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MARATONA, DREAM TEAM E O VÔLEI DO BRASIL ENCERRAM A RIO 2016

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Foi dia de se despedir dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Saíram os últimos campeões olímpicos das Olimpíadas do Brasil. E com muitas histórias boas para contar.

O dia começou com a decisão do mountain bike. O suíço Nino Schurter, aos 30 anos, ganhou o ouro e chegou ao seu terceiro pódio nos Jogos, todos com medalhas de cores diferentes. Pentacampeão mundial, Nino havia conquistado a prata na prova em Londres 2012 e o bronze em Pequim 2008. O suíço, que completou o circuito de 30km em 1h33min28s, é o primeiro atleta do esporte a ter três medalhas Olímpicas. A medalha de prata foi para o tcheco Jaroslav Kulhavy, que era o atual campeão, e o espanhol Carlos Nicolas completou o pódio.

E na ginástica rítmica deu Rússia. A segunda colocação na fase classificatória não passou de um susto das russas, que alcançaram o penta da competição por equipes da ginástica rítmica, uma soberania absoluta no esporte, que perdura desde Sydney 2000. De lá para cá, somente atletas russas ganharam o ouro – cinco no individual e outros cinco por equipes. O quinteto russo, formado por Vera Biriukova, Anastasia Bliznyuk, Anastasiia Maksimova, Anastasiia Tatareva e Maria Tolkacheva. A Espanha, que havia superado as russas na fase de classificação, levou a prata, mesma pontuação da Bulgária, que ficou com o bronze.

O Uzbequistão foi o destaque do último dia de disputas do boxe nos Jogos Rio 2016. O país asiático ganhou duas das quatro medalhas de ouro em disputa. Estados Unidos e França também subiram ao topo do pódio. No peso mosca (até 52kg) masculino, a vitória foi de Shakhobidin Zoirov, que superou o russo Misha Aloian por pontos. O venezuelano Yoel Finol e o chinês Jianguan Hu ficaram com os bronzes. A outra vitória uzbeque na noite veio no peso médio-ligeiro (até 64kg), com Fazliddin Gaibnazarov, que superou Lorenzo Collazo, do Azerbaijão, por pontos. Artem Harutyunyan, da Alemanha, e Vitaly Dunaytsev, da Federação da Rússia, ganharam o bronze. No único combate feminino do dia, pelo peso médio (até 75kg), o ouro foi para a americana Claressa Shields, que chegou ao bicampeonato Olímpico. Nouchka Fontjin, da Holanda, ficou com a prata e Qian Li, da China, e Dariga Shakimova, do Cazaquistão, ficaram com o bronze. No superpesado masculino (acima de 91kg), o título ficou com o francês Tony Yoka, que superou o britânico Joe Joyce no combate decisivo. Filip Hrgovic, da Croácia, e Ivan Dychko, do Cazaquistão, completaram o pódio.

Na outra luta do dia, a olímpica, teve até bizarrice. O russo Soslan Ramonov não deu chance para Toghrul Asgarov, do Azerbaijão, na disputa da medalha de ouro da luta Olímpica estilo livre, categoria 65kg. Nas lutas de repescagem, ficaram com o bronze Ikhtiyor Navruzov, do Uzbesquistão, e Frank Chamizo Marquez, da Itália. Ai veio a bizarrice. Irritados com a penalidade por falta de combatividade para o atleta Mandakhnaran Ganzorig – que acabou decidindo a luta em favor do rival, Navruzov, do Uzbequistão – os dois treinadores invadiram o tapete e começaram a tirar as roupas. A fúria não se resumiu ao tapete de lutas. Ao passar pela zona mista aos prantos, Ganzorig chutou a grade que o separava dos jornalistas. A categoria até 97kg reservou mais um ouro para os Estados Unidos. Aos 20 anos, o americano Kyle Frederick Snyder bateu Khetag Goziumov, do Arzeibaijão, e se tornou o atleta mais jovem do país a receber um ouro no esporte. Ficaram com o bronze o uzbeque Magomed Idrisovitch Ibragimov e o romeno Albert Saritov, que quebrou um jejum de 24 anos de seu país sem medalha no esporte.

Seminus, treinadores da luta olímpica da Mongólia protestam contra marcação da arbitragem. FOTO: Reuters
Seminus, treinadores da luta olímpica da Mongólia protestam contra marcação da arbitragem. FOTO: Reuters

A Dinamarca não tinha nenhuma medalha olímpica no handebol masculino antes do Rio 2016. A França havia vencido as últimas duas edições dos Jogos e lutava pelo inédito tri. Mas o improvável aconteceu e foram os dinamarqueses que comemoram ao fim do torneio, vencendo por 28 a 26 é o maior resultado da história dinamarquesa no handebol masculino. Até então, a equipe tinha o bicampeonato europeu como maior feito. Em 2011 e 2013, os dinamarqueses foram vice-campeões mundiais. O herói do título dinamarquês foi Mikkel Hansen, que marcou oito gols na final. A Alemanha venceu a Polônia por 31×25 e ficou com o bronze.

Para o Brasil, o final apoteótico veio no vôlei masculino. A expectativa de grandes jogos no Maracanãzinho se confirmou. Primeiro, foi a vez da atual campeã olímpica garantir seu lugar no pódio. De pois de ser vencida pela Rùssia nos dois primeiros sets, a seleção americana reagiu e virou, fechando em 3 sets a 2, parciais de 23/25, 21/25, 25/19, 25/19 e 15/13. Se esperava algo assim na final, mas o Brasil teve uma atuação de gala. Conquistou o tricampeonato olímpico ao bater a Itália por 3 sets a 0 (25/22, 28/26 e 26/24) e entrou para o seleto hall de equipes com três medalhas de ouro, igualando os feitos de Estados Unidos e da extinta União Soviética. Foi a despedida emocionante de Serginho, que aos quarenta anos encerrou definitivamente sua carreira.

Brasileiros partem para o tradicional peixinho, marca registrada nas vitórias da seleção brasileira FOTO: Getty Images/Tom Pennington
Brasileiros partem para o tradicional peixinho, marca registrada nas vitórias da seleção brasileira FOTO: Getty Images/Tom Pennington

O último ouro dos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi um dos dados como mais certos pelo mundo esportivo. Pela 15ª vez em 17 participações, a seleção masculina de basquete dos Estados Unidos levou mais um ouro. A vitória americana por 96 a 66 sobre a Sérvia na Arena Carioca 1 foi a última partida dos Jogos. Com um elenco formado por astros da NBA, o Dream Team não deu chance à Sérvia na final, ao contrário do que aconteceu na partida entre as equipes na primeira fase, quando os favoritos venceram apertado, por apenas três pontos. O ala Kevin Durant foi o cestinha da final, com 30 pontos marcados. A conquista foi histórica para o ala Carmelo Anthony, que, em sua quarta participação, tornou-se o primeiro tricampeão Olímpico da história do basquetebol. O bronze ficou com a Espanha, que vinha de duas pratas olímpicas, após a vitória suada sobre a Austrália por 89 a 88.

E na cerimônia de encerramento, veio o pódio da maratona. Nada mais justo que homenagear os atletas da modalidade mais tradicional dos jogos. Com o melhor tempo do ano em maratonas e o segundo da história, com 2h03m05s, obtido em Londres em abril, o queniano Eliud Kipchoge chegou aos Jogos Olímpicos Rio 2016 como o principal favorito. E confirmou os prognósticos ao cruzar a linha de chegada do Sambódromo em 2h08min44s, com o etíope Feyisa Lilesa, ficando com a prata e o americano Galen Rupp, com o bronze. Dos três brasileiros, o melhor foi Paulo Roberto de Almeida Paula, que terminou na 15ª colocação.

Eliud Kipchoge cruza a linha de chegada da maratona Olímpica no Sambodromo FOTO: Alex Ferro/Rio 2016
Eliud Kipchoge cruza a linha de chegada da maratona Olímpica no Sambodromo FOTO: Alex Ferro/Rio 2016

Para encerrar a festa, teve uma bela cerimônia de encerramento, que encaminha os jogos para Tóquio. Fique com o quadro de medalhas e com a expectativa de mais festa na próxima edição dos jogos.

quadrofinal

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