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CANADÁ 91 – A ÚLTIMA VITÓRIA DE PIQUET

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Dizem que grandes feitos na vida são alcançados com muito trabalho e competência. Mas em determinadas situações a “sorte” ou o “imponderável” podem facilitar o trabalho quando a realidade não se mostra muito favorável.

A história de hoje relembra o GP do Canadá de 1991 e os protagonistas daquele dia foram o inglês Nigel Mansell e o brasileiro Nelson Piquet. Eu diria que esse dia foi um grande exemplo de: Como perder uma corrida da maneira mais idiota possível.

Voltamos ao dia 2 de junho de 1991. Na partida, Mansell conseguiu ser mais veloz do que Patrese e ambos os Williams ficaram no comando, com Senna, Prost e Berger logo atrás. O austríaco acabaria por abandonar ao fim de quatro voltas devido a problemas elétricos, seguido por Roberto Moreno, cuja suspensão do seu Benetton cedeu durante a décima volta. Pouco depois, Prost começava a ter problemas com a sua caixa de velocidades semiautomática, e tentava segurar o seu companheiro Alesi e o Benetton de Piquet.

Na frente, os dois Williams conseguiam segurar o McLaren de Senna, e pareciam que iria ficar aliviados quando este desistiu na volta 25 devido à avaria do seu alternador. Duas voltas depois, a caixa de velocidades do carro de Prost cedia e também era obrigado a encostar-se à berma. E na volta 34, era a vez do carro de Alesi ver o seu motor explodir.

Mansell Canada 91
Mansell liderava a corrida e parecia que a vitória seria uma questão de tempo.
FOTO: Continental Circus.

E aos Williams, nada acontecia. Dominavam os acontecimentos e viam tudo a acontecer à concorrência, mas foi sol de pouca dura, pois na volta 40, o italiano tem um furo e teve de parar para trocar o pneu afetado, entregando o segundo posto ao Benetton de Nelson Piquet. Mas o brasileiro estava muito longe de Nigel Mansell, e este parecia que iria ver a sua primeira vitória do ano, bem como a primeira do chassis desenhado por Adrian Newey.

Pouco depois, Patrese começava a sofrer alguns problemas na sua caixa de velocidades, e começou a ser apanhado pelo Tyrrell de Stefano Modena. Perto do fim, os italianos trocavam de posições, mas parecia que nada afetava Mansell, que estava a ter uma corrida sem problemas. Tão sem problemas que começou a comemorar a vitória… cedo demais.

Quando fazia o gancho, a meia volta do fim, Mansell coloca o carro em ponto morto para acenar à multidão. Ali, as rotações abaixaram tanto que o motor “morreu”, deixando-o apeado. Mesmo com a meta à vista, o “Brutânico” fazia jus à sua fama de piloto temperamental, capaz do melhor e do pior. E neste aspecto, Mansell deixou morrer o motor com a meta à vista.

Nelson Piquet passou por ele a caminho daquela que viria a ser a sua última – e talvez a mais inesperada – vitória da sua carreira na Formula 1. Depois disse que quando o viu parado na berma “teve um orgasmo” por esta vitória caída do céu, a sua terceira ao serviço da Benetton. E também iria ser a última vitória dos pneus Pirelli até à temporada de 2011. Stefano Modena era o segundo e Riccardo Patrese o terceiro. Atrás, os Jordan conseguiam os seus primeiros pontos de sempre, quando Andrea de Cesaris era o quarto e Bertrand Gachot o quinto. Para Nigel Mansell, nem tudo foi mau: acabou no sexto posto, colectando um ponto. Mas poderiam ter sido muito mais… (Texto retirado do blog Continental Circus)

O vídeo a seguir mostram os momentos finais daquela corrida.

 

Para conhecer um pouco mais sobre a história do GP do Canadá, clique aqui. Veja também as equipes e os pilotos da temporada 2017.

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