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ESPANHA 2000 – A DUPLA ULTRAPASSAGEM DE RUBINHO NOS IRMÃOS SCHUMACHER

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f1Uma ultrapassagem sempre é um momento de destaque em disputas. No automobilismo nem se fala. Mas há algumas que costumam ser muito complexas e que passam para a história.

O artigo de hoje relembrará o GP da Espanha de 2000, aonde o, sempre questionado, Rubens Barrichello, executou uma rara dupla ultrapassagem sobre, nada mais, nada menos, os irmãos Michael (7 vezes campeão do mundo na Fórmula 1) e Ralf (bem menos famoso que o irmão) Schumacher.

Rubens Barrichello na temporada do ano 2000 da Fórmula 1. Algumas corridas seguintes, na Alemanha, ele alcançou sua primeira vitória na Fórmula 1. FOTO: ivananderson.wordpress.com
Rubens Barrichello na temporada do ano 2000 da Fórmula 1. Algumas corridas seguintes, na Alemanha, ele alcançou sua primeira vitória na Fórmula 1. FOTO: ivananderson.wordpress.com

Naquele dia “a corrida começou com Schumacher a afastar-se da concorrência, liderada por Mika Hakkinen. O alemão até nem largou bem, mas conseguiu bloquear o piloto da McLaren o suficiente para manter a liderança na primeira curva. Ralf Schumacher era o terceiro, mas segurava Coulthard e Barrichello, enquanto que Villeneuve era o sexto, segurando também boa parte do pelotão. As coisas ficaram assim até à volta 21, quando Villeneuve desiste com problemas mecânicos.

Três voltas depois, Schumacher ir para as boxes para o seu primeiro reabastecimento que demorou demasiado para um dos seus mecânicos, causando ferimentos ligeiros. O alemão perdeu a liderança para Hakkinen, mas o finlandês foi às boxes na volta 26, com um bom reabastecimento, que permitiu a Schumacher ficar na frente por 0,6 segundos. O alemão tentou afastar-se nas voltas seguintes do finlandês, mas não conseguia mais do que um avanço de menos de um segundo.

As coisas mantiveram-se assim até à volta 41, altura em que foram juntos para o segundo reabastecimento. Hakkinen demorou sete segundos e foi-se embora, mas Schumacher demorou mais dez segundos com problemas no reabastecimento. Quando o alemão voltou à pista, as coisas ficaram resolvidas a favor da McLaren e do piloto finlandês.” (texto retirado do blog Continental Circus)

“Schumacher retorna à pista muito lento, com suspeita de ter um pneu furado. Logo o alemão tinha Coulthard em seu encalço e mesmo mais lento, Schumacher bloqueou Coulthard por uma volta, mas sua situação estava tão feia, que o escocês passou o piloto da Ferrari por fora na curva um. Os próximos seriam seu irmão Ralf e Barrichello, colado na Williams. Michael estava claramente com problemas, mas seria melhor ajudar o amado irmão mais novo ou à equipe? A resposta foi dada quando Ralf Schumacher tentou a ultrapassagem no final da reta oposta, mas Michael não entregou os pontos e ambos fizeram a próxima curva lado a lado. No limite, ambos acabaram escorregando e quem se aproveitou bem foi Barrichello, ultrapassando os irmãos Schumacher numa bela manobra por dentro,… que no final dessa volta (Michael) fez uma não-planejada terceira parada. 

Michael Schumacher voltou à corrida em quinto, enquanto Hakkinen correu tranquilo até o fim para uma bem vinda e popular primeira vitória no ano 2000. Mesmo com uma semana sombria e cheio de dores, David Coulthard completava a dobradinha da McLaren, enquanto Barrichello coletava mais um pódio.” (texto retirado do blog GP Express)

Rubens Barrichello em comemoração no pódio com o vencedor da corrida, o finlandês Mika Hakkinen. FOTO: continental-circus.blogspot.com
Rubens Barrichello em comemoração no pódio com o vencedor da corrida, o finlandês Mika Hakkinen. FOTO: continental-circus.blogspot.com

A rara manobra em questão executada pelo piloto brasileiro, pode ser vista no vídeo a seguir.

Desde 2012, a etapa espanhola é aquela que abre a chamada “temporada europeia” na Fórmula 1. Em Montmeló as equipes costumam apresentar novidades em seus carros para o restante da temporada e neste ano não será diferente. O diferente, até agora, foram às quatro vitórias seguidas de Rosberg na temporada sem dar a mínima chance para o seu companheiro de equipe Lewis Hamilton. Será que este ano dá Rosberg ao final da temporada?

O circuito da corrida

O Grande Prêmio da Espanha já foi disputado em 4 circuitos diferentes (Pedralbes, Jarama, Montjuïc e Jerez) antes do que utilizado desde 1991 pela F1. O circuito localizado na cidade de Montmeló deteve por muito tempo o recorde de maior reta dos circuitos utilizados Fórmula 1 (atualmente pertence ao Circuito de Xangai, na China).

Vista aérea do circuito da Catalunha onde se realiza desde 1991 o GP da Espanha. FOTO: www.globalmotorsport.net
Vista aérea do circuito da Catalunha onde se realiza desde 1991 o GP da Espanha. FOTO: www.globalmotorsport.net

Bem, apesar do “retão” existente é um circuito onde se é difícil ultrapassar (melhorou esta característica após os carros passarem a utilizar as asas traseiras móveis). Essa característica acabou gerando um fato, no mínimo curioso: de 1991 até 2012, todos os vencedores tinham largado necessariamente em uma das três primeiras posições no grid. Fernando Alonso quebrou esta escrita em 2013, pois venceu a corrida, apesar de ter largado somente em quinto no grid.

Reta dos boxes do Circuito da Catalunha vista por trás. FOTO: lleureioci.wordpress.com
Reta dos boxes do Circuito da Catalunha vista por trás. FOTO: lleureioci.wordpress.com

Os 4655 metros são compostos por algumas retas e 16 curvas. Em situações normais, os pilotos deverão fazer este traçado por 66 vezes para que se, conheça o vencedor da etapa espanhola da Fórmula 1. O traçado do circuito, pode ser visto na figura a seguir.

Circuito da Catalunha onde se realiza o GP da Espanha, desde 1991. FOTO: ra-gmr.blogspot.com.br.
Circuito da Catalunha onde se realiza o GP da Espanha, desde 1991. FOTO: ra-gmr.blogspot.com.br.

Como o circuito da Catalunha costuma ser utilizado durante os testes de inverno, lá é provavelmente o lugar aonde pilotos e equipes tem menos dificuldade em configurar o acerto de seus respectivos carros.

Dados históricos

Nas 48 edições realizadas até agora do GP da Espanha desde 1951 (ocorreram períodos neste espaço de tempo em que a corrida não foi realizada lá ou não valeu para o campeonato daquele ano), 28 pilotos diferentes venceram lá. O argentino Juan Manuel Fangio foi o primeiro vencedor, em 1951, correndo no circuito de Pedralbes. Em Montmeló (circuito atual) o primeiro vencedor foi o inglês Nigel Mansell em 1991.

O maior vencedor de GPs da Espanha (e também maior vencedor no circuito de Montmeló) é o alemão Michael Schumacher com 6 vitórias, seguido por Jackie Stewart, Nigel Mansell, Alain Prost e Mika Häkkinen, com 3 vitórias cada. Por equipes, quem mais venceu até agora foi a Ferrari com 12 vitórias (8 em Montmeló), seguida pela McLaren, com 8 vitórias (4 em Montmeló).

A pole mais rápida foi feita por Mark Webber pela Red Bull em 2010 com o tempo de 1min 19s 995 (com os carros com motores V8) e a volta mais rápida foi feita por Kimi Raikkonen em 2008, pela Ferrari com o tempo de 1min 21s 670 (também com os carros com motores V8).

Expectativa para a corrida

Finalmente começa a “temporada europeia” da Fórmula 1 em 2016. O início das corridas na Europa marca um novo momento do campeonato dentro do planejamento das equipes e dos pilotos. Aqueles que começaram bem buscam se manter no bom momento, enquanto aqueles que começaram mal buscam reagir no campeonato.

Dos que não estão em bom momento, podemos citar dois destaques: Lewis Hamilton e Danii Kvyat.

O inglês vem tendo um misto de azar, alguma incompetência, e o grande momento que vive o seu companheiro de equipe Nico Rosberg desde o final de 2015. Azar, do carro já ter dado o mesmo problema em duas das quatro corridas nesta temporada. Incompetência, por ter feito a pole e ter largado mal nas duas primeiras corridas. Além disso, Nico Rosberg vem “voando” desde o final do ano passado. Já são sete vitórias seguidas, igualando os recordes de M. Schumacher e Ascari e alemão segue agora em busca da marca maior, que pertence ao compatriota Sebastian Vettel, que é de 9 vitórias seguidas. Abre o olho Hamilton! Rosberg não parece disposto a ficar somente com o vice, como foi nos anos anteriores.

Já Danii Kvyat, após dois incidentes com Vettel nas últimas duas corridas, foi “rebaixado” da Red Bull para a Toro Rosso, enquanto Max Verstappen, foi “promovido” da Toro Rosso para a Red Bull. A notícia pegou todo mundo de surpresa. Isso provavelmente ocorreria para a temporada de 2017. Mas após os erros de Kvyat somado a um interesse demonstrado por Ferrari e Mercedes por Max, os chefões da Red Bull decidiram promover a troca ainda em 2016, como uma forma de afastar interessados em um piloto que seja capaz de levar o time austríaco novamente ao topo da Fórmula 1. O que irá acontecer daqui pra frente? Só vendo as próximas etapas para sabermos se foi um bom negócio para todos os envolvidos nesta questão.

Danii Kvyat e Max Verstappen já com os uniformes de suas novas escuderias durante entrevista na Espanha. FOTO: globoesporte.globo.com
Danii Kvyat e Max Verstappen já com os uniformes de suas novas escuderias durante entrevista na Espanha. FOTO: globoesporte.globo.com

Os pilotos brasileiros lutam por objetivos diferentes. Se Felipe Massa e as Williams buscam se aproximar das Red Bulls na disputa pelo posto de terceira equipe da temporada, Felipe Nasr e a Sauber buscam “sair da rabeira” na temporada. Os carros suíços estão conseguindo ficar atrás até dos carros da Manor que, até ano passado, tinham ritmo de corrida de carros da GP2. Agora é o momento de revermos os clássicos circuitos no continente aonde tudo começou na história da Fórmula 1.

Nico Rosberg vence da Rússia, com Lewis Hamilton em segundo e Kimi Raikkonen em terceiro. FOTO: formula1.com
Nico Rosberg vence da Rússia, com Lewis Hamilton em segundo e Kimi Raikkonen em terceiro. FOTO: formula1.com

Horários:

Classificação – 14/05/2015 (sábado), 09:00h (flashs ao final do treino na TV aberta) (horário de Brasília),

Corrida – 15/05/2015 (domingo), 09:00h (horário de Brasília)

Os flashs do treino e a corrida serão transmitidos pela Rede Globo. Boa corrida para todos.

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