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TEMOS SELEÇÃO, FALTA TRABALHO

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Desde o desastroso 7 a 1 que sofremos para a Alemanha, nosso futebol tem sido colocado em cheque, e não é para menos. Alguns acreditam que não temos uma boa geração, que falta atletas capazes de vestir a amarelinha e representar nosso futebol da forma que ele merece, que vivemos de uma única estrela, Neymar…. Bem que algumas coisas são verdades, mas nem tudo.

A próxima Copa, em 2018, pode surpreender, e penso que positivamente. Acredito que temos grandes valores. O que precisamos é de trabalho, não futebol por resultado, onde o treinador pensa apenas em não perder sua boquinha na seleção, como é hoje. É preciso formar uma equipe, não apenas pensando em 2018, mas também para os próximos anos, com base consolidada, onde se troque peças pontuais, seja por idade ou qualidade técnica. Assim criamos gerações vencedoras e nos tornamos o país do futebol.

O técnico da seleção terá trabalho para reerguer o time. FOTO: Reuters
O técnico da seleção terá trabalho para reerguer o time. FOTO: Reuters

Posição por posição, temos bons jogadores, algumas boas promessas, outros já consolidados. No gol, Alisson mostra que pode ser o goleiro dos próximos anos, se manter o nível estará em uma grande equipe na Europa em pouco tempo. Marcelo Grohe, Diego Alves e Neto são outras boas opções. A curto prazo, devido à idade avançada, temos Victor e Fábio.

A lateral direita, hoje conta com Daniel Alves, 32 anos, não deve ser opção para a Copa, Fabinho e Danilo brigam por vaga. O primeiro me surpreende por sua qualidade técnica, saber jogar também com a esquerda, bom cruzamento, ataca bem e tem qualidade na defesa, mesmo com constantes convocações nunca teve respaldo de Dunga para jogar, vide a Copa América. Danilo passa por um momento de transição, ainda não se firmou no Real Madrid, o que é natural, mas em breve será titular por sua qualidade já comprovada. Ainda podemos contar com Mário Fernandes, Marcos Rocha, e porque não Zeca, jogadores com muita qualidade.

Na defesa, Thiago Silva já demonstrou não estar à altura da seleção, David Luiz, pode render, mas precisa de mais controle emocional. Hoje com Miranda como titular e homem de confiança de Dunga, temos um problema. Se em 2014 era um nome a ser considerado para a Copa, agora Miranda está lento, é fraco em jogadas aéreas e tem sombras jovens que mereciam oportunidades. Marquinhos do PSG é o grande nome da posição, um grande jogador e tem tudo para ser titular absoluto do Brasil. Gil merece as oportunidades que vem tendo, seguro e sério fez bons jogos. Mas é preciso olhar para Jemerson do Galo, e Wallace do Mônaco, jovens com grande potencial. Ainda tem Dedé, que volta de lesão, e sempre esteve nas listas dos melhores na posição atuando no Brasil.

Na lateral esquerda, Marcelo ainda é a melhor opção, Felipe Luiz, eu considero limitado e muito parecido com o técnico da seleção, muito mais vontade do que técnica. Alex Sandro e Douglas Santos, são opções que devem ser testadas agora, para já ir ganhando “cancha” em vestir a amarelinha. Wendell do Bayer Leverkusen também vem se destacando.

A geração pós 7x1 sofre com a desconfiança no time. FOTO: Claudio Reyes/Getty
A geração pós 7×1 sofre com a desconfiança no time. FOTO: Claudio Reyes/Getty

O meio de campo é a parte mais emblemáticas no meu ponto de vista. Se a nossa dupla de volantes formada por Luís Gustavo e Elias agrada a muitos, acredito que neste ponto que Dunga mais tem pecado, deixando muita gente boa de fora. Luís Gustavo é bom, quando não joga faz falta sua proteção à frente da defesa. Elias, mesmo tendo feito um bom Brasileiro, não o acredito que jogará a Copa, tem sido importante para o momento. É um bom jogado. Mas é preciso levar em consideração Casemiro, hoje incontestável dentro do Real Madrid, é a opção perfeita para formar dupla com Luís Gustavo. Fernandinho não vai chegar a Copa, por isso acredito que dar oportunidades para jogadores como Lucas Silva, Thiago Maia, Wallace, Rodrigo Caio, e Rafinha, seria mais interessante se pensarmos a longo prazo.

Se para Oscar parece ter faltado passar necessidade na vida para dar valor a infinidade de oportunidades que já teve, Felipe Anderson, Philippe Coutinho e Roberto Firmino clamam por oportunidades. Os dois jogadores do Liverpool voltaram a jogar bem. Lucas Lima foi bem quando utilizado, e também é boa opção.

Neymar é o principal nome da seleção atualmente. FOTO: Reuters
Neymar é o principal nome da seleção atualmente. FOTO: Reuters

No ataque, Neymar é absoluto, como vem sendo no próprio Barcelona, e na minha humilde opinião, hoje só fica atrás de Messi. Douglas Costa, ganhou maturidade e se desenvolveu de forma assustadora depois de ser comandado por Pep Guardiola, também tem se consolidado na seleção. Willian, depois de Neymar, é o jogador brasileiro com mais destaque na Europa, vem salvando o Chelsea e Mourinho, tem feito jogos absurdos.

Porém, algumas peças certamente não estarão em 2018 e não apresentam grandes perspectivas para o futuro. Ricardo Oliveira, fez um 2015 surpreendente, até entendo suas convocações, mas se queremos criar um grupo para o presente e futuro, Gabriel Barbosa, é uma opção mais acertada, com grandes jogos e também sempre decisivo para o Santos, o garoto demonstra que pode sim assumir a posição de atacante da seleção, dando mais velocidade e técnica a equipe. Acredito que seria o encaixe perfeito para o ataque rápido que temos.

Luan do Grêmio, Gabriel Jesus do Palmeiras, Alisson do Cruzeiro, Andreas Pereira do Manchester United, Valdivia e Vitinho do Inter, são outros grandes valores que em algum momento podem ser testados. Claro que faltam alguns nomes que não me vem à memória neste momento, mas esta é uma prova que podemos e temos condições de sobra para formar uma grande seleção, basta o nosso técnico acreditar e parar com algumas improváveis apostas, dando oportunidade para quem, de fato, pode escrever nossa história no futuro.

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