.com
Pastor Maldonado e sua Williams na temporada de 2012 da Fórmula 1. FOTO: www.skysports.com

Após uma temporada ruim em 2011, havia começado um pouco melhor a temporada de 2012. Porém, na Espanha, Maldonado se superou. Conseguiu um surpreendente segundo lugar na classificação e herdou a pole position, após Hamilton (pole na pista) ter sido desclassificado e obrigado a largar em último por não conseguir levar seu carro para os boxes após o final do treino classificatório. Maldonado se tornou assim o primeiro venezuelano a fazer uma pole na Fórmula 1.

Na corrida, perdeu a primeira posição logo na largada para Fernando Alonso, na época da Ferrari, mas, ao contrário do habitual, Maldonado fez uma excelente pilotagem, recuperou a liderança da prova após os pit stops e, mesmo sofrendo no final uma pressão de Alonso, segurou a ponta e se tornou o primeiro venezuelano a vencer uma corrida na Fórmula 1. Vale lembrar também que, após a corrida, ocorreu um incêndio nos boxes da Williams. Apesar da grande quantidade de feridos (31, a maioria por ter inalado fumaça tóxica) ninguém morreu e os estragos não foram maiores porque a equipe inglesa auxiliada por outras equipes do grid, conseguiram controlar rapidamente o incêndio.

Maldonado comemorou muito sua primeira vitória na Fórmula 1, sendo carregado por Alonso, que chegou em segundo e Raikkonen, que completou o pódio em terceiro.  FOTO: gasparovmotorsport.wordpress.com
Maldonado comemorou muito sua primeira vitória na Fórmula 1, sendo carregado por Alonso, que chegou em segundo e Raikkonen, que completou o pódio em terceiro. FOTO: gasparovmotorsport.wordpress.com

Porém, aquele que poderia se revelar um novo prodígio na Fórmula 1, demonstrou mais tarde que aquele final de semana foi o único lampejo em sua carreira. Pilotando carros ruins associados à notória falta de habilidade na condução, Maldonado é daquele tipo de piloto que passa do limite aceitável do arrojo e que já protagonizou cenas bizarras na Fórmula 1 por sua imprudência. O vídeo a seguir é uma compilação dos vários acidentes dos quais o venezuelano fez parte (desde a época da GP2), que mostram o quanto o ele é imprudente durante sua pilotagem.

Desde 2012, a etapa espanhola é aquela que abre a chamada “temporada europeia” na Fórmula 1. Em Montmeló, as equipes costumam apresentar novidades em seus carros para o restante da temporada e neste ano não será diferente. As Mercedes ainda são os melhores carros, mas a Ferrari parece estar cada vez mais próxima de rivalizar com os bólidos alemães nesta temporada.

O circuito da corrida

O Grande Prêmio da Espanha já foi disputado em 4 circuitos diferentes (Pedralbes, Jarama, Montjuïc e Jerez) antes do que é utilizado desde 1991 pela F1. O circuito localizado na cidade de deteve por muito tempo o recorde de maior reta dos circuitos utilizados Fórmula 1 (atualmente pertence ao Circuito de Xangai, na China).

Bem, apesar do “retão” existente, é um circuito onde é difícil ultrapassar (melhorou esta característica após os carros passarem a utilizar as asas traseiras móveis). Esse detalhe acabou gerando um fato no mínimo curioso: de 1991 até 2012, todos os vencedores tinham largado necessariamente em uma das três primeiras posições no grid. Fernando Alonso quebrou esta escrita em 2013, pois venceu a corrida, apesar de ter largado somente em quinto no grid.

Reta dos boxes do Circuito da Catalunha vista por trás. FOTO: lleureioci.wordpress.com
Reta dos boxes do Circuito da Catalunha vista por trás. FOTO: lleureioci.wordpress.com

Os 4.655 metros são compostos por algumas retas e 16 curvas. Em situações normais, os pilotos deverão fazer este traçado por 66 vezes para que se conheça o vencedor da etapa espanhola da Fórmula 1.

Como o circuito da Catalunha costuma ser utilizado durante os testes de inverno, lá é provavelmente o lugar aonde pilotos e equipes tem menos dificuldade em configurar o acerto de seus respectivos carros. Seu traçado pode ser visto na figura a seguir.

Circuito da Catalunha onde se realiza o GP da Espanha, desde 1991. FOTO: ra-gmr.blogspot.com.br
Circuito da Catalunha onde se realiza o GP da Espanha, desde 1991. FOTO: ra-gmr.blogspot.com.br

Dados históricos

Nas 47 edições realizadas até agora do GP da Espanha, desde 1951 (ocorreram períodos neste espaço de tempo em que a corrida não foi realizada lá ou não valeu para o campeonato), 27 pilotos diferentes venceram a prova. O argentino Juan Manuel Fangio foi o primeiro vencedor, em 1951, correndo no circuito de Pedralbes. Em Montmeló (circuito atual) o primeiro vencedor foi o inglês Nigel Mansell em 1991.

O maior vencedor de GPs da Espanha (e também maior vencedor no circuito de Montmeló) é o alemão Michael Schumacher com 6 vitórias, seguido por Jackie Stewart, Nigel Mansell, Alain Prost e Mika Häkkinen, com 3 vitórias cada. Por equipes, quem mais venceu até agora foi a Ferrari, com 12 vitórias (8 em Montmeló), seguida pela McLaren, com 8 vitórias (4 em Montmeló).

A pole mais rápida foi feita por Mark Webber, pela Red Bull, em 2010, com o tempo de 1min 19s 995 (com os carros com motores V8). A volta mais rápida foi feita por Kimi Raikkonen, em 2008, pela Ferrari, com o tempo de 1min 21s 670 (também com os carros com motores V8).

Expectativa para a corrida

Finalmente começa a “temporada europeia” da Fórmula 1 em 2015. O início das corridas na Europa marca um novo momento do campeonato dentro do planejamento das equipes e dos pilotos. Aqueles que começaram bem buscam se manter no bom momento, enquanto aqueles que começaram mal buscam reagir no campeonato.

É o caso da McLaren. Com novidades no carro, entre elas um novo esquema de cor, o time inglês busca alcançar seus primeiros pontos na temporada, mesmo com um carro mal nascido e motor ainda em desenvolvimento pela Honda. Vamos ver se o começo da temporada europeia vai trazer algo bom por lá.

McLaren busca a reação na temporada de 2015 com novas cores no carro. FOTO: http://espn.uol.com.br
McLaren busca a reação na temporada de 2015 com novas cores no carro. FOTO: http://espn.uol.com.br

A Ferrari, que vem se consolidando como segundo melhor carro do grid, já é uma ameaça real para as Mercedes tanto durante os treinos quanto as corridas. O time de Maranello com certeza não vai se conformar em ser somente a segunda força do grid e buscará evoluir para alcançar os carros da Mercedes ainda nesta temporada.

Falando na equipe alemã, Hamilton vem até agora dando um “vareio” em Rosberg e, se continuar deste jeito, não vai dar chances para que o piloto alemão dispute com ele o título do Mundial de Pilotos de 2015.

Os pilotos brasileiros lutam por objetivos diferentes. Se Felipe Massa e a Williams buscam se aproximar das Ferraris na disputa pelo posto de segunda equipe da temporada, Felipe Nasr e a Sauber buscam manter o bom desempenho alcançado até agora neste início de temporada e buscam pontos preciosos para melhorarem a situação financeira da equipe. Agora é o momento de revermos os clássicos circuitos no continente aonde tudo começou na história da Fórmula 1.

Mercedes e Ferrari são as equipes que estão ditando até agora a temporada de 2015 da Fórmula 1. FOTO: formula1.com
Mercedes e Ferrari são as equipes que estão ditando até agora a temporada de 2015 da Fórmula 1. FOTO: formula1.com

Horários: 

Classificação – 09/05/2015 (sábado), 9h (9h30 começa a transmissão na TV aberta) (horário de Brasília),

Corrida – 10/05/2015 (domingo), 9h (horário de Brasília)

O treino e a corrida serão transmitidos pela Rede Globo. Boa corrida para todos.

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