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RIO TEM VENDAVAL, SURPRESAS NO TÊNIS E OURO DO KOSOVO

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De cara o Parque Olímpico amanheceu com um susto. Uma ventania assolou o Rio de Janeiro e inúmeros transtornos foram sofridos, como por exemplo o cancelamento de algumas modalidades, como o remo.

O tiro sempre abre o dia com medalhas. E como de costume, a China sempre está envolvida. Zhang Mengxue levou o ouro na prova de pistola de ar 10 m, derrotando a russa Vitalina Batsarashkina. O bronze ficou com a grega Anna Korakaki. Na prova da fossa olímpica feminina, a australiana Catherine Skinner venceu a neozelandesa Natalie Rooney por 12×11 na final e levou o ouro. O bronze ficou com a americana Corey Cogdell.

No judô, um dia abaixo do esperado para o Brasil. Na categoria até 66kg, Charles Chibana foi eliminado pelo favoritíssimo japonês Masashi Ebinuma, que no fim terminou com o bronze. O ouro da categoria foi para o italiano Fabio Basile, que levou a melhor sobre Baul An, da Coréia do Sul, na decisão. Rishod Sobirov, do Uzbequistão, conquistou o outro bronze. Já Erika Machado, favorita ao ouro na categoria até 52kg, perdeu nas quartas de final e, por meio da repescagem, disputou o bronze, sendo derrotada pela japonesa Misato Nakamura. Nesta prova o Kosovo conseguiu sua primeira medalha de ouro da história, com Majlinda Kelmendi, que derrotou Odette Giuffrida da Itália. Com este ouro, o Kosovo é o centésimo país a conquistar uma medalha olímpica na história. O outro bronze da categoria ficou com a russa Natalia Kuziutina.

Teve pódio asiático no levantamento de peso. Na prova até 53kg feminino, Hsu Shu-ching, da Taipé Chinesa, ficou com a medalha de ouro. A prata ficou com as Filipinas, de Hidilyn Dias, e o bronze com a sul-coreana Yon Jin-Hee. A surpresa foi a brasileira Rosane do Reis, que terminou em quinto, o melhor resultado do país na história do esporte. A fato curioso ficou por conta da chinesa Yajun Li, que bateu o recorde olímpico no arranco e, logo depois, foi eliminada ao falhar no arremesso. Na prova até 56kg masculina, a China teve mais sucesso. Qinquan Long ergueu 307 kg (137kg no arranco e 170kg no arremesso) e quebrou o recorde mundial da categoria. A prata ficou com o tricampeão mundial Yun Chol Om, da Coreia do Norte, e o bronze com Sinphet Kruaithong, da Tailândia.

Começaram a sair as medalhas nos saltos ornamentais do Rio 2016. No trampolim de 10m sincronizado, o ouro foi para a dupla da China, Wu e Shi, seguida da Itália e da Austrália. Além do ouro, Wu Minxia levou para casa também uma marca histórica. Vencedora da mesma prova em Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012, a saltadora de 30 anos tornou-se a primeira tetracampeã Olímpica da história do esporte.

Assim como aconteceu com Nathalie Moellhausen, o brasileiro Guilherme Toldo conseguiu o melhor resultado da história da esgrima brasileira, ao alcançar as quartas de final da prova de florete. Ele foi eliminado pelo italiano Daniele Garozzo, que depois conquistou o ouro sobre Alexander Massialas, dos EUA. O bronze ficou com o russo Timur Safin.

Comemoração típicamente italiana de Daniele Garozzo com o ouro no florete. FOTO: Getty Images/Alex Livesey
Comemoração tipicamente italiana de Daniele Garozzo com o ouro no florete. FOTO: Getty Images/Alex Livesey

A prova feminina do ciclismo de estrada não poderia ter um final mais emocionante. Após 136,9 km pedalados, as três primeiras colocadas terminaram quase empatadas. Por muito pouco, a medalha de ouro ficou com a holandesa Anna van der Breggen, seguida pela sueca Emma Johansson, prata, e pela italiana Elisa Longo Borghini, bronze. A brasileira Flávia Oliveira terminou em sétimo, garantindo a melhor marca da história do país na categoria. A prova, porém, também reservou um momento tenso: o acidente de Annemiek van Vleuten, justamente quando ela liderava a prova, a 12 km do fim.

https://youtu.be/XOmbbIHuhN0

E a Coreia do Sul dominou também a prova por equipes feminina de tiro com arco, confirmando sua hegemonia absoluta na prova e segue como o único país a ganhar os ouros desde a inclusão do esporte, em Seul 1988. O trio campeão foi liderado pela estrela Ki Bobae, além de Choi Misun e Chang Hyejin. A prata ficou com a Rùssia e o bronze com Taipé Chinesa.

No handebol, o time masculino do Brasil surpreendeu e venceu a Polônia, atual terceira colocada no Mundial, largando bem no grupo. O mesmo não pode ser dito dos rapazes do basquete, que estrearam perdendo para a tradicional seleção da Lituânia. Pelo mesmo grupo, veio a grande zebra: a Croácia bateu a Espanha de Pau Gasol. Na quadra, o time de vôlei masculino do Brasil perdeu o primeiro set para a inexpressiva seleção mexicana, mas virou para 3×1. Mas teve zebra também: os EUA levou um inesperado 3×0 do Canadá. No vôlei de praia resultados bem opostos: vitória da dupla feminina sobre a Rússia e derrota da masculina, Pedro Solberg e Evandro, contra Cuba. O que chamou a atenção foi a dupla feminina do Egito, que superou a repressão sofrida pelas mulheres, para disputar os jogos. Doaa Elgobashy, de 19 anos, joga de hijab, uma espécie de véu sobre a cabeça, e, assim como sua parceira Nada Meawad, atuam de calça, pois não podem mostrar as pernas.

Dupla do Egito perdeu para alemãs por 2 sets a 0. FOTO: YASUYOSHI CHIBA/AFP/Getty Images
Dupla do Egito perdeu para alemãs por 2 sets a 0. FOTO: YASUYOSHI CHIBA/AFP/Getty Images

Estão definidas as semifinais do torneio feminino de rugby de sete. Austrália, Canadá, Grã-Bretanha e Nova Zelândia passaram pelas quartas-de-final no Estádio de Deodoro, seguindo na briga pelo primeiro ouro do esporte nos Jogos Olímpicos.

No futebol masculino, mais um vexame do Brasil, que não passou de um 0x0 com o Iraque, correndo risco de cair ainda na primeira fase. A Colômbia também se complicou ao empatar em 2×2 com o Japão. O mesmo aconteceu com a Alemanha, que não passou de um 3×3 com o Coréia do Sul, colocando a corda no próprio pescoço. O México tomou um gol de Fiji e chegou a estar perdendo o jogo para o time da Oceania por boa parte do primeiro tempo (algo inimaginável).

As zebras passearam a galope nos torneios de tênis do Rio. As irmãs Williams, favoritaças ao ouro nas duplas, caíram na primeira rodada contra a dupla tcheca. Vênus também caiu na primeira fase de simples. Nas duplas masculinas, os brasileiros André Sá e Thomas Bellucci eliminaram os irmãos Murray, favoritos também ao ouro. Mas nada se comparou a eliminação de Novak Djokovic. O sérvio número 1 do mundo e franco favorito ao título, foi eliminado da chave de simples pelo argentino Juan Martin Del Potro, que passou por três anos de contusões e incertezas na carreira. Sem dúvida a maior surpresa dos jogos, logo na primeira rodada.

Djoko e Delpo choram na rede após jogo histórico. FOTO: Reuters
Djoko e Delpo choram na rede após jogo histórico. FOTO: Reuters

O fim do dia foi de finais épicos na natação. Nos 100m peitos, o britânico Adam Peaty bateu seu próprio recorde mundial – conquistado nas semi-finais – com o tempo de 57s13. A prata ficou com o sul-africano Cameron Van Der Burgh e o bronze com o americano, Cody Miller. Na prova feminina, o ouro ficou com a sueca Sarah Sjorstrom, que também bateu o recorde mundial, com o tempo de 55s48. A prata ficou com Penny Oleksiak, do Canadá, e o bronze com Dana Vollmer, dos EUA. Nos 400m livres feminino, adivinha? Mais recorde mundial! Kate Ledecky, dos EUA, venceu com tempo de 3min 56s 46. Ela já havia batido o recorde olímpico nas semis. A britânica Jazmin Carlin ficou com a prata e o bronze foi para Leah Smith, dos EUA. Para encerrar o dia, o lendário Michael Phelps conquistou seu 19 ouro olímpico. No revezamento 4x100m livres, os EUA superaram França e Austrália – prata e bronze, respectivamente.

Michael Phelps comemora o ouro conquistado no revezamento 4x100m livre, na noite deste domingo. FOTO: Reuters
Michael Phelps comemora o ouro conquistado no revezamento 4x100m livre, na noite deste domingo. FOTO: Reuters

E foi assim que terminou o segundo dia de competições. Fique ligado no quadro de medalhas.

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