ÁUSTRIA 1987 | ACIDENTE POUCO É BOBAGEM
Hoje vamos relembrar a história do GP da Áustria de 1987, realizado no antigo circuito de Österreichring, marcada por vários acidentes. Vários mesmo.
Naquele dia 16 de agosto de 1987 a largada foi cheia de percalços e colocou em cheque a segurança da pista. Piquet largou muito bem e Mansell era surpreendido por Fabi. Aí começou a confusão. Martin Brundle perdeu o controle do seu Zakspeed e bateu no muro dos boxes. voltando para a pista e se embolando com a Minardi de Adrian Campos e a Ligier de René Arnoux. Para evitar o choque, os dois Tyrrell de Jonathan Palmer e Philippe Streiff se chocaram, sobrando ainda para o outro carro da Ligier, de Piercarlo Ghinzani.
A partida foi imediatamente interrompida e os carros removidos da pista para poderem fazer nova largada. Todos puderam largar de novo e quando isso aconteceu, Piquet partiu melhor de novo, com Mansell tendo novos problemas na largada. E nova confusão. Berger viu Mansell muito lento e freou bruscamente, assim como fez Patrese. Mas o italiano foi atingido pela Arrows de Eddie Cheever, que por sua vez foi atingida por Johansson. Para completar, Brundle bate na traseira do McLaren. Um verdadeiro engavetamento.
A confusão continuou com Ghinzani. Para não entrar no engavetamento à frente e freou e foi atingido por Alex Caffi e seu Osella. Ivan Capelli, no seu March, Philippe Alliot, no seu Lola-Larrousse, o Zakspeed de Christian Danner, o AGS de Pascal Fabre e o Tyrrell de Jonathan Palmer, também acabaram no meio da confusão. No fim das contas, caracterizou-se um dos maiores acidentes da história da Formula 1. A corrida foi interrompida uma segunda vez e os carros removidos para as boxes.
“Por incrível que pareça, quando os carros alinharam para a terceira largada, apenas o Tyrrell de Streiff é que não alinhou, apesar de quatro carros (Brundle, Danner, Fabre e Caffi) largarem das boxes. Pouco depois, o McLaren de Prost recusou-se a funcionar e o francês passou para o carro de reserva, fazendo com que ele largasse das boxes. E quando os carros partiram para a volta de aquecimento, Alboreto teve de ir às boxes para colocar um volante novo, sendo o sexto a largar das boxes”, trecho retirado do blog Continental Circus.
Quando o sinal verde acendeu, Senna ficou parado no grid, partindo mais lentamente do que os demais. Felizmente, todos evitaram o Lotus do brasileiro. Piquet estava na frente de Boutsen, seguido por Berger, Mansell e Fabi. Atrás, Prost, Senna e Alboreto tentavam ganhar lugares entre os pilotos mais lentos.
Na volta cinco, Berger abandonava com um problema com o Turbo, enquanto que na volta 15, Boutsen ficava para trás devido a problemas com a caixa de marchas. Isso fez com que os dois Williams ficassem ainda mais na frente, com Fabi no terceiro posto. Na volta 21, Mansell passou Piquet para ficar com a liderança.
Atrás, Alboreto, Senna e Prost – que tiveram problemas na largada – já estavam na zona de pontuação e havia um duelo pelo quarto posto entre o piloto da Ferrari e o da Lotus. Contudo, ambos sofrem uma colisão e tiveram de ir aos boxes. Senna teve de colocar um bico novo. Pouco depois, Alboreto acabou abandonando, devido a problemas no escapamento.
No final, Mansell venceu, à frente de Piquet. Teo Fabi completou o pódio, no terceiro posto, e na zona de pontuação, restaram o segundo Benetton de Thierry Boutsen, o Lotus de Ayrton Senna e o McLaren de Alain Prost. “Antes de ir ao pódio, um momento caricato, quando Mansell, no carro da organização, bate com a cabeça na parede devido à baixa altura…”, trecho retirado do blog Continental Circus.
Para conhecer um pouco mais sobre a história do GP da Áustria, clique aqui. Veja também as equipes e os pilotos da temporada 2017.
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