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O MUNDIAL DE HANDEBOL E A LUTA PARA O ESPORTE CONVIVER COM A PANDEMIA

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Em janeiro, o mundo foi apresentado a uma nova maneira de realizar grandes competições esportivas em tempos de pandemia. O Mundial de Handebol masculino inaugurou, por assim dizer, a era dos Campeonatos Mundiais cheios de restrições sanitárias, minguados de calor humano e mergulhados em problemas.
A Covid-19 golpeou fortemente o mundo e suas estruturas de funcionamento. No esporte não foi diferente. Também não foi diferente a tática desesperada de manter as coisas funcionando enquanto a pandemia exigia afastamento e prevenção.
Pautada em protocolos ditos rígidos e no discurso de que o esporte deveria ser um exemplo de como encontrar formas de superar o momento de crise, uma competição reunindo atletas dos cinco cantos do mundo foi realizada. Quando não se tinha controle de nada.
O Egito recebeu e tentou de todas as formas dar um ar de naturalidade à competição. Não deu certo. Nunca dá em situações como essa. Verdade seja dita, a competição transcorreu bem, dentro do possível. Bom, bem depende pra quem…
O que dizer de Cabo Verde que só começou a competição, tendo que abandonar depois da estreia por conta de um surto de Covid-19 em seu elenco.
Abandono que se juntou a desistência de EUA e Chéquia (sim, vou chamar a ex-República Checa do jeito que ela quer ser chamada), que deu contornos caóticos ao torneio. Outras equipes foram prejudicadas pela perda de jogadores e outras chegaram as pressas para jogar, no lugar de quem desistiu. Cabo Verde gerou WOs que bagunçaram a tabela e propiciaram chaveamento a inesperados.
O título da Dinamarca foi a única coisa que não dá pra dizer que foi inesperada. Se a última conquista foi marcante por ser inédita, esse bicampeonato veio para coroar a superioridade do time que domina o handebol mundial – com um título olímpico em meio a dois mundiais.
A fase mais vitoriosa do handebol dinamarquês divide espaço, à partir de agora, com uma das fases mais cheia de derrotas da humanidade. Derrotas que hoje representam a perda de vidas.
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