A COPA DAS COPAS, TAMBÉM NO BASQUETE?
Fazendo todas as ressalvas referentes as ausências de grandes nomes da NBA, como LeBron James, Manu Ginobilli e Tony Parker, o Mundial de Basquete da Espanha encerrou sua fase com partidas de nível altíssimos, grandes surpresas e jogadas sensacionais. Foram 60 jogas e quase 9 mil pontos.
O grupo A só não pôde ser chamado de grupo da morte porque não iria morrer nenhum dos favoritos. Egito e Irã até deram trabalho em alguns momentos das partidas, mas no fim das contas apenas avalizaram a classificação de Espanha, Brasil, França e Sérvia. Os espanhóis passearam e deram show para a torcida. Em casa e contando com grandes atuações dos irmãos Gasol, de Ricky Rubio, Navarro e Rudy Fernandez, a Espanha confirmou o favoritismo e venceu todos, sem grande dificuldades. A França sofreu muito com os desfalques e num confronto duro, venceu a Sérvia e garantiu o terceiro lugar do grupo, deixando os sérvios em quarto. Cotado como quarta força do grupo, o Brasil jogou um grande basquete e derrotou franceses e sérvios em jogos duríssimos e se classificou como segundo, com Marcelinho, Leandrinho, Raulzinho, Nenê, Varejão e Splitter jogando muito bem.
Mesmo com a segunda posição, o Brasil não enfrentará um adversário mais fraco, isso porque a Argentina, favoritíssima no grupo B, jogou de forma irregular e sofreu muito para se classificar. Derrotas inesperadas para Croácia e Grécia, resultaram na terceira posição da chave, jogando a Argentina no caminho do Brasil logo nas oitavas. Os gregos foram uma grata surpresa, pois vinha cheios de desconfianças e acabaram vencendo todas as partidas, garantindo o primeiro lugar e o confronto contra a Sérvia. Os croatas acabaram ficando na posição onde se esperava que eles ficassem, entretanto, ficaram com a mesma pontuação da Argentina, uma vez que foram derrotados pela surpreendente seleção do Senegal. Os africanos sobreviveram ao “bololô” que foi formado no fim do grupo, entre eles, Porto Rico e Filipinas. Dessa forma, a surpresa ficou pela eliminação de Porto Rico, que parecia ser o virtual classificado, mas conseguiu apenas vencer as Filipinas. Os asiáticos ainda surpreenderam o mundo, ao perder para a Croácia apenas na prorrogação e vencer o Senegal, que conseguiu incríveis vitórias contra Porto Rico e Croácia. Como deu para ver, foi muito “zoado” esse grupo.
No grupo C foi só espetáculo. O Dream Team dos Estados Unidos, mesmo desfalcados de muitos dos craques da NBA, ainda foi avassalador, com Derick Rose, Stephan Curry, Anthony Davis, James Harden, Kenneth Faried e companhia. Sob comando do “Coach K”, os americanos varreram os adversários do grupo e terminaram em primeiro, com quase 200 pontos de saldo, deixando todos os adversários do grupo com saldo negativo. O honroso segundo lugar ficou com os turcos, que chegaram contestados mas fizeram valer a condição de atuais vice-campeões mundiais. Destaque para Asik que apanhou 20 rebotes na partida contra Ucrânia. República Dominicana, Ucrânia e Nova Zelândia se embolaram e conseguiram duas vitórias casa. Pior para os novatos ucranianos, que rodaram no desempate, pois foram os únicos do grupo que não derrotaram a Finlândia, também estreante na competição. O grande destaque do grupo acabou sendo o “haka”, dança típica da Nova Zelândia, que foi uma atração a parte nos jogos da equipe.
No grupo D, um grande saco de pancadas. A Coréia do Sul perdeu todas as partidas e só não teve um saldo de pontos pior do que o do Egito. Angola e México fizeram um disputa ferrenha pela vaga e deu México, no saldo de pontos. A presença dos africanos nessa disputa foi extremamente surpreendente, uma vez que só aconteceu pela vitória inacreditável conquistada na última rodada, sobre a Austrália. Ai residiu a grande polêmica do grupo, pois as acusações de que os australianos perderem para adiar um possível confronto contra os EUA para as semifinais. A disputa pela ponta ficou entre Eslovênia e Lituânia, com os lituanos levando a melhor, com a mesma suspeita de entrega. Os eslovenos são suspeitos de perder, para enfrentar a República Dominicana, teoricamente mais fraca que a Nova Zelândia. Isso tudo no grupo mais fraco da competição.
As oitavas chegaram e a principal atração será o clássico entre Brasil e Argentina, na mesma fase do confronto do último mundial. O Brasil não elimina os hermanos em mundiais a quase 50 anos e os argentinos tentam ir longe, mesmo com o time muito desfalcado. Temos clássico do basquete europeu, no duelo entre Grécia e Sérvia. Enfim, tem jogão vindo por ai.
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