AUSTRÁLIA OPEN E OS GÊNIOS QUE NÃO FICARÃO NO TOPO
Desde que o Austrália Open de tênis terminou duas coisas não saíram da minha cabeça: o tanto que o Djokovic é genial e a zica que a Sharapova tem ao enfrentar a Serena. Discutindo um pouco esse assunto com a galera, cheguei a conclusão que tanto Djoko quanto a Sharapova seriam os melhores de sua geração, caso não estivessem na mesma geração de seus principais rivais.
Maria Sharapova, além de musa e uma das desportivas mais bem pagas do mundo, possui 34 títulos, sendo cinco de grand slams, um WTA Championships e uma carreira onde venceu 80% dos seus jogos. O problema é que ele é contemporânea de Serena Willians.
O 2×0 aplicado por Serena na final do Austrália Open (6×3 e 7×6), consolidou uma série de 10 anos sem vitórias da russa sobre a americana. Ao todo são 17 vitórias se Serena contra apenas duas de Sharapova, com a americana eliminando a russa em quatro grand slams e vencendo uma final olímpica. Um verdadeira freguesia.
Djoko não sofre tanto, mas poderia ser muito maior se não tivesse Nadal e Federer pela frente. Como não os teve no Austrália Open, venceu o torneio com uma aula de tranquilidade e eficiência na decisão, quando não perdeu o controle da partida contra o Andy Murray em momento algum.
Djoko já fez duelos épicos e já venceu os dois em várias oportunidades, mas ainda é o terceiro nome, atrás de rivalidade de dois dos maiores da história. Com a cada vez mais próxima aposentadoria de Federer e os problemas físicos que afligem Nadal faz algum tempo, o irreverente Djoko segue impressionando a todos e esperando sua vez de reinar soberano.
Enquanto escrevia lembrei que a Martina Hingis venceu o torneio de duplas mistas na Austrália. Confesso que nem lembrava que ela tinha voltado a competir e ainda mais com o indiano Leander Paes, que pelas minhas contas, joga tênis a uns duzentos anos. Bom foi só um parentese.
Para não dizer que não citei nenhum brasileiro, o Marcelo Melo foi até as semifinais, junto com o croata Ivan Dodig, mas não deu para passar pelos franceses Herbert e Mahut. O título ficaria com a dupla italiana, Bolletti e Fognini e, sim, pasmem, os irmãos Bryan não passaram da segunda rodada. Pois é, as vezes acontece.
Enfim, acabei falando mais do que pensava em falar, mas o Austrália Open merece, pois é um grand slam e um baita de um evento. Mas o que eu queria deixar claro é que, para mim, o Djoko e Sharapova mereciam bem mais do que tem, mas é assim. Você tem que fazer o máximo contra os adversários que tem. Pena para eles que os adversários são alguns dos melhores de todos os tempos.
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