COPA DO MUNDO DE RÚGBI – TEMOS O GRANDE CAMPEÃO: ALL BLACKS
Se você buscou algo sobre a Copa do Mundo de Rúgbi que esteve acontecendo nas últimas semanas, com certeza você viu algum elogio ao time da Nova Zelândia. E tenha consciência: foi merecido. A final realizada no sábado (31) eternizou esta seleção e fez o mundo se curvar perante o maior time de todos os tempos que o Rúgbi já viu.
Naturalmente, um grande time não se faz sem um grande rival para engrandecer seu feito. E a Austrália foi este grande rival. Time aguerrido, que lutou com todas as forças disponíveis, mas sucumbiu diante do poderio dos All Blacks.
O jogo entregou o que se esperava: A Austrália forte na defesa, contra a Nova Zelândia que tentaria furar o bloqueio dos vizinhos de continente. Mas na primeira metade do jogo, os homens de preto abriram boa vantagem no placar, indo para o intervalo com 16 x 03 a favor e nada menos que 71% de posse da bola (não estamos falando de um time do Guardiola). No primeiro lance do segundo tempo, try para os neozelandeses e, com 21 x 03, parecia que o título estava assegurado.
Mas não contavam com a astúcia da Austrália, e eles emplacaram dois tries seguidos, fazendo 21 x 17 no placar e Twickenham ir à loucura com a reação relâmpago e espetacular dos wallabies. O jogo ficou um pouco mais equilibrado, mas o craque neozelandês Dan Carter (maior pontuador da história do Rúgbi) “arrumou” um drop goal de impressionantes 40m de distância, abriu mais 4 pontos de vantagem e aí, a Nova Zelândia correu para o seu merecido título.
Não sem antes converter mais um penal (obra de Dan Carter) e converter mais um try, para fechar o placar em 34 x 17 e garantir a posse eterna da taça de campeão. Como na histórica Copa do Mundo de Futebol de 1970, o Brasil garantiu a posse da Taça Jules Rimet com o tricampeonato (que veio a ser roubada e derretida posteriormente), a partir deste sábado que se passou, a Taça Webb Ellis terá residência fixa na Nova Zelândia, após seu tricampeonato.
Na véspera deste jogo, África do Sul bateu a Argentina por 24 x 13 e ficou com o terceiro lugar da competição, confirmando sua tradição. Apesar da inesperada derrota para o Japão na sua estreia, África do Sul fez grande campanha em mais uma Copa do Mundo. A Argentina ficou com o honradíssimo quarto lugar, e a confirmação de um crescimento vertiginoso nos últimos anos.
Aliás, o Rúgbi tem crescido não apenas em território argentino, como no mundo inteiro. Os números que esta Copa do Mundo movimentou demonstram claramente que este foi o maior evento da história do Rúgbi mundial. Foi uma média de 98% de ocupação dos estádios (dois deles para mais de 80mil espectadores), com uma média impressionante de 51.622. Neste quesito, fica atrás apenas das copas do mundo de futebol dos EUA (1994 – 68.991 de média de público) e do Brasil (2014 – 53.592 de média de público). Estima-se que 500 mil turistas transitaram pela Inglaterra em função do Rúgbi, fora os mais de 100 mil presentes nas Fanzones das cidades-sede. A arrecadação com venda de ingressos também bateu recorde, chegando a 80 milhões de Libras (480 milhões de reais).
A audiência da Copa também foi inédita, com mais de 150 milhões de pessoas assistindo somente à final. Somando-se todos os 48 jogos do evento, o número de espectadores chegou a mais de 2 bilhões). Isto para um esporte tradicionalmente admirado em locais não tão populosos, como as ilhas do pacífico.
Por essas e por outras que esta foi a maior Copa do Mundo de Rúgbi de todos os tempos, e nada mais justo que ela consagrar o maior time de todos os tempos do esporte. Justíssimo o título dos All Blacks.
Isto tudo mostra que o Rúgbi vem se tornando cada dia mais forte. Por isto mesmo, já será esporte olímpico a partir da edição dos jogos no Rio de Janeiro, ano que vem. Então, prepare-se, que o Rúgbi vai chegar, e já vai chegar dando tacles em todo mundo!
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