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A FIFA E O PRÊMIO QUE NEM SEMPRE PREMIA O “THE BEST”

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O prêmio de melhores do ano da FIFA nunca foi um padrão de qualidade admirável. Muitas escolhas foram certas, mas inúmeras vezes a premiação tomou decisões duvidosas. Mas a edição 2018 foi no mínimo exagerada.

Marta e Modric foram escolhidos os melhores jogadores da temporada. Duas escolhas pra lá de questionáveis.

Modric venceu praticamente todas as premiações da categoria, em nível europeu e mundial, mas ainda assim merece um questionamento: ele jogou tudo isso? Seus dois adversários, Salah e Cristiano Ronaldo, tiveram atuações individuais muito mais relevantes que a do croata, mas pesaram os resultados tanto com a seleção, quanto com o Real.

Campeão da Champions junto com CR7, Modric levou a Croácia a uma surpreendente decisão de Copa. Mesmo alternando bons jogos com uma série final apagada, o croata superou CR7 mais pelo resultado da seleção do que pela atuação no mundial. Salah talvez tenha feito a temporada mais impressionante, mas como perdeu a Champions e a Premier League e fez Copa do Mundo de resultados inexpressivos com o Egito – em parte pelo belo trabalho de Sérgio Ramos – ficou de lado na escolha. Aliás, o egípcio ganhou como prêmio de consolação o Prêmio Puskás de gol mais bonito – por um gol que ele fez pelo menos mais quatro mais bonitos – sem merecimento.

A sensação que ficou é que os títulos conquistados e o resultado da Copa do Mundo pesam cada vez mais para FIFA. E pareceu também que a vontade de encerrar os dez anos de alternância entre Messi e CR7 favoreceu Modric.

No feminino, mais absurda foi a sexta eleição de Marta como melhor do mundo. Nada contra a camisa 10 brasileira, que possivelmente foi a melhor atleta de futebol feminino da história, mas ela teve a temporada discreta demais para concorrer ao prêmio. Ainda mais para ganhar. A norueguesa Ada Hagerberger e a alemã Dzsenifer Marozsan, ambas do Lyon, mereciam muito mais. Mas vai saber se quem vota acompanha o futebol feminino…

Voltando a questão Copa do Mundo, técnico sem grande repertório – mas muito eficiente – como Deschamps foi escolhido por ter vencido a Copa do Mundo. Ao meu ver, o trabalho do francês foi bem menos impactante do que o do croata Zlatko Dalić, mas…

Para não parecer que eu reclamo de tudo, Reynald Pedros foi merecimento eleito o melhor técnico de futebol feminino. O que ele faz no Lyon é impressionante. Gostaria que uma mulher vencesse, mas o título ficou em boas mãos.

Courtois mereceu a luva de ouro, como Schmeichel também mereceu e Subasic e tantos outroa. Mas o belga teve mais destaque na Copa e mereceu o posto.

A seleção do FIFA Pro nem merece ser discutida. Se Salah disputou melhor do mundo e Curtois foi escolhido melhor goleiro, porque eles não estão na seleção? Não tinha um lateral para por no lugar do Dani Alves?

Enfim. A verdade é que essas premiações não servem para muita coisa. A não ser para o espetáculo e para as reclamações pós-eleição.

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