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A AULA DE RENOVAÇÃO DO VÔLEI BRASILEIRO

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O Brasil pode até ser o país do futebol, mas o vôlei não fica nem um pouco atrás. Dos anos 80 para cá, o vôlei brasileiro não para de produzir boas gerações. E dos anos 2000 pra cá, passou a dominar o vôlei mundial. Hoje, se não é soberano, pelo menos não deixa de figurar entre os melhores. Como explicar isso?

O papo da inspiração em gerações anteriores, vitoriosas ou não, você já conhece. Mas vai além disso. A base é o segredo. O Brasil tem uma categoria de base muito forte e a renovação é sempre constante. Clubes como o Sada/Cruzeiro e o Rexona/Rio de Janeiro revelam novos atletas a cada temporada e garantem uma renovação que é crucial para o esporte.

Seleções como o Perú no feminino e a Holanda no masculino são exemplos fortes de grandes seleções que não conseguiram se renovar e ficaram para trás na história do vôlei. Com o Brasil isso não aconteceu. Mesmo sem conquistar todos os títulos das sub-19, sub-18 e afins (que de fato não são o mais importante), o Brasil consegue formar atletas para suas Ligas e dar rodagem a eles na seleção. Isso é renovação. É o que garante que mesmo que um ciclo se encerre, outro comece.

Os exemplos mais recentes tivemos na temporada 2017, tanto na Liga Mundial quanto no Grand Prix.

Liga Mundial

O encerramento de ciclo mais radical foi o da seleção masculina. 16 anos e 28 títulos depois, Bernardinho deixou a seleção. Renan Dal Zotto assumiu uma seleção que já vinha em período de renovação desde os jogos Olímpicos do Rio. Tanto que 10 dos 12 atletas que foram aos últimos jogos estiveram também na Liga Mundial.

Se no Rio o título veio de forma até surpreendente, dessa vez as coisas foram bem complicadas. Aos trancos e barrancos o time ainda conseguiu chegar na decisão da Liga Mundial. Mas como de costume, perdeu a decisão em cara para a França, na fria Arena da Baixada. O título não veio mas o trabalho segue firme. Ainda não se tem certeza de que Renan conseguirá manter o nível de conquistas de Bernardinho, mas dá pra acreditar que ele conseguirá manter o time no primeiro patamar do vôlei.

Brasil e França na Liga Mundial
Wallace tenta superar
bloqueio francês na final da Liga Mundial. FOTO: Valterci Santos/MPIX/CBV

Grand Prix

Já o time feminino surpreendeu muito. Com apenas três campeãs olímpicas no plantel, o Brasil teve uma primeira fase muito difícil. Tropeçou contra seleções como Tailândia e quase não se classificou. Garantiu a classificação na última rodada, depois de vencer os três últimos jogos em casa. Na fase final perdeu para a China, assim como no Rio, mas se classificou para a decisão, vendo a também jovem seleção italiana eliminar as favoritas donas da casa. Na decisão o Brasil foi soberano e, mesmo com um time completamente novo, chegou a mais um título.

Ficou claro que dá para esperar muito de nomes como Roberta, Naiane, Monique, Bia, Suelen, Gabi Souza, Rosamaria, Amanda e Drussyla. Mas é importante ter calma. O objetivo vai além de títulos imediatos. Eles são bons, mas nada é maior do que a criação de um grupo forte, que tem como principal objetivo os Jogos Olímpicos de Tóquio.

O futuro do vôlei

Precisamos dar tempo às duas soluções e esperar para ver os resultados. Tanto a seleção masculina quanto a feminina não estão prontas. Ainda não são as melhores no cenário atual. O caminho é longo e, principalmente no masculino, as mudanças de comando foram muitas. Mas já podemos ficar tranquilos, pois nada indica que passaremos por fazes de decadência no vôlei.

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