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MARKETING ESPORTIVO – ENTREVISTA COM BERNARDO MOTA DO CRUZEIRO

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Vamos conversar a falar de marketing esportivo aqui no blog. Esse com certeza é um dos caminhos para os clubes encontrarem sua autonomia financeira e por que não dizer, fortalecer seu vinculo com torcedor. Explorando-o, é claro.

O Start Sports realizou uma entrevista com Bernardo Mota, Gerente do departamento de sócio do futebol do Cruzeiro Esporte Clube. Em pauta as ações do clube e as perspectivas para o marketing esportivo entre os clubes brasileiros. Confira:

1 – Como vocês lidam com a propaganda negativa que os torcedores geram, com brigas de torcidas organizadas, por exemplo. Elas tem grande impacto na imagem do clube? Não. Nenhum.

2 – Ainda sobre propaganda negativa, quais estratégias vocês usam quando o time passa por uma derrota (principalmente se for muito feia)? Existe algum padrão de atuação seja no site, redes sociais ou outras mídias? Trabalhamos sempre para fazer com que nossos sócios desassociem a derrota do pagamento. O importante é ser sócio pelo Cruzeiro Esporte Clube e não por causa de apenas um resultado.

3 – Vocês sugerem aos jogadores procedimentos para cuidar da imagem pessoal na mídia? Existem restrições? Não. Exigimos bom senso e sempre sabemos onde ele vai de forma antecipada e nós o orientamos da melhor forma possível de acordo com o local.

4 – Como é veiculada a imagem do time? Como se define as campanhas, a escolha de agências, suportes de mídia, etc. Temos uma house interna.

5 – Como é o relacionamento do Depto. de Marketing com torcedores via redes sociais? Promoção/Interatividade, como isso é feito? Temos um especialista em social media. Sempre absorvemos muito da torcida via rede social.

6 – Os times que não são de futebol, como o Sada Cruzeiro Vôlei e a equipe de atletismo, possuem ações ampliar público e dar maior visibilidade? Como é feito o investimento, a procura de atletas e a busca de patrocínio? O Sada Cruzeiro Vôlei faz todo o aporte financeiro e gestão de atletas e contratos de patrocínio. O Cruzeiro, licencia o uso da marca. No Atletismo o próprio Cruzeiro faz toda essa gestão.

7 – Houve alguma repercussão do time ao redor do mundo, em virtude do jogo entre Brasil x Alemanha no Mineirão, casa do Cruzeiro? Não.

8 – Existe um projeto pra fazer um museu do time? Ex: como os do Boca e River. Sim. Está em andamento.

9 – O Cruzeiro, bi-campeão brasileiro, possuía no elenco jogadores como Lucas Silva, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, sem falar em Fábio e outros que ainda estão no elenco. Existe um projeto explorar mais a imagem dos jogadores, como por exemplo se faz na Europa? Buscamos sempre fazer o máximo possível para explorar a imagem dos jogadores. Atualmente, todos são sócios, por exemplo.

10 – Depois do recorde de venda de camisas esse ano, o Cruzeiro pensa em mudar a forma de vender o espaço na camisa? (Ex: fazer o contrato de patrocínio master mas dar a opção da torcida comprar a camisa sem esse patrocínio). Existe um estudo pra quantificar quem compraria a camisa duas vezes, uma com e outra sem o patrocínio? Existem estudos sim. Essa estratégia é interna.

11 – No Brasil, o Marketing esportivo ainda caminha a passos lentos, se comparado com países como a Inglaterra, por exemplo. Mesmo com culturas e outros fatores muito diferentes, percebe-se que o brasileiro se identifica com o tipo de abordagem do exterior, ou seja, uma abordagem mais plural, em que as mídias e meios são integrados de forma mais dinâmica, tornando o esporte um verdadeiro show. Quais são os fatores que mais dificultam a transição de abordagem comunicacional? Há interesse por parte do time em realizar essas mudanças? Tudo que vem dos Estados Unidos e Europa em nível de futebol estamos atentos. Buscamos implementar o máximo de atividades no Brasil para nossos torcedores. Mas o cenário é diferente tanto da política local bem como da cultura do nosso torcedor. Por aqui, ainda não estão acostumados a frequentar estádio do nível de copa do mundo.

12 – Por fim, o Marketing esportivo no Brasil é um mercado promissor? Quais os pontos mais fortes e onde ele deve melhorar? Como o Cruzeiro se vê nesse contexto? Sim. Muito. Precisamos de um melhor entendimento das empresas que investem no futebol. Por muitas vezes vemos grandes investimentos sem aproximação do torcedor. É apenas exposição de marca. Isso é pouco. O caminho é longo e pensamos que um dia poderemos ter espetáculos fora de campo como ocorrer nos EUA e Europa.

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