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A FINAL DA PELEJA: OPERÁRIOS vs A MÁQUINA DE FAZER GOLS

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Uma final entre Real Madrid e Barcelona, parecia, talvez, a final perfeita para o melhor campeonato de futebol do planeta, ao menos nos olhares da turma do merchandising. Os dois melhores times, com vários astros e as duas principais estrelas no futebol atualmente, Cristiano Ronaldo e Messi. É, parecia, mas vai ficar para outra data. Tudo porque um gigante, também acostumado a grandes conquistas, voltou a retumbar no velho continente, mas isto fica para o final.

Em Munique, o Barça mais uma vez foi eficiente. Com o entrosamento perfeito do tridente Messi, Suarez e Neymar, o time catalão foi logo marcando 2 gols, ficando à frente do placar durante bom tempo da partida, e decretando o fim da linha para Pepe Guardiola e o Bayern. O time Bávaro venceu o duelo, mas os dois gols de Neymar selaram a passagem do Barça para mais uma final de Champions.

Neymar comemora o segundo gol do Barça. FOTO: UEFA
Neymar comemora o segundo gol do Barça. FOTO: UEFA

Em Madrid, um confronto entre David e Golias, de um lado o todo poderoso e galáctico Real Madrid, do outro os operários de Turim. Ambos são grandes por suas histórias, mas inegavelmente os espanhóis eram amplos favoritos, e ficaram ainda mais depois que Cristiano Ronaldo converteu um pênalti mal marcado para o time merengue. O empate da Juve veio com Morata depois de um bate rebate na área do Real. Depois, o que vimos foi um Real Madrid que pouco produzia, e que esbarrava na poderosa defesa da Juventus, comandada por seu líder, Buffon. Um destaque especial ao contestado Casillas, que evitou o pior em, ao menos, três oportunidades, fazendo grandes defesas nos chutes de Pogbá, Marchisio e Llorente.

Morata arma o chute que classificaria a Juve para a decisão. FOTO: UEFA
Morata arma o chute que classificaria a Juve para a decisão. FOTO: UEFA

Os operários de Turim

Comparei Real Madrid e Juventus a David e Golias, não pelo tamanho ou história, já que ambos são grandes e vencedores, mas sim pelo atual momento vivido entre as equipes. Por isso, ressalto aqui os operários de Turim. Com orçamento bem inferior a dupla espanhola e principalmente a seu rival na semifinal, a Juventus nos últimos anos se reinventou. Buscou no mercado jogadores encostados, os chamados renegados. E foi com eles que encontrou aquilo que precisava para voltar a uma final de UEFA Champions League depois de 12 anos de espera.

Após ser rebaixada a segunda divisão italiana por envolvimento em manipulação de resultados, a Juve vivenciava uma reformulação completa, tanto dentro como fora de campo. Se antes a Juventus disputava jogadores com qualquer time do mundo, com a grande crise vivenciada pelo futebol da Itália, a Juve foi obrigada a readequar seu orçamento, investindo em jogadores baratos.

O time, que se sagrou tetra campeão italiano e finalista da Champions League, vem sendo montado desde a temporada 2011/2012. A Juventus investiu em Pogbá, dispensado do Manchester United e que deve ser o grande nome da próxima janela de transferência. Buscou Carlitos Teves, encostado no Manchester City, trouxe Andrea Pirlo, considerado velho e caro demais para o Milan. Buscou Vidal em Leverkusen, e o contestado Morata em Madrid. Ainda trouxe Marchisio de volta de um empréstimo ao Empoli, e Bonucci do modesto Bari. Atletas que se juntaram a Chiellini e Buffon símbolos do renascimento deste gigante.

Com um time "modesto" em relação aos rivais espanhóis, a Juve chega a decisão. FOTO: UEFA
Com um time “modesto” em relação aos rivais espanhóis, a Juve chega a decisão. FOTO: UEFA

Acostumada a ter jogadores como Zinedide Zidade, Michel Platini, Edgar Davids, Pavel Nedved, Fabio Canavarro, Roberto Baggio, Zlatan Ibrahimovic e tantos outros, o maior campeão italiano, se contentou com nomes até então modestos e menos impactantes nas últimas temporadas.

Após os jogos contra o Real Madrid, o atual elenco da Juve não só reafirma o renascimento de um gigante, como coloca em outro patamar um grupo que se doou 100% em cada jogo, com obediência tática, e com um grande trabalho coletivo para superar as adversidades. Eles também recuperam o tradicional jogo defensivo dos italianos.

O mítico goleiro italiano comemora a classificação. FOTO: UEFA
O mítico goleiro italiano comemora a classificação. FOTO: UEFA

A Juventus volta a falar alto, e a mostrar que sua camisa, com mais de cem anos de história, precisa ser respeitada, tanto quanto antes. Chiellini e Buffon, são os símbolos desta restruturação, eles representam para os torcedores da Juve a verdadeira história de superação deste clube nos últimos anos.

Na final do dia 6 de junho, a Juve é novamente o azarão da história, mas para seus torcedores a la Vecchia Signora está mais viva do que nunca. E se coincidência ou não, Buffon, volta ao estádio onde ele levantou a taça do tetracampeonato mundial da Itália em 2006. Que esta final seja tão inesquecível quando a história que a Juventus escreveu até aqui.

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