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GÊNIOS DO ESPORTE – O REI PELÉ

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Hoje a coluna Gênios do Esporte se dedica a homenagear o maior jogador de futebol de todos os tempos. Na verdade, o maior gênio da história do esporte: Pelé. Um nome que vai muito além dos campos e que se tornou uma lenda.

Pelé é mineiro. Apesar de ser conhecido como cidadão de Santos (ou do mundo), Edson Arantes do Nascimento nasceu em Três Corações, Minas Gerais, no dia 23 de outubro de 1940. Seu nome é Edson por uma homenagem de seu pai, Seu Dondinho, ao inventor Thomas Edson.

O apelido mais famoso do mundo veio do nome do goleiro do time de seu pai, o São Lourenço de Minas Gerais. Como o garoto Edson era fã do goleiro Bilé, passou a ser chamado com o mesmo nome. Entretanto, como as outras crianças não conseguiam falar direito, cada hora saia uma coisa. Com isso, o que pegou mesmo foi o nome Pelé.

Durante sua juventude, com a mudança da família para Bauru, interior de São Paulo, Pelé se tornou atleta do Bauro Atlético Clube, onde foi descoberto por Waldemar de Brito, ex-jogador e técnico. Foi ele que o levou para o Santos e. Era o início da maior história de sucesso entre um atleta e um clube.

Em 1956, com dezesseis anos, Pelé estreou no time principal do Santos. O primeiro jogo profissional de Pelé foi contra o Corinthians de Santo André, no feriado de 7 de setembro de 1956. O Santos venceu por 7×1. E foi logo nessa partida que Pelé marcou seu primeiro gol, o sexto do Santos. O goleiro do Corinthians de Santo André, Zaluar Torres Rodrigues, acabou ficando conhecido por tomar esse gol histórico e há a história de que ele colocava isso até no cartão de visitas.

Dez meses depois já era convocado para a Seleção Brasileira. O desempenho absurdo no Santos assustava a todos. Pelé se encaixou como uma luva naquele time fenomenal e com pouco, já era sua maior estrela. E suas passagens históricas foram se acumulando.

Atribuem a um gol de Pelé a invenção do termo “gol de placa”. Em 1961, num jogo contra o Fluminense, o craque santista marcou um golaço no Maracanã, que lhe rendeu uma placa no estádio. Desde então, “gol de placa” passou a ser uma denominação comum aos gols bonitos.

E fazer gols era o que ele sabia fazer de melhor. Seu recorde de tentos anotados numa única partida foi contra o Botafogo de Ribeirão Preto, no ano de 1 964. Pelé marcou nada mais nada menos que oito gols. E assim foi até o fim da sua carreira, com seus mais de mil gols anotados. Pelé foi tão grande que além de ser lembrado pelo gols marcados, é celebrado pelas obras primas que não conseguiu fazer na Copa do Mundo de 1970.

Por falar em Copa do Mundo, o nome de Pelé está intimamente ligado à competição. Recordes quebrados e atuações de gala, além de se tornar o símbolo maior de uma fase de ouro da seleção brasileira. Símbolo que imortalizou a camisa 10. Mas, curiosamente, na seleção a camisa chegou a ele por acaso. Na sua estreia jogou com a 9 e só virou 10 na Copa do Mundo de 58, após uma escolha de números feita por sorteio.

Financeiramente, Pelé foi muito bem sucedido. Ao chegar no Santos, quando tinha 15 anos, Pelé recebia o equivalente a 75 dólares por mês. Em pouco tempo, o clube aumentou o seu salário para 600 dólares. Hoje seu patrimônio pessoal gira em torno de 25 milhões de dólares e sua imagem movimenta o equivalente a 200 milhões de dólares anuais.

Várias histórias curiosas giram em torno de Pelé. Uma das mais famosas aconteceu em 1968, quando Pelé foi expulso em um amistoso entre Santos e a seleção olímpica da Colômbia, em Bogotá. Depois de um gol irregular validado pelo arbitro Guillermo Velásquez, Pelé foi expulso por reclamação. A torcida se enfureceu e Pelé foi trazido de volta à partida e o árbitro substituído por seu assistente.

 

Outra virou lenda: a de que o Santos de Pelé teria parado a guerra. Em 1969, o time do Santos foi jogar na África: no Congo Kinshasa (atual República Democrática do Congo) e no Congo Brazzaville (atual Congo). Realmente havia um guerra civil em curso, mas não procede que os países assinaram um cessar-fogo para verem os jogos do time. Houveram acordos permitiram que os soldados de Brazzaville levassem a equipe do Santos pelo rio Congo e eles pudessem atravessar para Kinshasa, mas uma guerra sendo parada, efetivamente não aconteceu. Foram cinco jogos em nove dias. Pelé fez sete gols.

Santos jogando em Kinshasa, 69.
Santos jogando em Kinshasa, 69.

Pelé só jogou por mais um clube além do Santos: o mítico time do New York Cosmos. Uma tentativa de fazer os EUA se apaixonar pelo futebol, com craques como Pelé e Beckembauer no elenco. Mais do que pelo futebol, os EUA se apaixonou por Pelé. Assim, teve início sua carreira midiática pós-futebol e, possivelmente, a verdadeira construção de sua enorme fortuna.

O Pelé dos campos foi genial. O de fora deles nem tanto. Mas não vamos nos aprofundar nisso.

Seu nome virou uma lenda. Virou algo maior do que apenas um nome de um atleta. Virou um adjetivo para gênio.

 

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