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O “MILAGRE” DE ALONSO NO GP DA MALÁSIA E A QUASE VITÓRIA DA SAUBER

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Os grandes pilotos costumam se destacar independente do carro que estão pilotando. Basta lembrar dos shows protagonizados por Ayrton Senna quando ainda pilotava os carros da Toleman e da Lotus, que estavam longe de serem os melhores do grid naquela época.

Mas hoje será relembrado o GP da Malásia de 2012 aonde outro grande piloto da história da Fórmula 1 fez uma pilotagem digna de sua capacidade em dirigir carros da Fórmula 1.

A Ferrari estava longe de ter o melhor carro do grid naquele início de temporada. Na etapa anterior, na Austrália, os dois carros da Ferrari não conseguiram chegar ao Q3 na classificatória daquela corrida (Alonso conseguiu terminar a mesma em 5º lugar) e na Malásia Alonso, com muita dificuldade, conseguiu arrumar um 8º lugar no treino classificatório daquela corrida.

“Porém naquela tarde de 25 de março de 2012, a história seria outra: “Momentos antes da largada iniciou-se uma chuva fraca em Sepang, o que obrigou os pilotos a iniciarem a prova utilizando pneus intermediários. Na primeira curva, Button, que largou em segundo, tentou ultrapassar Hamilton, mas não obteve sucesso. O pole position conseguiu manter a liderança. Grosjean fez boa largada saindo do sétimo para o terceiro lugar. Entretanto, o francês chocou-se com Schumacher na curva quatro, e os dois acabaram rodando. Algumas voltas depois, ele perdeu o controle da sua Lotus, atolou na brita e foi o primeiro a abandonar a prova.

Massa ganhou duas posições na primeira volta e passou para décimo colocado. Senna teve problemas na primeira volta, o brasileiro rodou na curva sete e precisou seguir para os boxes. A chuva se intensificou, e os pilotos tiveram que antecipar os pit stops para colocar os compostos de chuva forte. Massa foi para os boxes na terceira volta, o mesmo feito por quase todos os pilotos na passagem seguinte. A chuva aumentava cada vez mais até a direção de prova decidir pela entrada do safety car na sétima volta. Duas voltas depois, por falta de condições, foi dada bandeira vermelha e a corrida foi interrompida. Nesse momento, Hamilton liderava, seguido por Button e Perez.

Temporal após o início da corrida causou a paralisação da mesma por 50 minutos. FOTO: fotos.noticias.bol.uol.com.br
Temporal após o início da corrida causou a paralisação da mesma por 50 minutos. FOTO: fotos.noticias.bol.uol.com.br

Após cinquenta minutos de paralisação, a corrida foi reiniciada sob bandeira amarela e o safety car permaneceu na pista ainda por cinco voltas. Durante a relargada, Hamilton manteve a liderança, enquanto Button seguiu direto para os boxes, para colocar pneus intermediários, estratégia adotada por diversos outros pilotos como Rosberg, Raikkonen e Senna, em razão da melhora de condições da pista. Na volta seguinte, Hamilton, Alonso, Webber e Massa, também fizeram suas paradas. Hamilton demorou no pit stop e voltou atrás do companheiro de McLaren e de Alonso.

Button tinha uma boa estratégia, mas colocou tudo a perder quando se precipitou ao ultrapassar o retardatário Karthikeyan. O inglês tocou o carro da Hispania e precisou voltar para os boxes para trocar o bico da sua McLaren. Nesse momento Pérez liderava, mas logo depois, o mexicano foi superado por Alonso, o mais veloz na chuva.

Alonso fazia uma sequência de voltas mais rápidas, até que a pista começou a secar e Pérez passou a ser o mais rápido e a diferença entre eles caiu drasticamente. A cinco voltas para o fim, a diferença entre os dois era de menos de dois segundos e Pérez tinha a chance de conquistar a primeira vitória da equipe Sauber. Entretanto, perto do fim, ele errou, saiu da pista e Alonso abriu vantagem novamente. O piloto espanhol recebeu a bandeira quadriculada logo em seguida. Perez terminou em segundo e Hamilton em terceiro.”                        

 texto retirado do site pt.wikipedia.org

Imagem do pódio após a corrida. FOTO: www.f1aldia.com
Imagem do pódio após a corrida. FOTO: www.f1aldia.com

Sobre o erro de Pérez há dois fatos a se considerar. Primeiro: os mecânicos da Sauber podem ter causado uma desconcentração no piloto mexicano após falarem para ele que a “segunda posição era importante para a equipe” e pouco após esta fala ocorreu o erro dele na pista. Segundo: alguns “teóricos da conspiração” dizem que o erro de Pérez pode não ter sido erro, mas sim um mero disfarce para impedir que a Ferrari não vencesse a corrida. Como todos sabem, a Sauber é dependente dos motores Ferrari para correr e uma “interferência” a favor de Alonso, disfarçada de erro (vide Cingapura em 2008) não seria nada anormal de ocorrer.

Desconsiderando as “teorias da conspiração” o vídeo a seguir mostra um resumo rápido desta marcante corrida.

Neste ano de 2016, assim como foi em seus primeiros anos, a etapa malaia será uma das últimas corridas da temporada da Fórmula 1. E a disputa acirrada pela liderança entre Hamilton e Rosberg pela liderança do Mundial de Pilotos, vai deixar a corrida ainda mais atrativa.

O circuito da corrida

Primeiro dos circuitos modernos da Fórmula 1 desenhado por Hermann Tilke, o circuito de Sepang, na Malásia, foi aquele que iniciou o aumento da presença da Fórmula 1 no continente asiático, que antes era praticamente restrito somente ao Japão. De lá pra cá, mais sete países do continente, (incluindo a Turquia) sediam/sediaram etapas da Fórmula 1.

Vista aérea do circuito de Sepang onde se realiza desde 1999 o GP da Malásia. FOTO: bandeiraverde.com.br.
Vista aérea do circuito de Sepang onde se realiza desde 1999 o GP da Malásia. FOTO: bandeiraverde.com.br.

O Grande Prêmio da Malásia faz parte do calendário da Fórmula 1 desde 1999. De lá pra cá esteve sempre presente no calendário da principal categoria do automobilismo mundial.

O circuito utilizado é o Circuito Internacional de Sepang localizado na cidade de mesmo nome. No entanto, o que mais se destaca no GP da Malásia é a instabilidade das condições climáticas durante a realização do mesmo. Como a Malásia se localiza numa latitude equivalente à da nossa Floresta Amazônica, a chuva é uma constante nesta corrida. Isto ajuda a aumentar sua emoção.

Imagem da curva que une as duas grandes retas do Circuito de Sepang. FOTO: f1team.leiaja.com.
Imagem da curva que une as duas grandes retas do Circuito de Sepang. FOTO: f1team.leiaja.com.

O circuito malaio é composto por 2 grandes retas, outras retas menores, e 15 curvas, ora rápidas, ora mais lentas que se distribuem ao longo dos seus 5543 metros, os quais os pilotos deverão fazê-lo, em situações normais, por 56 vezes para que se, conheça o vencedor da etapa australiana da Fórmula 1.

O traçado do circuito, pode ser visto na figura a seguir.

Circuito de Sepang onde se realiza o GP da Malásia, desde 1999. FOTO: pt.wikimedia.org.
Circuito de Sepang onde se realiza o GP da Malásia, desde 1999. FOTO: pt.wikimedia.org.

Dados históricos

Foram realizadas até agora, 17 edições do GP da Malásia desde 1999. De lá pra cá, 10 pilotos diferentes venceram lá. O irlandês Eddie Irvine foi o primeiro vencedor da etapa malaia da Fórmula 1. No entanto, Sebastian Vettel é o piloto que até agora mais venceu em Sepang, com 4 vitórias, seguido por Michael Schumacher e Fernando Alonso, com 3 vitórias cada. Por equipes, quem mais venceu até agora foi a Ferrari com 7 vitórias, seguida pela Red Bull, com 3 vitórias.

A pole mais rápida foi feita por Lewis Hamilton pela Mercedes, este ano (2016) com o tempo de 1min 32s 850 e a volta mais rápida foi feita por Juan Pablo Montoya, também em 2004, pela Williams-BMW com o tempo de 1min 34s 223, na época em que os carros usavam os motores V10.

Expectativa para a corrida

Esta temporada está sendo marcada pelos vários “altos e baixos” de Rosberg e Hamilton ao longo da temporada. O alemão começou melhor aos vencer as 4 primeiras corridas do ano. Viu Hamilton roubar-lhe a liderança após o inglês vencer 6 corridas numa sequência de 7 etapas antes das férias de verão. Porém na volta das férias, Rosberg emendou 3 vitórias seguidas e reassumiu a liderança do campeonato após a vitória da última corrida em Cingapura.

As próximas 6 corridas prometem ser emocionantes. Se levarmos em conta o retrospecto desde 2014 cada um deles venceu, pelo menos uma vez em, pelo menos, três das seis corridas restantes. Hamilton na Malásia, no Japão, nos EUA e em Abu Dhabi e Rosberg no México, no Brasil e também em Abu Dhabi. Neste “primeiro round” na Malásia, Hamilton fez a pole e Rosberg sai em segundo. O que não quer dizer muita coisa, já que na Itália a situação era a mesma e quem terminou a corrida como vencedor foi Rosberg.

As Red Bulls se deram melhor no treino classificatório em relação às Ferraris e vão largar logo atrás dos carros da Mercedes, com Verstappen a frente de Ricciardo e assim, podem ampliar a diferença em relação ao time italiano na disputa pelo segundo lugar no Mundial de Construtores.

Já para os pilotos brasileiros, o que vier é lucro. Massa conseguiu levar a Williams ao Q3 e vai largar em 10º, logo a frente de seu companheiro Valtteri Bottas. Já Nasr, continua penando com o péssimo carro da Sauber e vai largar somente em 18º lugar. É este ano foi perdido para os brasileiros na Fórmula 1.

Nico Rosberg vence de GP de Cingapura, com Daniel Ricciardo em segundo e Lewis Hamilton em terceiro. FOTO: formula1.com
Nico Rosberg vence de GP de Cingapura, com Daniel Ricciardo em segundo e Lewis Hamilton em terceiro. FOTO: formula1.com

Resultado do treino classificatório

classificacaotreinomalasia

Horário:

Corrida – 02/10/2016 (domingo), 04:00h (horário de Brasília)

A corrida será transmitida pela Rede Globo. Boa corrida para todos.

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