Comemorar um título antes da conquista é muito perigoso. Mas será que isso se aplica ao Cruzeiro? A vitória sobre o Grêmio colocou o time azul numa situação no mínimo curiosa, mas falaremos disso mais para a frente. Houve mais na 33ª rodada.

O sábado foi reservado para os empates. Em Salvador e no Canindé não houveram gols. Bahia e Galo ficaram no 0x0, assim como Portuguesa e Coritiba. No Maracanã, na reedição da semifinal da Copa do Brasil, Flamengo e Goiás empataram em 1×1.

No domingo o único empate foi no emocionante 2×2 de Vasco e Santos. O calvário vascaíno começou com dois gols do Santos que levaram a torcida ao desespero, mas a reação levou o time ao empate salvador, que tirou a equipe do rebaixamento. Quem assumiu seu posto foi o Fluminense que perder de 1×0 para o Corinthians e afundou ainda mais na sua crise sem fim. O Criciúma complicou o Flu ainda mais, depois de bater no Náutico, em Recife, por 1×0. Campinas, por sua vez, viu a Ponte Preta ser atropelada pelo Vitória. A derrota por 3×0 freou a empolgação da Macaca, complicando sua situação na luta contra descenso. Longe dessa confusão, o inter derrotou o Botafogo em casa, por 2×1, embolando a briga pela Libertadores. O alvinegro carioca, que chegou a lutar pelo título, agora corre o risco de nem ir para a competição sul-americana, uma vez que tem a concorrência de Goiás e do Vitória.

A vitória do Atlético-PR por 3×0 sobre o São Paulo passaria desapercebida se não tivesse jogado água no chopp do Cruzeiro. O Mineirão se preparou para comemorar o título celeste e o time fez a sua parte. Com grande atuação de Fábio e muita eficiência do sistema ofensivo, o Cruzeiro bateu o Grêmio por 3×0, garantindo 99,999% do título. Foi mais que suficiente para a festa da torcida e dos jogadores, que, mesmo sem a confirmação matemática da conquista, festejaram no gramado o titulo eminente. A matemática deve aceitar o título do Cruzeiro já na próxima rodada, quando o Cruzeiro viaja a Salvador, para medir forças com o Vitória. Se o Furacão, detentor de 0,001% de chance de título, não vencer, a raposa ergue a taça mesmo se não vencer. É questão de tempo para o Brasileirão ficar azul de vez, com méritos de um time que venceu todos os seus adversários.