FESTA VERDOLAGA! ATLÉTICO NACIONAL É BI DA LIBERTADORES
Dessa vez não teve zebra. A campanha do Independiente Del Valle foi linda, histórica, mas quem levantou a Taça Libertadores da América foi o Atlético Nacional de Medellin. E fez-se justiça, pois o melhor time e o melhor futebol foram premiados.
Da primeira partida até a decisão não houve dúvidas. O time de Medellin foi aquele que apresentou o melhor futebol, o que estava mais bem encaixado e era o que apresentava os melhores resultados. Cinco vitórias e um empate na primeira fase. Depois despachou sem maiores problemas o Huracán. Aí veio seu maior desafio. Uma partida épica contra o Rosário Central, vencida no apagar das luzes – aos 49 do segundo tempo – depois de perder em Arroyto.
A Libertadores parou para a Copa América e a janela de transferências quase varreu o time. Saíram Copete, para o Santos, e Davinson Sanchéz, para o Barcelona. Mas quase ficou sem Moreno, Mejia e outros jogadores destaque da campanha até então.
Fez pouca diferença. Os colombianos voltaram com novos nomes, mas com a mesma noção clara do que fazer em campo. Varreu o São Paulo nas semifinais – mesmo com todas as reclamações dos tricolores – e enfrentou a zebra equatoriana na decisão. Aliás, que decisão sem sal.
E foi uma das piores finais de Libertadores que eu já vi. Um jogo morno. Levado em banho maria desde o momento em que os donos da casa marcaram seu gol. Gol de artilheiro, ou melhor, do artilheiro. O jovem Borja chegou apenas para as semifinais e as finais, para o lugar de Copete, e em quatro jogos marcou cinco dos seis gols colombianos na reta final. Alvo de dúvidas, Borja virou unanimidade. Decisivo.
Naturalmente, esse time não foi feito da noite para o dia. Vem se destacando desde quando era comandado por Juan Carlos Osório, mas com Reinaldo Rueda tornou-se mais efetivo. Jogando bem e dando resultado. Jogadores como o goleiro Armani, Mejia e Macnelly Torres tornaram-se pilares do time. De um time que entrou para a história.
A torcida verdolaga fez a festa. Depois de um vice contra o Grêmio em 95, o time aproveitou bem a chance de levantar sua segunda taça e apagar a memória no “narcofutebol”, que rendeu seu único título em 1989. Aliás, a torcida do Atlético Nacional teve muita sorte. Além de celebrar a conquistas, celebrou o bom futebol, que muitos times simplesmente abdicam para ganhar a Libertadores.
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