FESTA DO CAMPEÃO E DRAMA DO REBAIXAMENTO NA ÚLTIMA RODADA
E chegou ao fim o Brasileirão de 2014. E terminou como terminou o do ano anterior: com o Cruzeiro no topo! O time mineiro sobrou no campeonato e, líder que foi desde a sexta rodada, ficou com o título de campeão brasileiro de 2014. Mas nem só de festa foi a rodada, pois ainda havia muita coisa em disputa.
O sábado foi dedicado a decidir quem ficaria em terceiro e se classificaria direto para a fase de grupos da Libertadores. O Corinthians fez o dever de casa e venceu o lanterna Criciúma por 2×1, mas não foi o suficiente. Os paulistas dependiam de um tropeço do Inter, que perdia de para o Figueirense, em Santa Caterina, até os 41 minutos do segundo tempo. Foi quando o He-Man, Rafael Moura empatou a partida e abriu caminho para a virada, que aconteceu aos 50 minutos, com gol de Wellington Silva. O jogo acabou com confusão e, para sorte do juiz, o He-Man estava em campo para protegê-lo.
No domingo, houve alguns jogos que meramente cumpriam tabela. O Botafogo encerrou melancolicamente a campanha de vice-lanterna e rebaixado, empatando em 0x0 com os reservas do Galo, em Brasília. Na Arena Pernambuco, o Sport derrotou o vice campeão São Paulo, por 1×0. Já o Goiás, bateu a Chapecoense (que cumpriu seu objetivo de se manter na série A) em casa, por 4×2, no jogo de mais gols na rodada. Ainda teve o empate entre Grêmio e Flamengo, por 1×1, em Porto Alegre.
A coisa pegou fogo mesmo foi na luta contra a degola. Bahia, Vitória e Palmeiras entraram na rodada com a corda no pescoço e tinham missões bem diferentes para escapar. O Bahia só escaparia com derrotas dos adversários e estragando a festa de despedida de Alex, no Couto Pereira. E o tricolor baiano chegou a abrir 2×0, mas os Coritiba virou para 3×2, se despediu em grande estilo do seu ídolo e rebaixou o Bahia. O Vitória empatava em 0x0, em casa, com o Santos. Na Allianz Parque, o Palmeiras dependia apenas de si para escapar e, talvez tenha sido esse o problema. O alviverde suou para arrancar o empate contra os reservas do Atlético-PR, que chegaram até a ter chance de vencer o jogo. O sufoco do Verdão durou até o fim do jogo no Barradão, quando Tiago Ribeiro fez o gol da vitória santista e rebaixou o Vitória. O centenário do Palmeiras acabou sendo salvo pelo Santos.
Longe dessa confusão toda, o Cruzeiro fez uma grande festa no Mineirão. Desfile dos jogadores em carro aberto antes da partida, festa para a torcida e o Fluminense como adversário. Fred abriu o placar para os cariocas, se garantiu na artilharia da competição com 18 gols, mas nem de longe se podia pensar em mais uma festa de título com faixa carimbada. Nilton de cabeça e Moreno, num voleio ao melhor estilo Bebeto, viraram para o Cruzeiro, que venceu, estabeleceu o novo recorde de vitórias e de pontuação (na era de pontos corridos com 20 clubes) e comemorou o título pelo segundo ano consecutivo. Coube ao capitão Fábio e seus companheiros erguer a taça, de um título merecidíssmo e incontestável.
Agora é só em 2015.
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