GP DO CANADÁ 2008: A REDENÇÃO DE KUBICA
Acidentes são algo rotineiro em esportes a motor. Desde acidentes simples até os graves que podem custar a carreira ou até a vida do piloto. Porém, quando não ocorrem as duas situações anteriores, sempre é possível dar a volta por cima. É o que será relatado no artigo de hoje. Lembra do Kubica?
A história de hoje relembra o GP do Canadá de 2008 e o protagonista foi ele mesmo, o polonês Robert Kubica. O polonês voltava ao circuito aonde sofrera um grave acidente no ano anterior. Para quem não se lembra do episódio em questão, clique aqui e veja a matéria sobre o GP do Canadá de 2007.
Naquele dia… “Em uma largada tranqüila, Lewis Hamilton manteve a ponta, à frente de Kubica e Raikkonen. Ele liderava a prova com sete segundos de vantagem quando o safety car entrou na pista por causa da Force India de Adrian Sutil, que parou em posição perigosa perto da curva 3.
Então, os líderes entraram nos boxes e o inglês perdeu posições para o polonês da BMW Sauber e para o finlandês da Ferrari. Ambos pararam por causa da luz vermelha no fim do pit lane, mas o piloto da McLaren viu muito tarde e acertou a traseira de Raikkonen. Nico Rosberg, da Williams, que vinha atrás de Hamilton, também não parou e acertou o carro que estava à sua frente. Mas o alemão continuou na corrida.
Com a parada dos oito primeiros colocados, Nick Heidfeld liderava a prova, seguido por Rubens Barrichello, da Honda; Kazuki Nakajima, da Williams; David Coulthard e Mark Webber, da RBR; Timo Glock e Jarno Trulli, da Toyota. Kubica voltou dos boxes na décima posição.
Já Felipe Massa caiu muito na classificação por causa de um erro da Ferrari em seu primeiro pit stop. A equipe não reabasteceu seu carro durante a entrada do safety car e forçou o brasileiro a entrar de novo nos boxes para fazer outra parada, já com bandeira verde e a corrida recomeçada.
Após a relargada, Heidfeld abriu uma boa vantagem para Rubens Barrichello, que se mantia em segundo mesmo mais pesado que os rivais. Com Kubica preso no tráfego, o alemão conseguiu uma boa vantagem e voltou de seu pit stop à frente do polonês. Mas ele abriu para o companheiro de equipe após a primeira curva do circuito.
Timo Glock era o último na pista a não fazer seu pit stop. Quando ele parou, na 42ª volta, Kubica tinha uma vantagem de dez segundos sobre Heidfeld, que sofria forte pressão de Alonso. O espanhol da Renault estava com a mesma estratégia do polonês e faria outra parada, mas rodou na 45ª passagem, na curva 7, e abandonou a prova.
Com a pista limpa, Kubica conseguiu abrir uma boa vantagem em relação a Heidfeld e garantiu a primeira dobradinha da BMW Sauber. Ele fez sua última parada na 49ª volta e voltou seis segundos à frente do companheiro de equipe, vantagem que se manteve até o final da corrida. (Texto retirado do site globoesporte.globo.com)
Foi a primeira e única vitória de um piloto polonês na Fórmula 1. E também a única vitória e dobradinha da equipe BMW Sauber na Fórmula 1. O vídeo a seguir mostra a última volta e os primeiros momentos pós-corrida.
Kubica, que tinha boas perspectivas na Fórmula 1, acabou saindo da categoria após um grave acidente no início de 2011 quando pilotava em um rali que lhe custou parte da mobilidade de sua mão direita. Ele voltou a competir em ralis no ano seguinte.
A sempre tumultuada corrida do Canadá possui o “ilustre” “Muro dos Campeões” aonde, nada menos que 5 campeões mundiais já “beijaram” o mesmo ao longo da história. Este ano será que mais algum campeão o verá “perto demais”?
O circuito da corrida
O Grande Prêmio do Canadá já foi disputado em 2 circuitos diferentes (Mosport Park e Mont-Tremblant) antes do que utilizado desde 1978 pela F1. O circuito localizado na cidade de Montreal ganhou sua atual nomenclatura (Circuito Gilles Villeneuve) em 1982, após a morte do piloto canadense na Bélgica naquele ano.
Uma curiosidade do circuito canadense (composto por 13 curvas e algumas retas, nos seus 4361 metros) é que o mesmo possui um lago em seu interior e o mesmo fica em uma ilha. Bom, pelo menos nenhum carro já foi parar dentro do lago ao longo destes anos. Em situações normais, os pilotos deverão fazer este traçado por 70 vezes para que se, conheça o vencedor da etapa canadense da Fórmula 1.O traçado do circuito, pode ser visto na figura a seguir.
Pilotos e equipes sempre devem ficar atentos, pois a chuva pode aparecer durante os treinos e a corrida o que pode gerar grandes espetáculos, mas também vários acidentes e situações inusitadas, como a ocorrida em 2011 onde a corrida durou 4 horas (a mais longa da história da Fórmula 1) em função da chuva. Jenson Button foi o vencedor da mesma.
Dados históricos
Nas 46 edições realizadas até agora do GP do Canadá desde 1967 (ocorreram períodos neste espaço de tempo em que a corrida não foi realizada lá), 32 pilotos diferentes venceram lá. O australiano Jack Brabham foi o primeiro vencedor, em 1967, correndo no circuito de Mosport Park. Em Montreal (circuito atual) o primeiro vencedor foi o canadense Gilles Villeneuve em 1978.
O maior vencedor de GPs do Canadá (e também maior vencedor no circuito de Montreal) é o alemão Michael Schumacher com 7 vitórias, seguido por Lewis Hamilton, com 4 vitórias. Por equipes, quem mais venceu até agora foi a McLaren com 13 vitórias (9 em Montreal), seguida pela Ferrari, com 11 vitórias (10 em Montreal).
A pole mais rápida foi feita por Ralf Schumacher pela Willians em 2004 com o tempo de 1min 12s 275 (com os carros com motores V10) e a volta mais rápida foi feita por Rubens Barrichello também em 2004, pela Ferrari com o tempo de 1min 13s 622 (também com os carros com motores V10).
Expectativa para a corrida
Se a duas corridas atrás Rosberg estava imbatível e as Ferraris pareciam ser os principais adversários da Mercedes as coisas parecem ter mudado um pouco. A vitória de Verstappen na Espanha, a pole e o segundo lugar de Ricciardo em Mônaco recolocaram a Red Bull na disputa por vitórias e das primeiras posições na atual temporada. A Red Bull sempre teve carros aerodinamicamente bem desenhados. O motor Renault (batizado nesta temporada de Tag Heuer), que vinha deixando a desejar, melhorou muito nesta temporada e são boas as perspectivas para o time austríaco ainda nesta temporada. É garantia de mais emoções para as corridas de 2016.
Já a vitória de Hamilton em Mônaco recoloca o inglês nos eixos. Após ver a arrancada de Rosberg no início da temporada e sem demonstrar capacidade de reação, Hamilton aproveitou-se da estratégia da Mercedes ao fazer um pit stop a menos que Ricciardo, além do erro ridículo da Red Bull durante um dos pit-stops do mesmo, e voltou a vencer após 8 corridas. Contando com a corrida ruim de Rosberg em Mônaco a diferença de pontuação entre os dois é de somente 24 pontos. Ou seja, uma vitória de Hamilton com um abandono de Rosberg e o inglês assume a liderança do Mundial de Pilotos. A emoção voltou para a temporada de 2016 na Fórmula 1.
Os pilotos brasileiros fazem o que podem com seus carros. Massa, apesar de ter batido no em um dos treinos livres, tem uma expectativa melhor neste GP do Canadá, do que o 10º lugar obtido em Mônaco. E na sempre tumultuada corrida canadense, se manter na pista dá a perspectiva de obter bons resultados. Já Felipe Nasr não tem muito o que fazer com o carro extremamente ruim que possui nesta temporada. Se manter a frente de seu companheiro de equipe Marcus Ericsson parece ser o melhor que o brasileiro pode fazer atualmente.
Horários:
Classificação – 11/06/2015 (sábado), 14:00h (horário de Brasília),
Corrida – 12/06/2016 (domingo), 15:00h (horário de Brasília)
O treino e a corrida serão transmitidos ao vivo somente pelo canal fechado Sportv2. Pela Rede Globo haverá flashs após o treino classificatório e o VT da corrida será exibido após o jogo Brasil x Peru válido pela Copa América. Boa corrida para todos.
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