A COPA DO BRASIL SENDO COPA DO BRASIL
Além de caminho mais curto para a Libertadores, a Copa do Brasil sempre foi o paraíso das zebras. Se elas nem sempre chegam ao título, pelo menos nos rendem bons momentos de zoação com as suas vítimas. E na última semana a Copa do Brasil nos lembrou de como ela é boa nisso.
A competição já tinha nos premiado com a classificação do Novo Hamburgo para as oitavas de final, seguindo os passos do bucólico XV de Novembro de Campo Bom. Infelizmente o time gaúcho escalou o meia Preto de maneira irregular e acabou punido pelo STJD, com a perda da vaga. Preto recebeu suspensão de duas partidas, cumpridas contra o J. Malucelli e na partida de ida contra o ABC, em Natal. Entretanto, o jogador ficou sem contrato no intervalo entre os dois jogos e, portanto, para o STJD, o atleta cumpriu apenas uma partida. Uma pena.
Outro que passou raspando foi o bom time do Londrina, que chegou a vencer o Santos por 2×1 no Estádio do Café e segurar o empate em 0x0 na Vila até o intervalo. Não fosse a grande atuação de Robinho e os 2×0 no segundo tempo, o Peixe seria mais uma vítima de zebra na competição.
O Inter foi varrido da competição pelo líder da série B do Brasileirão, o bom time do Ceará. Com uma vitória de 2×1 no Beira Rio e outra de 3×1 no Castelão, o time do veterano Magno Alves despachou um dos postulantes ao título brasileiro, dono de um dos melhores elencos do país. Depois da derrota em casa, o Inter praticamente abdicou da competição, levando um time misto para Fortaleza, dando indícios de que focaria na Copa Sul-Americana.
A mesma possibilidade foi ventilada para o São Paulo, mas o que vimos em campo não foi para isso. O tricolor até poupou Kaká, mas longe de abdicar da competição, trazia a vantagem do 2×1 fora de casa e ainda abriu o marcador. O problema é que a noite foi excessivamente apática e a virada com três gols no segundo tempo, para o Bragantino, integrante da zona de rebaixamento da série B, foi um golpe mais do que merecido.
E o que dizer do Santa Cruz, do lendário Caça-Rato. Uma atuação pífia em casa, não passando do empate em 1×1 com o completamente desconhecido Santa Rita de Alagoas (particularmente é a primeira notícia que tenho desse simpático clube), selou a eliminação dos pernambucanos. A partida de ida havia sido vencida pelos alagoanos por 3×2.
Esse aqui não teve argumento. Naturalmente nada se compara e talvez nunca se comparará ao desastroso feito do Fluminense, ao ser eliminado em casa pelo América-RN. Esse fato merecerá um post só sobre ele, pois não é todo o dia que acontece uma coisa daquelas. Vencer por 3xo fora de casa e sair do intervalo do jogo de volta vencendo por 2×1 é o tipo de coisa que inviabiliza qualquer virada, certo? Bom pergunte ao Fluzão…
Enfim, a Copa do Mundo acabou, mas a zueira continua viva. Os aprendizes de Costa Rica estão firmes na Copa do Brasil. Os grandes é que se cuidem!
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